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CSA 2017: Um voo rasante que chegou aos céus

Não foi como imaginávamos, mas foi melhor do que esperamos. Após tropeços em sequência, a nossa glória apareceu. Desacreditados, porém firmes e persistindo em um sonho de 25 anos que se tornou realidade.

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Foto: Pei Fon
Estadual e Copa do Nordeste

O ano começou com muita motivação dos torcedores, após um tão sonhado acesso para a Série C, foi mantida a base, alguns jogadores foram contratados, e parecia que tudo iria dar certo, mas ficou no "parecia". O jogo de estreia pelo Campeonato Estadual contra o Murici, foi realizado na cidade de Coruripe, após o Azulão do Mutange ter sido punido após cenas lamentáveis de selvageria na final do Alagoano de 2016. A vitória contra o Murici por 2 a 0 fez com que o CSA começasse o ano com o pé direito.

O jogo contra o ABC na estreia da Copa do Nordeste, colocou a equipe Maruja em um verdadeiro desafio. Um jogo difícil contra uma equipe que era também uma das favoritas no grupo após o acesso para a Série B. O adversário era de se respeitar, mas os jogadores foram valentes. Um grande jogo foi presenciado, 3 a 0 para cima da equipe potiguar com uma bela partida de Luís Soares, atacante que voltava para a equipe após passagem pelo futebol goiano.

Tudo parecia que daria certo, mas começaram os tropeços na Copa do Nordeste, derrota para o maior rival e duas derrotas para o Itabaiana que resultou em uma eliminação precoce na competição.

Foto: Pei Fon
As atenções estavam novamente voltadas ao estadual. Após uma primeira fase sem dificuldades, o Azulão viu no hexagonal os tropeços atrapalharem os planos de uma equipe que não estava no rumo certo após eliminação no regional.

Classificando-se apenas na última rodada, teria que encontrar um adversário difícil como o ASA na semifinal. Um empate que assustou a todos no primeiro jogo no Rei Pelé, não deixou os jogadores infelizes. No segundo jogo, vitória e classificados para a final.

Um pesadelo de nove anos que atormentava os Azulinos. Um título que não chegava, e que não chegou novamente. O título do Campeonato Alagoano foi almejado por todas estas temporadas, que ultimamente vem chegando mais perto.
Os dois jogos na final contra o rival poderiam colocar um sonho antigo como realidade. No primeiro jogo, já que o goleiro Mota não poderia jogar, Jefferson ganhou oportunidade no gol. Mas sua saída precipitada em um lance com Neto Baiano poderia colocar tudo a perder. A vitória do rival por 1 a 0 parecia magra e reversível para o segundo jogo.

A animação era gigante. Mais de 18 mil Azulinos presentes no Estádio Rei Pelé para uma festa absurda, quase que inacreditável. Pessoas que acreditavam no título e que estavam dispostas a apoiar o CSA a qualquer custo.

Mas o rival abriu o placar. E uma música que surgiu como provocação, alimentou o sonho Azulino após o gol de Celsinho empatando a partida. Mas logo depois, não dava mais. O rival desempatou e ampliou o placar. Mesmo Daniel Costa fazendo mais um e deixando o jogo em 3 a 2, não dava pra sonhar mais, era pés no chão e tentar a sorte no Brasileiro outra vez igual 2016, ou melhor.

Competições Nacionais

Na Copa do Brasil, mesmo jogando em casa com a torcida a seu favor, o Azulão não conseguiu eliminar o Sport. O rubro-negro de Recife abriu o placar, o CSA empatou a partida. Mas depois a goleada veio, e a eliminação precoce por 4 a 1 atrapalhou novamente os planos do clube na competição.

Já no Brasileiro, novamente chegávamos desacreditados, depois da perca do título estadual para o rival. Mas vinha então a estreia pela frente contra a equipe do ASA, vitória tranquila por 3 a 0. A classificação na primeira fase foi tranquila, ficando por todas as rodadas no G4 da competição, mas já no final com alguns vacilos fez com que a primeira colocação fosse perdida para o Sampaio Corrêa.

Com a equipe muito motivada, o CSA tinha um adversário do Sul pela frente. A Tombense, clube de Minas Gerais. Um empate no primeiro jogo estaria de bom tamanho, mas logo no primeiro tempo, Michel Douglas abria o placar e enchia a Nação Azulina de orgulho, 1 a 0 CSA, e o sonho de acesso começava a se tornar realidade. No segundo tempo, Boquita ampliou o placar e já tornava o sonho realidade de vez.

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Foto: Globo Esporte
No jogo da volta, uma festa jamais vista. Mais de 19 mil Azulinos, selando o maior público dos últimos dez anos em Alagoas presenciaram uma festa incrível. Que teve consagração final o gol de Edinho que colocou o Azulão do Mutange de volta a Série B após 25 anos.

Contra o São Bento na semifinal, um sufoco incrível. Resultado firme fora de casa por 1 a 0 que abria uma boa vantagem para o CSA, mas depois de um jogo que lavou a alma de cada torcedor, onde a equipe paulista conseguiu o gol da vitória já nos acréscimos, tudo parecia mudar.

O jogo foi para os pênaltis, e Mota virou herói. Virou história no Rei Pelé. Colocou o CSA na final defendendo pênaltis dos jogadores adversários.

Na final, o jogo mais esperado. Um Castelão lotado empurrando o Fortaleza não deu medo aos guerreiros Azulinos. Abrindo uma vantagem de 2 a 0, o CSA colocava a mão na taça. O Fortaleza até diminuiu, ficando no 2 a 1. Mas o jogo da volta, com um empate de 0 a 0 no Rei Pelé foi o estopim. Um título inédito para Alagoas, uma festa que jamais será esquecida. A estrela no peito e o escudo na história. O Azulão se tornava campeão brasileiro, entrava para um lugar que já merecia estar. Mesmo depois de um começo de ano deprimente, conseguimos dar a volta por cima e comemorar o maior feito de um clube alagoano em toda a história do nosso futebol.

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