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Guia da Eurocopa - Grupo C

O grupo C da Euro conta nada mais nada menos com última campeã mundial, a tradicionalíssima Alemanha. Obviamente o chaveamento merece todo destaque no Linha de Fundo.  É muito peso para uma camisa só.

Além dos alemães, e não menos importantes compõem também o grupo as seleções da Ucrânia, Polônia e Irlanda do Norte. Ucranianos e Poloneses a algum tempo vem pedindo passagem, ameaçam incomodar as grandes forças, enquanto a pequenina Irlanda é uma grata surpresa, pode incomodar, contudo na teoria é a surpresa, uma zebra listrada em verde e branco.

Que tal conferir a matéria e conhecer um pouco mais sobre como essas equipes (história, destaques e o caminho na Euro na França)? 




ALEMANHA:


Como apresentar a Alemanha? Fácil resposta, a maior campeão da Europa (e a maior presença em finais). Essa é a história dos alemães na Euro, glórias atrás de glórias.

A esmagadora seleção alemã de onze participações na Euro é dona de três títulos (1972, 1980, 1996), e três vices (1976, 1992, 2008). Foi anfitriã em uma oportunidade, o ano era 1988, mas acabou ficando pelas semifinais diante da Holanda de van Basten e Ronald Koeman.



Ficou definido quando sai a convocação. Löw faz uma pré-lista de nomes no dia 17 de maio e, um dia depois do jogo amistoso contra os eslovacos, em 30 de maio, o comandante anuncia os 23 convocados finais para disputa do torneio na França.
Jogador principal da Alemanha: 



O querido de todos, símbolo de lealdade no futebol mundial. Marco Reus com seus quase 27 anos, é o principal jogador da equipe alemã, em sua atual temporada pelo Borussia, atuou 42 vezes, marcou 23 gols e serviu seus companheiros com assistências em 7 oportunidades.

Verdade que hoje é mais um atacante do que um fantástico meia-esquerda de algumas temporadas atrás, mas continua com seu futebol em bom nível. Futebolista Alemão do ano em 2011, quando atuava pelo Borussia M'Gladbach, em 2013, foi eleito um dos 11 melhores jogadores da Europa no Time do Ano da UEFA. Figurou também como o melhor jogador da Bundesliga em 2013-14 em temporada espetacular. Contudo, se esperava um Marco Reus divino na Copa do Mundo de 2014, mas foi atrapalhado por uma lesão que o entristece até hoje.

Expectativa para a Alemanha: 

O esquadrão germânico é o favorito dos favoritos com toda certeza. Um time invejável, 11 craques de bola desde o goleiro ao ponta esquerda. Ou seja, o jejum que completa 20 anos para os alemães e que deve ser quebrado logo mais.

UCRÂNIA:


A antiga parte da União Soviética nunca conseguiu se classificar, apenas no ano de 2012, quando sediou a competição juntamente com a Polônia. Até hoje, se classificou tranquilamente apenas perdendo para Espanha e empatando com Eslováquia e Eslovênia. Em 2012 a Ucrânia caiu ainda na fase de grupos ficando na 3ª colocação, com uma vitória e duas derrotas em três jogos.



Em relação às estatísticas, o retrospecto não é agradáveis para os ucranianos, que vão para a sua segunda participação na competição. Antes disso, o selecionado do leste europeu falhou em tentar se classificar para as Euros de 1996, 2000 e 2004 e também para algumas edições de Copas do Mundo.

Realmente é uma seleção que não teve um passado, digamos fértil, no cenário europeu e mundial.

Jogador principal da Ucrânia:


A Ucrânia vem muito forte pela ponta com Konoplyanka. O ponta-esquerda rápido e habilidoso é uma das esperanças dessa seleção, cuja presença é marcante desde as categorias de base, o jogador é figurinha carimbada desde o sub-17 até o profissional, e muito, mas muito potencial. Atualmente, o jogador atua no Sevilla, da Espanha, e faz excelente temporada, sendo inclusive finalista da Liga Europa.

Expectativa para a Ucrânia:


A Ucrânia espera fazer uma boa campanha, pelo menos passando da primeira fase, o titulo seria inédito, mesmo tendo um bom selecionado, passar da quartas de final seria considerado uma zebra.


POLÔNIA:

Após decepcionar na Eurocopa de 2012 quando, mesmo jogando em casa, acabou eliminada na primeira fase, em último lugar e sem ganhar nenhum jogo, a Polônia embarca para a França disposta a apagar o péssimo desempenho nas edições anteriores.

