Depois
de ser goleado em casa no último sábado (1), por 4x1 pelo
Vitória/BA, o técnico Caio Júnior resolveu adotar o esquema 3-5-2,
dando mais liberdade a Gimenez e Dener nas alas. No duelo desta
quarta-feira (5), na Arena da Baixada, até pelo formato mais
defensivo, se esperava uma equipe cautelosa.
Só
que as mudanças ficaram apenas no papel, enquanto a zaga batia
cabeça, Danilo salvava como podia, primeiro na cabeçada de Paulo
André logo aos três minutos, depois aos 9' quando Lucho González
após falha da zaga apareceu livre, cabeceando para defesa a queima
roupa do goleiro do Verdão.
A
Chapecoense mantinha mais a posse de bola, 60% contra 40% dos
Atleticanos, na primeira chegada do Verdão ao ataque, Filipe Machado
não desperdiçou aos 18 minutos, em jogada ensaiada na cobrança de
escanteio, Cléber Santana chutou de primeira, a bola desviou em
Pablo, e caiu nos pés do zagueiro do Verdão, que chutou no fundo
das redes, abrindo o placar.
O
gol assustou os donos da casa, que não conseguiam se encontrar na
partida, Kempes quase ampliou o marcador com um golaço aos 23,
quando após cruzamento de Tiaguinho, quando de voleio chutou por
cima de Santos.
Tudo
ia bem, até Dener derrubar Lucas Fernandes dentro da área, o
árbitro marcou pênalti, na meta a esperança de Danilo, que pegou
quatro pênaltis e classificou a equipe para as quartas de finais da
Copa Sul-Americana. Hernani foi para a cobrança, e não deu chances
para o goleiro, tirando Danilo da foto e empatando a partida.
Na
volta para a segunda etapa, parece que a Chapecoense ficou nos
vestiários, os donos da casa depois do empate voltaram dispostos a
sair com os três pontos. Aos 16 minutos Hernani chutou de canhota,
mas Danilo estava lá, para novamente salvar o Verdão.
Tudo
se encaminhava para mais um empate, seria o quarto seguido só em
2016 entre as equipes, até que a defesa do Verdão entregasse
novamente a partida, Pablo apareceu livre após cobrança de
escanteio e virou a partida.
A
Chape nem teve tempo de respirar, aos 42 minutos o golpe fatal,
Matheus Rossetto chutou forte, de longe, acertando o ângulo, sem
chances para Danilo, ampliando o placar. E olha que o quarto gol só
não saiu, por que o goleiro do Verdão estava lá para salvar
novamente, no toque de calcanhar de Pablo.
Sem
tempo de reação, o placar de 3x1 amplia a marca negativa da defesa
Chapecoense, agora são 50 gols sofridos em 29 jogos, a pior defesa
da competição, e amargando três derrotas seguidas, e apenas um
ponto em quatro partidas.
Caio
Júnior justificou como a derrota ser culpa de lances capitais,
lances constantes, falhas inadmissíveis da defesa. A gordura criada
ao longo da competição vem diminuindo a cada rodada, é hora de
ligar o sinal amarelo, segue faltando 7 pontos para atingir a meta
dos 45 que livra qualquer chance de rebaixamento.
A
alteração de esquema não mudou em nada, pelo contrário, as falhas
foram ainda piores, não sei se pela falta de treinamento com três
zagueiros, ou por desatenção. O fato é que o volante Josimar faz
falta, Biteco que hoje faz o seu papel não é volante de marcação
pesada, e no elenco não temos alguém para o substituir.
Para
o confronto da próxima quarta-feira (12), contra o Sport na Arena
Condá, às 11h, Gil está fora por receber o terceiro amarelo,
Gimenez sentiu e teve que ser substituído. A equipe tem uma semana
antes do confronto, é hora de juntos tentar resolver os problemas, e
parar de passar a mão na cabeça de jogador, a vitória é
obrigação, alias Caio Júnior, menos desculpas e mais resultados.
Marcelo
Weber || @acfmarcelo
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