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O arroz com feijão rubro-negro

Reprodução: Alexandre Vidal/CRF

ESTE CAMPEONATO NÃO DEVERIA ESTAR ACONTECENDO!

Não adianta. Não há receita mais infalível e gostosa na culinária brasileira que o bom e velho arroz e feijão. Você pode até tentar, mas dificilmente achará uma comida que encaixe tão perfeitamente como essa combinação.

Não confia em mim? Pode tentar. Vá até o melhor rodízio de carnes da sua cidade. Procure a pizzaria mais conceituada do bairro. Talvez um restaurante de comida japonesa. Alguns podem até te convencer do contrário, mas a verdade é uma só: Nenhum desses pratos se iguala ao bom e velho arroz e feijão.

E porque isso? Porque o arroz e feijão é simples, fácil, não toma muito tempo e o resultado dificilmente vai dar errado.

Foi isso – finalmente! – que Rogério Ceni resolveu fazer com o Flamengo no jogo de ontem, contra o Sport, na Ilha do Retiro. Depois de algumas exibições sofríveis e um segundo tempo acima da média recente, o time finalmente teve uma apresentação boa.

No primeiro lance do jogo já era possível ver a diferença em campo. Arrascaeta na esquerda e Bruno Henrique mais próximo de Gabi. O 14 e o 27 estavam jogando invertidos nos últimos jogos. Não demorou muito para mudança refletir em bola na rede. Aos três minutos Gerson fez o que se espera de um jogador da sua qualidade. Em uma virada de jogo espetacular achou Arrasca nas costas do lateral direito adversário. O uruguaio só encostou para o meio da área. Gabi, embaixo da trave, abriu o placar.

Voltando as metáforas com comida, outra mudança positiva nesse jogo foi a fome que o time mostrava em campo. Marcação alta, pressão, forçando o erro do adversário. Aos dez Gabi perdeu chance clara após saída de bola errada do goleiro adversário. Aos dezessete, novamente erro na saída de bola do Sport, o camisa 9 do Fla tenta achar Bruno Henrique na área, a zaga afasta para a meia lua e após chute desviado de Arrascaeta a bola volta a procurar BH, que dessa vez não perdoa e fuzila para o gol. 2 a 0.

A partir daí o Flamengo administrou o jogo, perdeu outras boas chances de ampliar o marcador ainda no primeiro tempo.

No intervalo, chega a mensagem “Como era fácil fazer esse time ganhar tudo desde o início do ano”.

E era exatamente esse o sentimento vendo o jogo. Sem forçar o Flamengo ganhava e passava por cima. O simples arroz com feijão superava qualquer invenção chique e complicada que poderia ser imaginada. No final do jogo, deu tempo ainda para complementar o prato com um bom e suculento pedaço de carne. Pedro fez o três a zero e deu números finais ao placar.

O arroz e feijão deu certo, para a surpresa de muito poucos, e mantém o Flamengo na briga pelo título.

No mais,
Saudações Rubro-negras.
Por Hugo Góes
Colunista do Flamengo pelo Linha de Fundo.

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