Há quatro anos Ronaldinho Gaúcho,
Deivid, Thiago Neves e companhia fizeram um 5-1 memorável no Cruzeiro em pleno
Engenhão. Aquele 2011 marcou não só a grande decepção no fim do ano, mas também
a última vez que o Flamengo esteve no G4.
Milhões de coisas mudaram
desde então. Passamos por momentos difíceis, de incertezas, de transições, de
felicidade extrema e de esperança. Na realidade, essa esperança nos move desde
sempre. Enquanto houver uma luz no fim do túnel, nós vamos acreditar, temos a mania
de confiar no inacreditável.
Quantas pessoas olharam para
o inconstante elenco rubro-negro e afirmaram que brigaríamos para não cair? Confesso,
era difícil acreditar em outra coisa. Mas a esperança é teimosa, ela não te
larga. Seguimos confiantes, acreditando que “esse ano vai”. Depois de tanto
tempo, está indo.
Levamos diversas porradas,
por culpa jogadores, treinadores, arbitragem e até nossa. Erramos, erramos,
erramos, mas sempre olhamos para cima. Acertamos a primeira ao não aceitar o
comodismo. “O ano acabou”, alguns disseram. Tolos, não conhecem nossa fiel
companheira. Agarramos nossas chances, brigamos contra o impossível e,
finalmente, conquistamos, nas vias improváveis, nosso lugar ao Sol. Os heróis
inimagináveis, como Oswaldo de Oliveira e Alan Patrick, mudaram o que acreditavam
que seria “o show de Guerrero e Sheik”. Os protagonistas viraram coadjuvantes
de luxo e assim chegamos.
Como Oswaldo disse hoje, “o
Flamengo fez um transplante de coração”. Tiramos o já cansado e desgastado,
colocando um cheio de novas oportunidades e de esperança. Ela, que já havia
virado piada para alguns, nos trouxe de volta. São Judas Tadeu nos pediu paciência
e disse “calma, tudo em seu tempo”. E veio das mãos dele.
Tínhamos desfalques
importantes. Jorge viajou horas e horas durante a madrugada, mas pediu a
titularidade. O banco de reservas repleto de jogadores formados na base, ainda
chegando ao mundo dos profissionais. A rodada inteira a favor. Um Maracanã
lotado de apaixonados que não pararam de cantar.
Começamos mal, sofremos
bastante. Mas a estrela de Alan Patrick estava lá. O segundo tempo foi guiado
pelas arquibancadas e o tão criticado Luiz Antônio achou sua redenção. O placar
marcava dois a zero e o coração de cada presente batia rápido. A esperança
marcou um golaço ao som do apito final, mostrando porque não solta o Manto Rubro-Negro
nunca.
Ainda não acabou. O improvável
caminho segue tortuoso e cheio de obstáculos. Entretanto, mais uma vez,
mostramos ao mundo que podemos e devemos sonhar. Se a esperança morrer, quem irá
nos salvar? Por todos os corações rubro-negros peço: vamos juntos. Nós somos o Mais
Querido e o céu é o limite. Trabalho duro, sequência de bons resultados e,
acima de tudo, esperança. Uma vez Flamengo, Flamengo até morrer.
Mariana Sá || @imastargirl
0 Comentários