A classificação veio apenas na última rodada com vitória diante da Irlanda por 2x1. Os poloneses perderam apenas um jogo e fizeram uma campanha bastante segura com o melhor ataque do grupo (33 gols), nove a mais do que a líder Alemanha. Os atuais campeões mundiais, inclusive, foram os únicos a derrotar o selecionado alvirrubro.





Fazendo um breve resumo da história da seleção, a Polônia demorou bastante para participar de uma fase decisiva de Eurocopa. Em que pese o formato inicial, quando participavam apenas as quatro melhores seleções do continente, foi apenas em 2008 que os poloneses conseguiram a vaga para a fase final do torneio. Em 2012 a participação não teve méritos: classificação era automática por ser país sede.

Em ambas as participações, não houve muito com o que se animar. Foram seis jogos, nenhuma vitória e duas eliminações com a lanterna do grupo. Em 2008, derrotas para Alemanha e Croácia, um empate diante da Áustria e apenas um gol marcado não deixaram o sonho de seguir na competição vivo.

Na edição seguinte, os poloneses contavam com o fator casa. O efeito prático, porém, foi mínimo. Depois de dois empates por 1x1 contra Grécia e Rússia, o time que já contava com Lewandowski no comando de ataque voltou a perder para a República Tcheca e terminou da mesma forma de 2008: eliminado.

A pré-convocação do treinador Adam Newalka não teve grandes surpresas em relação às convocações usadas durante as eliminatórias. O grande destaque segue sendo Robert Lewandowski, mas a equipe tem vários jogadores atuando nos grandes centros do futebol europeu. 

O goleiro será Fabianski (jogador do Swansea) e terá Szcesny (Roma) como substituto caso aconteça alguma lesão ou suspensão. A defesa também tem segurança com o bom Piszczek (Borussia Dortmund) aparecendo como grande referência. Glik (Torina) e Cionek (Palermo) também são nomes importantes. No meio-campo, a dupla de volantes titular é formada por Jodlowiec (Legia de Versóvia) e Krychowiak (Sevilla), que dá a segurança necessária para os meias ofensivos, especialmente Blaszczykowski (Fiorentina) e habilidoso Grosicki (Rennes). No ataque, a dupla Lewandowski (Bayern Munique) e Milik (Ajax) promete manter uma artilharia pesada.


Jogador principal da Polônia:

Não poderia deixar de ser Robert Lewandowski. O atacante que ganhou fama internacional jogando pelo Borussia Dortmund nas campanhas de título nacional e de vice-campeonato europeu quando, entre outros, o Borussia goleou o poderoso Real Madrid.


Na atual temporada, Lewandowski não reduziu sua fome de gols. Foi artilheiro do campeão Bayern de Munique e da competição com 30 gols, cinco a mais que o segundo maior goleador.  Como se não bastasse isso, o atacante polonês chegou a fazer cinco gols em um mesmo jogo na goleada de 5x1 diante do Wolfsburg, todos em um intervalo de dez minutos. Pela seleção, o atacante não deixa a desejar. Já marcou 34 gols e promete deixar sua marca em solo francês. A Polônia dependerá bastante do seu desempenho para sonhar alto desta vez.

Expectativa para a Polônia:


A Polônia entra na competição com o desafio de passar de fase pela primeira vez na história, fato esse que é bastante provável. A Alemanha, time mais forte da chave, não assusta tanto quanto pode parecer: os poloneses venceram os alemães no jogo classificatório e ficaram com apenas um ponto a menos do que os atuais campeões.

Irlanda do Norte e Ucrânia não são times mortos, mas absolutamente possíveis de ganhar. A chave do sucesso será não perder pontos para esse dois adversários para conquistar a sonhada vaga. A equipe polonesa, porém, dificilmente passará das oitavas-de-final. Chegar às quartas já pode ser considerado como uma grande conquista.


IRLANDA DO NORTE:


Hora da Zebra Verde e Branca passar pelo Linha de Fundo, hora de falar da Irlanda do Norte.

