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Após 11 anos, o Londrina está de volta a Série B

           O clima era de Confiança (Sim, faço valer o trocadilho.) para a partida da volta após um empate zerado em Aracaju. Durante a semana a cidade se mobilizou em prol do clube, empresas colocaram bandeiras e faixas azuis e brancas em suas entradas e até estátua do prédio da ACIL (associação responsável pelo comércio e pela indústria da cidade) ganhou um uniforme do LEC; carreatas foram promovidas no dia anterior à partida, tudo para levar o maior número de londrinenses ao estádio.

Foto: Divulgação ACIL
            E no dia do jogo não poderia ser diferente. Segundo a contagem não oficial, cerca de 5 MIL PESSOAS foram receber o ônibus da delegação alviceleste, a organização do "Corredor Alviceleste" informou que este foi o maior número já alcançado desde que tais recepções são organizadas. Se fora do estádio o movimento para receber a equipe foi grande, nas arquibancadas não poderia ser diferente: quase 30 mil pessoas compareceram para empurrar o Londrina rumo à tão sonhada vaga e fizeram valer o seu apoio. Paredão de fumaça, luzes de celular piscando em azul e branco, bandeirão, bexigas nas cores do clube, e claro: A VOZ que emana das arquibancadas e torna o Estádio do Café em um caldeirão, fizeram parte do espetáculo.Dentro das quatro linhas não poderia ser nada diferente do esperado, afinal era uma fila de 11 da qual a equipe deveria sair. E assim foi.

Foto: Paredão de fumaça
            O jogo era nervoso, truncado. E por isso o Londrina se utilizou de um dos seus talentos que marcaram a campanha do clube nas primeiras rodadas: a jogada área. Após cabeceio de Edmar e defesa do goleiro Rafael, mas a bola sobrou no meio da área e coube a Luizão empurrar para o fundo das redes e tornar a festa das arquibancadas ainda maior.
            A partida seguiu, truncada e nervosa, o Londrina chegava ao ataque com alguns lances de perigo mas quando não era barrado pela corajosa defesa do Confiança era a pontaria que não ajudava. Até que aos 20 minutos, Germano é expulso. Isto acordou a equipe nordestina que passou a dominar as ações ofensivas e a levar perigo para o Londrina, nada que o goleiro Vitor já não tenha suportado ou que a defesa já não tenha barrado. E assim foi até os 50 do segundo tempo quando o árbitro encerra a partida e o Londrina decreta por vez seu acesso à série B.

Foto: Torcida comemora o acesso
Sentimento do autor: Desde o momento em que cheguei ao terminal central, que é afastado do estádio, pude perceber que dia 18 de outubro ficaria marcado na minha história como torcedor. O movimento de torcedores saindo para o estádio era grande, e ainda longe de minha tão amada "casa" podia escutar o som dos fogos e buzinas. Ao chegar no estádio vi que algo estava ainda mais diferente, não era eu e sim quem estava lá, afinal ainda faltavam 2 horas e meia para o início da partida e a Av. Henrique Mansano já era quase intransitável! A recepção não podia ser mais calorosa, não havia outra maneira de deixar este que vos escreve com uma ansiedade do "tamanho do mundo". Adentrei ao estádio com um pouco de facilidade por ser sócio, mas quem teve de enfrentar filas não conseguiu sair delas com menos 30 ou 40 minutos de espera, já dentro do estádio a dificuldade para me locomover foi gigantesca, mas consegui chegar ao lugar em que geralmente fico. No primeiro tempo fiz o que já é costume: cantei, gritei e apoiei o time ao máximo. Assim sucedi até o momento da expulsão de Germano, dali em diante faltaram unhas para roer, garganta para gritar mais e preferi só ficar torcendo quieto e esboçando reações. Quando finalmente a partida acabou e a emoção que sentia desde o início do campeonato se transformou em lágrimas, de felicidade, de orgulho em saber que fiz parte disso. Por lembrar dos momentos pelos quais meu clube já passou e agora atingimos a série B, atingimos o objetivo e que ninguém pode nos tirar esse merecimento.

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