Não foi como imaginávamos, mas foi melhor do que
esperamos. Após tropeços em sequência, a nossa glória apareceu. Desacreditados,
porém firmes e persistindo em um sonho de 25 anos que se tornou realidade.
Foto: Pei Fon |
Estadual e Copa do Nordeste
O ano começou com muita motivação dos torcedores, após
um tão sonhado acesso para a Série C, foi mantida a base, alguns jogadores
foram contratados, e parecia que tudo iria dar certo, mas ficou no "parecia". O jogo de estreia pelo
Campeonato Estadual contra o Murici, foi realizado na cidade de Coruripe, após
o Azulão do Mutange ter sido punido após cenas lamentáveis de selvageria na
final do Alagoano de 2016. A vitória contra o Murici por 2 a 0 fez com que o
CSA começasse o ano com o pé direito.
O jogo contra o ABC na estreia da Copa do Nordeste,
colocou a equipe Maruja em um verdadeiro desafio. Um jogo difícil contra uma
equipe que era também uma das favoritas no grupo após o acesso para a Série B.
O adversário era de se respeitar, mas os jogadores foram valentes. Um grande
jogo foi presenciado, 3 a 0 para cima da equipe potiguar com uma bela partida
de Luís Soares, atacante que voltava para a equipe após passagem pelo futebol
goiano.
Tudo parecia que daria certo, mas começaram os tropeços
na Copa do Nordeste, derrota para o maior rival e duas derrotas para o
Itabaiana que resultou em uma eliminação precoce na competição.
Foto: Pei Fon |
As atenções estavam novamente voltadas ao estadual.
Após uma primeira fase sem dificuldades, o Azulão viu no hexagonal os tropeços
atrapalharem os planos de uma equipe que não estava no rumo certo após
eliminação no regional.
Classificando-se apenas na última rodada, teria que
encontrar um adversário difícil como o ASA na semifinal. Um empate que assustou
a todos no primeiro jogo no Rei Pelé, não deixou os jogadores infelizes. No
segundo jogo, vitória e classificados para a final.
Um pesadelo de nove anos que atormentava os Azulinos.
Um título que não chegava, e que não chegou novamente. O título do Campeonato
Alagoano foi almejado por todas estas temporadas, que ultimamente vem chegando
mais perto.
Os dois jogos na final contra o rival poderiam colocar
um sonho antigo como realidade. No primeiro jogo, já que o goleiro Mota não
poderia jogar, Jefferson ganhou oportunidade no gol. Mas sua saída precipitada
em um lance com Neto Baiano poderia colocar tudo a perder. A vitória do rival
por 1 a 0 parecia magra e reversível para o segundo jogo.
A animação era gigante. Mais de 18 mil Azulinos
presentes no Estádio Rei Pelé para uma festa absurda, quase que inacreditável.
Pessoas que acreditavam no título e que estavam dispostas a apoiar o CSA a
qualquer custo.
Mas o rival abriu o placar. E uma música que surgiu
como provocação, alimentou o sonho Azulino após o gol de Celsinho empatando a
partida. Mas logo depois, não dava mais. O rival desempatou e ampliou o placar.
Mesmo Daniel Costa fazendo mais um e deixando o jogo em 3 a 2, não dava pra
sonhar mais, era pés no chão e tentar a sorte no Brasileiro outra vez igual
2016, ou melhor.
Competições Nacionais
Na Copa do Brasil, mesmo jogando em casa com a torcida
a seu favor, o Azulão não conseguiu eliminar o Sport. O rubro-negro de Recife
abriu o placar, o CSA empatou a partida. Mas depois a goleada veio, e a
eliminação precoce por 4 a 1 atrapalhou novamente os planos do clube na
competição.
Já no Brasileiro, novamente chegávamos desacreditados,
depois da perca do título estadual para o rival. Mas vinha então a estreia pela
frente contra a equipe do ASA, vitória tranquila por 3 a 0. A classificação na
primeira fase foi tranquila, ficando por todas as rodadas no G4 da competição,
mas já no final com alguns vacilos fez com que a primeira colocação fosse
perdida para o Sampaio Corrêa.
Com a equipe muito motivada, o CSA tinha um adversário
do Sul pela frente. A Tombense, clube de Minas Gerais. Um empate no primeiro
jogo estaria de bom tamanho, mas logo no primeiro tempo, Michel Douglas abria o
placar e enchia a Nação Azulina de orgulho, 1 a 0 CSA, e o sonho de acesso
começava a se tornar realidade. No segundo tempo, Boquita ampliou o placar e já
tornava o sonho realidade de vez.
Foto: Globo Esporte |
No jogo da volta, uma festa jamais vista. Mais de 19
mil Azulinos, selando o maior público dos últimos dez anos em Alagoas
presenciaram uma festa incrível. Que teve consagração final o gol de Edinho que
colocou o Azulão do Mutange de volta a Série B após 25 anos.
Contra o São Bento na semifinal, um sufoco incrível.
Resultado firme fora de casa por 1 a 0 que abria uma boa vantagem para o CSA,
mas depois de um jogo que lavou a alma de cada torcedor, onde a equipe paulista
conseguiu o gol da vitória já nos acréscimos, tudo parecia mudar.
O jogo foi para os pênaltis, e Mota virou herói. Virou
história no Rei Pelé. Colocou o CSA na final defendendo pênaltis dos jogadores
adversários.
Na final, o jogo mais esperado. Um Castelão lotado
empurrando o Fortaleza não deu medo aos guerreiros Azulinos. Abrindo uma
vantagem de 2 a 0, o CSA colocava a mão na taça. O Fortaleza até diminuiu,
ficando no 2 a 1. Mas o jogo da volta, com um empate de 0 a 0 no Rei Pelé foi o
estopim. Um título inédito para Alagoas, uma festa que jamais será esquecida. A
estrela no peito e o escudo na história. O Azulão se tornava campeão
brasileiro, entrava para um lugar que já merecia estar. Mesmo depois de um começo
de ano deprimente, conseguimos dar a volta por cima e comemorar o maior feito
de um clube alagoano em toda a história do nosso futebol.
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