Apesar do futebol ser praticado na ilha desde os primórdios, até mesmo antes do esporte ser conhecido como tal, a participação da seleção norte irlandesa em competições internacionais ao longo dos séculos XX e XXI foi discreta (Bom pontuar que a seleção disputa competições internacionais como “país independente” desde de 1953). Tanto que o grande George Best (dos grandes jogadores a vestir a camisa do United), na opinião do blogueiro que vos escreve, o maior jogador norte irlandês de todos os tempos jamais pode participar da fase final seja de Copa do Mundo e principalmente de Euro Copa, azar de ambas.






Sobre as competições disputadas, o exército verde e branco (green and white army) jogou três Copas Do Mundo: 1958 (caiu nas quartas de final), 1982 (caiu nas oitavas de final) e 1986 (caiu na fase de grupos) e tem a honra de ser um dos menores países em termos populacionais a ter superado a fase de grupos da competição mundial. Já em relação à Euro, esse time de 2016 fez história, pois essa (2016) é a primeira participação norte-irlandesa na fase final da competição.

Importante pontuar que tal proeza foi feita com louvor, visto que os mesmos se classificaram com o primeiro lugar (21 ptos – 6V 3E 1D) em um grupo com rivais atualmente não tão poderosos, porém tradicionalíssimos no certame europeu (a Romênia de Hagi, a Hungria de Puskas, e a Grécia campeã da EURO em 2004).


A já histórica equipe base comandada por Micheal O’Neill como todo bom time bretão old style praticante do famigerado “footbolton” (perdão fãs do Bolton) tem o seguinte alinhamento – imaginem um 4-4-2 típico: Carrol (Goleiro – Notts County), Cathcart (Lateral Direito – Watford), McAuley (Zagueiro – West Bromwich), Evans(Zagueiro – West Bromwich), Smith (Lateral Esquerdo - Peterborough United), Norwood (meia tanto central quanto lateral pela direita - Reading), McNair (lateral, ala, ponta esquerda – Manchester United), Fergunson (meia central - Milwall), Davis (meia central – Southampton), Washington (Atacante - QPR) e Ward (Atacante – Nottingham Forest).


Jogador principal da Irlanda do Norte:





O jogador mais lúcido certamente é o capitão Steven Davis, meia “box to box” clássico, de passe refinado, e mesma eficiência no ataque e na defesa. Atualmente, joga na equipe do Southampton, da Inglaterra.

Dita a escalação é perceptível que a maioria dos 11 titulares é oriunda de times menores do Inglesão, e a maioria deles assíduos frequentadores da segundona da terra da Rainha. Ou seja, esses caras jogam bola onde os fracos não tem vez. Se não são os melhores tecnicamente, certamente não são. O exército verde e branco já ganhou o troféu saco roxo da Euro, que só seria superado se a seleção do interior de Minas Gerais disputasse tal peleja.


Expectativa para a Irlanda do Norte:


Esta valentia certamente será essencial para os norte irlandeses seguirem para a segunda fase, visto que o Grupo C é no mínimo encardido. O mesmo é composto pela última campeã do Mundo, a Alemanha; e de duas seleções de segundo escalão no certame europeu, entretanto extremamente perigosas: A Polônia do Ministro do STF e artilheiro do Bayern de Munique Lewandowski; e a Ucrânia de Shev... Ops! (desculpe) Yarmolenko (mito do Football Manager) e Konoplyanca destaque do Sevilha e terror do FIFA 16 (maldito).

Dados os adversários acredito que será dificílimo para os bretões avançarem para a próxima fase, contudo o futebol, como diriam os mais velhos, é uma caixinha de surpresas (O Leicester, a Cinderela do Futebol de Clubes, está aí para não me deixar mentir).

Jogos do Grupo C

1ª rodada:

Polônia x Irlanda do Norte - Allianz Riviera - (12/06) - 14h
Alemanha x Ucrânia - Pierre-Mauroy - (12/06) - 17h

2ª rodada:

Ucrânia x Irlanda do Norte - Stade Des Lumiéres - (16/06) - 14h
Alemanha x Polônia - Stade De France (Saint-Denis) - (16/06) - 17h

3ª rodada:

Ucrânia x Polônia - Velódrome - (21/06) - 14h
Irlanda do Norte x Alemanha - Parc Des Princes - (21/06) - 14h

Produzido pelos colunistas: 

Felipe Calheiros || ALEMANHA
Gabriel Pereira || @Um_Carvoeiro || UCRÂNIA
Stéfano Bozza || @stebozza || POLÔNIA
Matheus Valle || @MhFernandes89 || IRLANDA DO NORTE

Linha de Fundo || @SiteLF

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