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Reverenciado pelas águas, o Mister Pan é brasileiro e irradia conquistas para outras modalidades

Mergulhando fundo, rápido, certeiro ou delicado, de qualquer maneira os brasileiros sabem fazer muito bem e a desenvoltura nas águas das piscinas canadenses trouxeram ótimos resultados e grandes promessas. Na natação batemos recorde de medalhas e apresentamos para o mundo o Mister Pan, no nado sincronizado todo o ballet nadado encantou a torcida anfitriã, nos saltos ornamentais o destaque ficou para duas jovens promessas que almejam o Rio 2016 e no polo aquático fizemos valer o início do novo projeto. Dentro das piscinas os atletas brasileiros conseguiram conquistar muitas medalhas neste Pan-Americano de Toronto, Canadá.


                A natação brasileira foi a Toronto para a disputa dos jogos e está voltando com excesso de bagagem, foram conquistadas 26 medalhas. A primeira mulher brasileira a subir no lugar mais alto do pódio em uma disputa pan-americana é a pernambucana de 24 anos Etiene Medeiros, ela conseguiu a medalha de ouro na prova dos 100m costas e não foi embora apenas com esta medalha, ainda levou a prata dos 50m livre e dois bronzes nos revezamentos 4x100m medley e livre. O destaque jovem brasileiro foi para o menino de 18 anos, Brandonn Almeida, ele conseguiu a medalha de bronze na prova mais longa da natação, os 1500m livre e dividiu o pódio, muito emocionado, com seus ídolos, os nadadores canadense Ryan Cochrane e americano Andrew Gemmell. Brandonn herdou o ouro na prova dos 400m medley após Thiago Pereira ser desclassificado por não fazer a virada encostando as duas mãos na borda da piscina.


Crédito: Satiro Sodré/ CBDA
                Ao falar em Thiago Pereira, pode chamá-lo de Mister Pan. Nosso brasileiro bateu o recorde de 23 medalhas conquistadas em jogos Pan-Americanos. Thiago ia para seu quarto Pan, depois de Santo Domingo, Rio, Guadalajara e agora em Toronto chegou faltando apenas cinco medalhas para ser o atleta com mais conquistas da competição. Aos 29 anos, Thiago ganhou ouro nas provas 4x100m livre, medley e 4x200m livre; prata nos 200m medley e bronze nos 200m peito, o suficiente para desbancar o ex-ginasta cubano Érick Lopez que detinha o recorde. As braçadas dentro das águas almejam o Rio no ano que vem muito confiante nos seus representantes e novos jovens que estão surgindo.

                Segue abaixo o quadro de medalhas da natação:

Ouro
Prata
Bronze
100m costas feminino
100m costas masculino
1500m livre masculino
100m peito masculino
100m peito masculino
100m livre masculino
200m borboleta masculino
200m medley masculino
200m borboleta feminino
200m livre masculino
4x200m livre feminino
200m costas masculino
200m medley masculino
50m livre feminino
200m peito masculino
200m peito masculino
50m livre masculino
200m livre feminino
4x100m livre masculino

4x100m medley feminino
4x100m medley masculino

4x100m livre feminino
4x200m livre masculino

400m livre masculino
400m medley masculino

400m medley feminino
Medalhas da Natação, Toronto 2015

Crédito: Satiro Sodré/ CBDA
               
O nado sincronizado brasileiro foi embora de Toronto lamentando as quartas posições nas provas de dueto e equipe após renderem muitos elogios e terem encantado as arquibancadas canadenses. Na prova de dueto técnico e livre, a dupla Duda Micucci e Luisa Borges apresentaram as coreografias de Capoeira e estrearam a tão aguardada Amazônia em que imitavam bichos típicos da fauna brasileira. Essas duas se juntaram ao resto da equipe formada por Lara Teixeira, Maria Bruno, Branca Feres, Bia Feres, Lorena Molinos e Sabrine Lauy para as apresentações técnica coreografia Motocicleta e livre Carnaval. Na classificação geral, somando as rotinas técnicas e livres a seleção brasileira de nado sincronizado ficou atrás de Canadá, México e Estados Unidos, sendo a primeira vez que nossa seleção não subiu ao pódio da competição desde 1995. A técnica da equipe brasileira, a canadense Julie Sauvé resaltou que o resultado não foi ruim, mas também não havia sido o esperado.


Crédito: Rebeca Blackwell/AP/Estadão Conteúdo
                Na disputa dos saltos ornamentais, uma brasileira se destacou, Ingrid Oliveira caiu durante sua prova individual e foi desclassificada, mas ao disputar os 10m sincronizado com Giovanna Pedroso conquistaram a medalha de prata e dessa vez caiu no choro emocionada. A dupla jovem de 18 e 16 anos, respectivamente, ficou muito feliz com essa conquista e seguirá   treinando para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.

Créditos: Rob Schumacher

                O Pan-Americano para o polo aquático brasileiro começou em 2013, quando iniciou o novo projeto, foram repatriados e naturalizados jogadores e o melhor técnico, o croata Ratko Rudic se juntou a equipe masculina. O resultado foi visto nos confrontos dentro das piscinas, no polo masculino os jogos foram equilibrados e na final contra os Estados Unidos, o time brasileiro ficou com dois jogadores a menos no último quarto do jogo e conquistaram a medalha de prata ao perderem por 11 a 9. No polo feminino, após bons resultados nas classificatórias, as brasileiras caíram novamente para o time americano por 16 a 3 e disputaram a medalha de bronze com Cuba, ganhando o jogo por 9 a 6 e subiram ao terceiro lugar do pódio.

Crédito: Reuters

             A equipe aquática brasileira se prepara para o Mundial de Kazan, na Rússia em agosto. Após os bons resultados nas piscinas canadenses é daí que os nossos atletas retirarão incentivo e felicidade para disputa de vagas olímpicas nas piscinas russas.  Concomitantemente, acontecerá o Mundial Júnior em Cingapura. Vamos ficar de olho em nossas promessas para Rio 2016!

Por Cássia Moura (@cassinha_moura)

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