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Apático, Botafogo faz seu pior jogo na Série B e quase perde no Nilton Santos

Na última terça, dia 28, o Botafogo recebeu o Criciúma no Nilton Santos pela 15ª rodada da Série B. Apesar de jogar em casa, onde segue invicto, o alvinegro não fez prevalecer o mando de campo. Se teve alguma coisa que prevaleceu, infelizmente, foi o 0 a 0. Foi sem dúvida um empate com gosto de derrota. Com o ponto conquistado, o Botafogo segue na liderança do campeonato com 29 pontos, apenas 2 a mais que Vitória, América e Náutico, os outros integrantes do G4 que, por sorte, tropeçaram na rodada. O próximo adversário do Glorioso é o Luverdense, também no Nilton Santos, sábado às 16h30.




O JOGO


O jogo começou truncado, com erros de passe em demasia. A bola foi extremamente maltratada. O primeiro tempo foi sonolento, tecnicamente fraco. O
 primeiro chute do Botafogo foi apenas aos 11 minutos em uma finalização de Sassá após desvio em cobrança de falta, mas a bola foi para fora. Até então, o alvinegro tentava chegar ao gol através de bolas aéreas, mas a defesa do Criciúma levava a melhor em todas as jogadas. A primeira chance clara de gol aconteceu aos 20 minutos. Gegê fez boa jogada pela linha de fundo e cruzou para Sassá na pequena área, que deixou a bola sair após tocar nele. Como eu já havia adiantado no início desse texto, devido aos inúmeros passes errados, o jogo era feio.

Aos 29', o Criciúma arriscou. Lucca chutou rasteiro para defesa tranquila de Jefferson. Aos 40', o melhor goleiro do Brasil brilhou. Maurinho arrancou pela direita e, em uma linda tabela com Marcão, invadiu a área e bateu na saída de Jefferson, que fez bela defesa. Foi o primeiro milagre na partida. Aos 45', o árbitro encerrou a etapa inicial. O jogo foi tão ruim, mas tão ruim, que nem o juiz quis dar acréscimos. Foram 40 passes errados, 20 de cada lado. 



                     Carleto briga pela bola em jogo sonolento (Foto: Vitor Silva/ SSPress)

O Botafogo voltou para o segundo tempo com a mesma escalação apesar de um primeiro tempo totalmente apático. O Glorioso, logo com segundos de jogo, quase abriu o placar. Sassá rolou para Gegê na intermediária, o meia chutou e obrigou o goleiro Luiz a fazer importante defesa. Depois o jogo voltou ao panorama inicial, o da monotonia. Aos 8', o Botafogo teve ótima oportunidade quando Gegê arriscou da entrada da área, mas chutou sem força para defesa tranquila do goleiro do Tigre. 


Aos 14', Neto Baiano ficou cara a cara com Jefferson, mas o atacante estava em posição de impedimento. Susto para os botafoguenses. Aos 22', o Criciúma novamente tentou. Paulinho invadiu a área e bateu no meio do gol, facilitando para Jefferson. No minuto seguinte, Luis Henrique fez boa jogada individual mas demorou para finalizar e foi desarmado. 


Antes tarde do que nunca, o interino Jair Ventura promoveu a primeira alteração no time carioca: Octávio saiu para dar lugar ao meia Diego Jardel. Aos 27', o Criciúma quase fez o gol. Guilherme Santos, na entrada da área, chutou, a bola, raspando na trave, foi para fora e Jefferson apenas olhou. No minuto seguinte, foi a vez de Gegê ser substituído. Fernandes foi o escolhido. Logo depois, aos 29', Fernandes, em sua primeira participação no jogo, empurrou a bola para o fundo do gol após dominar no peito, pena que estava em posição de impedimento.


Aos 32', Paulo Sérgio recebeu cruzamento na área, dominou e armou o chute, porém Renan Fonseca chegou a tempo para afastar o perigo. Logo depois, aos 33', Fábio Ferreira subiu mais alto que todos na área e cabeceou no cantinho. Jefferson fez ótima defesa e evitou o gol, fazendo seu segundo milagre. O Botafogo era dominado pelo Criciúma. A torcida pedia raça. Aos 39', Luis Henrique foi substituído por Navarro, atacante uruguaio que fazia sua estreia. Aos 42', Diego Jardel cabeceou para o meio da grande área e Sassá tentou completar, mas Wanderson chegou antes para cortar. No lance, o zagueiro do Tigre quase marcou contra. 


Aos 46', Jefferson operou seu terceiro milagre no jogo. Fernandes afastou mal e a bola sobrou para Roger Guedes, que de longe bateu colocado. O melhor goleiro do Brasil espalmou e fez outra defesaça na partida.  



              Jefferson foi o melhor jogador do Botafogo na partida (Foto: Vitor Silva / SSPress) 

No último lance do jogo, na base do desespero, Navarro experimentou de fora da área para boa defesa do goleiro Luiz. Instantes depois, o juiz encerrou a partida. Botafogo e Criciúma 0 a 0. Resultado injusto, pois o time catarinense criou as melhores chances e poderia ter vencido a partida.


OBSERVAÇÕES


Como de costume, o alvinegro não aproveitou a rodada favorável. Vitória, vice-líder, apenas empatou. América, 3º e Náutico, 4º, perderam. Caso vencesse, o time teria hoje 31 pontos e abriria uma vantagem de 4 pontos. A sorte do Botafogo é o azar dos outros. O time perde ou empata e nunca deixa a liderança graças aos adversários. 


"Pelo menos não perdemos", disse Diego Giaretta em entrevista após o fim do jogo. É esse o pensamento de um jogador do Botafogo, líder, que joga em casa e toma sufoco de um time da parte de baixo da tabela? Ele ainda teve a ousadia de dizer que a atuação foi boa. 


Falar do Jefferson é inevitável. Se o Botafogo não tivesse simplesmente o melhor goleiro do Brasil sob as traves, dificilmente seria hoje o líder da Série B. 


A demora do interino Jair Ventura foi de impressionar. Mesmo após um primeiro tempo apático, o "treinador" demorou a mexer no time do Botafogo, que no segundo tempo voltou ainda pior. 


A garotada alvinegra ainda precisa comer muito feijão com arroz. Diego, Dierson, Gegê, Octávio e Sassá, por exemplo, são muito fracos. Não podem ser titulares. Aliás, nem sei como o Sassá é jogador de futebol. 


Para resumir: Ricardo Gomes terá muito trabalho pela frente. É torcer para que esteja realmente bem de saúde. 


FICHA DO JOGO 


Botafogo 0

Jefferson, Diego, Renan Fonseca, Diego Giaretta, Thiago Carleto; Dierson, Willian Arão, Gegê (Fernandes), Octávio (Diego Jardel); Sassá, Luis Henrique (Álvaro Navarro). Técnico: Jair Ventura. 

Criciúma 0

Luiz, Maicon Silva, Wanderson, Fábio Ferreira, Guilherme Santos; Wellington, Marcão, Paulinho; Maurinho (Jefferson), Neto Baiano (Paulo Sérgio), Lucca (Roger Guedes). Técnico: Petkovic. 

Estádio: Nilton Santos (RJ).

Árbitro: Marcos Andre Gomes da Penha (ES).
Assistentes: Fabiano da Silva Ramires (ES) e Fabio Faustino dos Santos (ES).
Cartões amarelos: nenhum. 
Público: 5.339. 
Renda: R$ 97.870,00.

Acompanhem-me no Twitter: @biel_dluca.

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