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A autossabotagem rubro-negra

 

Foto: Alexandre Loureiro / Estadão Conteúdo

“Se você tem enfrentado o insucesso e não consegue encontrar as razões para tantas adversidades, preste bem atenção no que temos a dizer: você pode estar sofrendo de autossabotagem.

A autossabotagem é um dos motivos que impedem as pessoas de conquistarem os seus objetivos.

Afinal, se você se preparou tanto, por que não conseguiu se lembrar do conteúdo quando mais precisou?”

Esses trechos foram retirados do site do Blog EAD PUCPR. Eles retratam e falam para estudantes. Contudo, todas essas frases podem ser levadas para o futebol. Mais especificamente para o Flamengo.

Nas últimas três rodadas, o que se viu foram incontáveis chances de encostar na briga pelo título brasileiro. Nenhuma delas foi aproveitada. Com um jogo a menos que o atual líder do campeonato, se tivesse feito sua obrigação, hoje estaria em desvantagem de apenas um ponto em relação ao líder do campeonato.

Como está escrito no texto acima, a autossabotagem é um dos motivos, não o único, para que o sucesso e os objetivos não cheguem. Escolhas altamente questionáveis, pouca inspiração – coletiva e individual – também devem ser levadas em conta.

Porém, tudo tem um pé nessa ideia de insucesso. É claro, toda autossabotagem passa por acertar questões mentais, algo que parece não ser o foco deste Flamengo. É bastante perceptível como os jogadores estão fora dos seus normais, para os dois extremos possíveis. No primeiro tempo do jogo de hoje foi possível perceber essas duas caras.

Primeiro, um time absolutamente entregue em campo com apenas quinze minutos de jogo. Pouca criação, pouca vontade e poucas ideias. E em segundo, um time que quando se encontra atrás do placar perde também a compostura, por exemplo quando Gerson arrisca ser expulso ao resolver dar um bico no adversário no meio do campo.

E como já bato na tecla, o Flamengo dentro das quatro linhas é um reflexo do que acontece fora delas. É um clube que se autossabota, acabando com sua imagem quando não coloca como prioridade número um resolver todo o imbróglio da tragédia do Ninho do Urubu, desde o pagamento às famílias, até de fato descobrir quem é culpado pelo que aconteceu no CT. Evento que, daqui 28 dias completará dois anos ainda sem culpados.

É um clube que se autossabota quando resolve se aliar a figuras extremamente execráveis em todos os meios da sociedade, trocando favores e associando o clube a essas pessoas. Ou quando alguns não colocam o clube em primeiro lugar.

O Flamengo que estamos vendo se autossabota a cada rodada. De um lado a outro, de cima a baixo.


No mais,
Saudações rubro-negras.

Por Hugo Góes
Colunista do Flamengo e do Linha de Fundo.

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