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Flutuando sobre as águas canadenses e alcançando o pódio

          Nas modalidades esportivas em que os atletas devem deslizar seus barcos sobre as águas, se contorcendo e fazendo manobras dentro de pequenos ou maiores embarcações, os brasileiros conseguiram alcançar bons resultados. Conquistaram mais de 20 medalhas somadas entre canoagem, remo e vela nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, Canadá, neste ano.

          A canoagem de velocidade bateu um recorde de nove medalhas conquistadas. Pode-se destacar o atleta Isaquias, já que este, que já passou por muitas dificuldades e mostrou que um rim a menos não interfere no seu desempenho, venceu as provas de C1 1000m e C1 200m, além de compartilhar a medalha de prata com o companheiro Erlon na prova de dupla do C2 1000m. A primeira medalha de pan-americano na canoagem feminina veio em dose dupla, bronzes para Ana Paula Vergutz no K1 500m e Valdenice Conceição no C1 200m.

Crédito: Jeff Swinger

          Para modalidade de velocidade, cujos resultados são consequência de um investimento do Comitê Olímpico Brasileiro nos Centros de Treinamento, soma-se um bronze para a dupla Celso Dias e Vagner Sorta no K2 1000m e estes dois, junto de Roberto Maehler e Giluan Ribeiro conquistaram a prata na prova dos K4 1000m. Ainda teve outro bronze na disputa do K2 200m com Edson Isaias e Hans Hallmann e a medalha de prata veio na prova individual de 200m conquistada por Edson Isaias. Os atletas de canoagem de velocidade se preparam para o Mundial deste estilo, que acontecerá em Milão de 19 a 23 de agosto, em busca das vagas olímpicas de 2016. Os brasileiros chegarão felizes na Itália e já classificados em três estilos: C1 1000m, K1 1000m e K1 500m, cujos nomes dos atletas representantes ainda serão divulgados pela Confederação Brasileira de Canoagem (CBCA) em lista oficial baseada em índices técnicos.

          Enquanto isso, na canoagem slalom, descida em corredeiras, a caçulinha dos jogos de Londres continuou se destacando. Ana Sátila conquistou o ouro, primeira medalha brasileira da modalidade individual, mas o triste para os brasileiros é saber que não se pode colocá-la como uma promessa de medalha para a Olimpíada de 2016, já que esta prova não faz parte do calendário olímpico. A probabilidade desta ingressar na competição é apenas em 2020 nos Jogos de Tóquio.

          O Brasil colheu outras medalhas. Prata no caiaque de Pedro Henrique Gonçalves, que quase conquistou o ouro, mas, devido a punição de dois segundos sobre suposto toque no obstáculo, caiu para a segunda posição, uma medalha de bronze na canoa de Felipe Borges e pratas nas provas de K1 com Ana Sátila e C2 slalom com Charles Correa e Anderson Oliveira.

Crédito: Washington Alves/Exemplus/COB
          Nas competições de remo, a única medalha conquistada foi a de prata. Fabiana Beltrame, atleta de 33 anos que treina nas locações do Clube de Regatas Vasco da Gama no Rio de Janeiro, ficou em segundo lugar na prova skiff simples peso leve. Fabiana ficou entre a norte americana e a argentina. A brasileira já havia conquistado a mesma medalha nos jogos de Guadalajara em 2011. O Brasil também disputou as provas de skiff quádruplo feminino e skiff de oito masculino, terminando na última posição em ambas as categorias. Gabriel Moraes, do skiff individual, disputou a final B e terminou em quinto lugar.

Crédito: Jonne Roriz/Exemplus/COB
          Nas provas de vela, mais um atleta brasileiro conquistou seu tetracampeonato no Pan-Americano. Ricardo Winick, o Bimba, ficou em primeiro lugar na classe RS:X, sendo este seu 23º título aos 35 anos. Agora o velejador brasileiro se prepara para o segundo evento-teste no Rio de Janeiro, no período de 15 a 22 de agosto, e para o Mundial de Omã, em outubro. Na mesma classe, pelo feminino, Patrícia Freitas também conquistou o ouro. A velejadora Fernanda Demétrio ficou com o bronze na classe Laser Radial e a terceira posição também foi brasileira para a vela mista classe Lightning.

          O maior medalhista olímpico da história do nosso país somando todas as modalidades (2 ouros, 2 pratas e 1 bronze), Robert Scheidt conquistou, aos 42 anos, a sua quinta medalha no seu provável último Pan-Americano, a prata na classe Laser. Outra medalha de prata para a equipe brasileira veio com a dupla Martine Grael e Kahena na classe 49erFX. Sobre as águas canadenses, nossos atletas se apresentaram para o povo brasileiro e os convidaram para torcer em 2016.

Com carinho, Cássia Moura (@cassinha_moura)

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