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Homenagem e um roteiro repetido

 

Reprodução: Flamengo da Gente/Twitter Oficial/@Flamengodagente

Esse texto está sendo escrito no dia 08 de fevereiro de 2021. Exatamente dois anos depois do momento mais triste da história do Clube de Regatas do Flamengo. O incêndio no Ninho do Urubu levou a morte de 10 crianças e até hoje não se sabe quem foi o culpado pelo acontecimento.

O Flamengo, representado por seus dirigentes, parece fazer questão de querer apagar o que aconteceu da história, sufocando as famílias dos meninos, não ajudando no que deveria ser a busca pela verdade dos fatos e não respeitando a memória dos nossos 10.

Pois saibam que os flamenguistas de verdade não vão deixar de cobrar. De querer respostas, de querer a verdade e principalmente querer JUSTIÇA. Nós não esquecemos, nós nunca vamos nos esquecer. O dia 08/02 não deve ser esquecido, muito pelo contrário, deve ser lembrado para sempre, para que nenhum outro menino, não só no Flamengo, tenha que ficar em locais com condições precárias e improvisadas para poder seguir seu sonho de ser um jogador profissional.

Estaremos sempre com vocês, por vocês Athila, Arthur, Bernardo, Christian, Gedson, Jorge Eduardo, Pablo Henrique, Rykelmo, Samuel e Vitor Isaías. Os NOSSOS 10!

ESTE CAMPEONATO NÃO DEVERIA ESTAR ACONTECENDO!

O flamenguista cinéfilo não deve mais aguentar ver jogos do time nesse 2020 que não acaba. Sabe aquele sentimento de “esse roteiro é muito batido, eu já vi em outro filme antes”? Pois é, ele se repete com o Flamengo constantemente. São vários detalhes que vão se repetindo jogo a jogo, de forma bastante parecida, que tornam a experiência de assistir as partidas do rubro-negro extremamente irritantes.

Em primeiro lugar estão eles, a imensidão de gols perdidos. É incrível a facilidade que o Flamengo tem de perder gols em chances claras. Ao lado disso também vale destacar a metamorfose dos goleiros quando veem o CRF do outro lado do campo. Todos eles se transformam numa espécie de Neuer vivendo seu auge e parecem fazer a partida da vida de cada um.

Reprodução: Alexandre Vidal/Twitter Oficial do Flamengo

Seguindo o roteiro batido temos as falhas defensivas recorrentes. Se por um lado Gustavo Henrique tem tido atuações bem consistentes e seguras, o problema no sistema defensivo como um todo ainda machuca e causa estragos.

O gran finale do que esperar desse time é a total falta de ideias do seu técnico. Que espera mais de oitenta e cinco minutos jogados para pensar em substituições, e quando as faz, faz da pior maneira possível. No final do jogo, quando você precisa ganhar a partida, Rogério, parar esse jogo para mudanças não me parece o plano mais inteligente. Se o Flamengo ainda tem chances de ser campeão tudo isso acontece APESAR de seu treinador.

Contudo, mesmo nos roteiros mais previsíveis há surpresas. Neste caso foi o Bragantino. Um time que nesse ralo de ideias que é o futebol brasileiro, se propõe a jogar e atacar, gosta de ter a bola e briga por ela. Tudo isso com um técnico novo, que foi menosprezado por muitos após sair do próprio Flamengo e vem mostrando que tem potencial.

O Flamengo segue tropeçando nas próprias pernas, e agora abriu espaço para ver o título brasileiro, que tantas vezes bateu na porta, ser entregue de bandeja, em casa, para o Inter, na penúltima rodada.

No mais,

Saudações rubro-negras!

Hugo Góes

Colunista do Flamengo pelo Linha de Fundo

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