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Prodígios da esperança

Nova geração da seleção brasileira sub-23 tem missão difícil | Foto: Luisa González/Reuters

A nova geração da seleção brasileira sub-23 carrega o peso de uma enorme responsabilidade que é "herdada" ano após ano.

Os brasileiros estão carentes de grandes conquistas, como uma Copa do Mundo por exemplo, e de ídolos que realmente os representem e façam sentir orgulho novamente do futebol nacional.

Estes prodígios do atual elenco, como Bruno Guimarães, Pedrinho, Antony, Reinier, Paulinho, possuem uma tarefa nada fácil de encantar os torcedores, acostumados com uma seleção como a do Mundial de 1970, de Carlos Alberto Torres, Gérson "canhotinha de ouro", Jairzinho, Tostão, Pelé, Rivellino e companhia (indicada por muitos como o melhor Brasil de todos os tempos).

Seleção brasileira da Copa de 70. Em pé, da esquerda para direita: Carlos Alberto Torres, Brito, Piazza, Félix, Clodoaldo e Everaldo; agachados: Jairzinho, Gérson, Tostão, Pelé e Rivellino

Impossível também não lembrar de outro time que enchia os olhos dos brasileiros: a seleção de 1982, de Zico, Éder, Falcão, Júnior, Serginho Chulapa, Sócrates, etc. Apesar de não ter sido campeã, marcou para sempre a geração da época.

Seleção brasileira de 82. Em pé, da esquerda para direita: Waldir Peres, Leandro, Oscar, Falcão, Luizinho e Júnior; agachados: Sócrates, Toninho Cerezo, Serginho Chulapa, Zico e Éder | Foto: Acervo CBF

Outros ídolos do Brasil campeões mundiais, como Romário, Bebeto, Cafú, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo e mais, são constantemente lembrados.

Jogadores das seleções campeãs de 94 e 2002, como Romário, Bebeto, Dunga, Cafú, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo também marcaram gerações | Foto: Reprodução

A comparação do torcedor é inevitável, uma vez que os brasileiros se sentiam representados por essas gerações supracitadas.

Enfim, a responsabilidade que cai sobre os ombros da nova geração é sem dúvida bastante pesada. E um elemento que deixa a barra mais difícil de carregar é a frustração das últimas equipes lideradas por Neymar, que divide muitas opiniões.

O jogador é sem dúvidas um talento nato no futebol, mas as ações em campo, e fora também, fazem com que o atleta não seja um ídolo unânime entre os torcedores.

A fama de "cai, cai", relações extracampo conturbadas, atitudes infantis, curiosas lesões em períodos próximos ao Carnaval, fazem com que Neymar seja alvo de muitas críticas dos brasileiros, que não se sentem representados por alguém que age mal profissionalmente.

Neymar não consegue ser um ídolo unânime entre os brasileiros | Foto: David Klein/Reuters

Contudo, um fardo foi tirado das costas da seleção: a conquista inédita do ouro olímpico em 2016 no Rio de Janeiro.

E sobre essa competição, o Brasil sub-23 disputa uma vaga para os jogos olímpicos de Tóquio deste ano para tentar defender o título.

A seleção brasileira conseguiu se classificar com 100% de aproveitamento para o quadrangular final da competição.

Agora, são quatro seleções em busca de apenas duas vagas para as Olimpíadas. No jogo de estreia, a seleção apenas empatou com a anfitriã Colômbia por 1 a 1. Apesar do tropeço, a equipe evitou o pior, já que perdia até os 25 minutos do segundo tempo.

Seleção brasileira sub-23 tenta defender o ouro olímpico conquista em 2016 no Rio de Janeiro | Foto: Agência Brasil

Os jogadores da atual geração possuem muito talento e são os prodígios da esperança da seleção brasileira voltar a conquistar uma Copa do Mundo.

Com certeza o Brasil não desaprendeu a produzir grandes ídolos para a nação e nem a encantar o mundo com o nosso futebol.

Ou será que desaprendeu?
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