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07 de maio de 2015, um dia para esquecer?




Na ultima quinta feira (07), Remo e Cuiabá se enfrentaram na Arena Pantanal pela final da Copa Verde. Remo havia ganhado o primeiro jogo de 4x1 e não precisava de muito para se consagrar campeão. Bom, nem vou começar a falar da vantagem, pois é capaz do texto tomar um rumo que eu não quero. A verdade é que, passada a tristeza, revolta, mágoa, eu parei para analisar o que podemos aprender diante de tal fato e encararmos isso como algo que nos surpreende e nos apaixona no futebol.
Realmente, a vitória do Cuiabá em cima do Remo foi esmagadora, 5x1, sem dó nem piedade, entraram em campo parecendo valer a vida e isso é digno de admiração de todos nós. Mas por outro lado, a apatia do Remo em campo, a falta de técnica, os erros constantes, o visível nervosismo de todos, me fez questionar: Será que estávamos preparados para ser campeões? Estar preparado vai além do que você pode apresentar dentro de campo. O psicológico dos jogadores, que vinham de duas finais seguidas e que aplicaram com facilidade uma goleada no time do Cuiabá pode ter influenciado. Será que houve um acompanhamento? Ganhar a Copa Verde significaria que após 10 anos, o Remo estaria de novo no cenário nacional como um campeão. Significaria a vaga de uma competição internacional. Significaria a tão sonhada redenção. Acho que não estávamos prontos para tal passo largo. Não estou dizendo que não merecíamos, pois a torcida do Remo mais que qualquer outra, merece que o time corresponda tal grandioso amor. Mas o fato é que nunca vamos conseguir achar uma resposta cabível para o que aconteceu naquele jogo. Já se especulou sobre esquema, sobre salto alto, sobre má vontade, mas no fim, o que podemos admitir, é que o Cuiabá mostrou em campo, uma superioridade técnica e psicológica. No primeiro jogo, eles estudaram o Remo, tomaram quatro gols e não se permitiram ir ao ataque para não tomar deixar o Remo ampliar a vantagem. Fizeram gol em um momento oportuno e deixaram o sonho de ser campeão não tão distante assim. Eles acreditaram o tempo todo e demonstraram isso dentro e fora de campo.


O JOGO
Em uma noite iluminada do Raphael Luz, o Cuiabá comandou o primeiro tempo. O primeiro gol veio após um pênalti e o segundo após um cruzamento. O terceiro gol do Cuiabá foi feito pelo Dadá, volante do Remo. No segundo tempo o Cuiabá continuou a pressionar e o quarto gol veio com o artilheiro do campeonato, Raphael Luz. Val Barreto ainda conseguiu dar uma ponta de esperança para o Remo, com um gol aos 28 minutos. Com o placar de 4x1, a decisão iria para os pênaltis, mas Nino Guerreiro fez o quinto gol para  o Dourado e sacramentou a partida.

 
Remo e Cuiabá se enfrentaram pela primeira vez na história graças a Copa Verde
Fonte: globoesporte.com
ARBITRAGEM
O primeiro pênalti que o juiz concedeu ao Cuiabá foi questionado, mas nada comparado ao segundo pênalti, onde o jogador do Cuiabá chuta a perna do zagueiro Max e cai quase por cima do goleiro Remo, Fabiano. A meu ver, não houve pênalti nessa situação. As duas expulsões do Remo também foram questionadas, mas nada que se compare ao erro cometido no segundo pênalti para o Cuiabá. Não quero me estender nesse assunto, pois vai parecer choro de torcedor inconformado. O Cuiabá jogou melhor e isso é incontestável, mas com esses erros, o time que já estava bem posto em campo, aproveitou as oportunidades, ganhou confiança e comandou a partida. E o Remo que já aparentava certa apatia, se perdeu em campo. A decisão da Copa Verde teve a arbitragem do sul-mato-grossense Paulo Henrique Vollkopf, ele foi auxiliado por Bruno Raphael Pires e Eduardo Gonçalves da Cruz


REMO: Fabiano; Levy, Max, Igor João e Alex Ruan; Warian Santos, Dadá, Ratinho e Eduardo Ramos; Bismark e Rafael Paty. Técnico: Cacaio.
Suplentes: César Luz, Ciro Sena, George Lucas, Jadílson, Alberto, Felipe Macena, Fabrício, Val Barreto e Silvio

CUIABÁ: Willian Alves; Gean, Diego Macedo, Egon e Maninho; Bogé, Felipe Blau, Raphael Luz e Geovani; Kaique e Nino Guerreiro. Técnico: Fernando Marchiori
Suplentes: André, Bruno Leandro, Cleidson Pink, Grafite, Murillo Ceará, Bruno Mota e Dominic.



Não poderia deixar de informar que o Remo tem dois meses até começar a série D do campeonato Brasileiro e o foco agora é o acesso para a terceira divisão do campeonato. E ano que vem tem mais Copa Verde para o Remo. Fica aqui a nossa torcida para que o nosso grandioso clube e o mais respeitado do norte consiga o seu objetivo. 

Saudações Azulinas

Texto: Angélica Caldeira
@Angel_Caldeira

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