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Onde estamos após 33 rodadas

(Foto: Flamengo)
Desesperador. Essa palavra resume de forma simples o que está sendo o fim de ano rubro-negro. Fora de campo, o clima hostil da eleição do clube já era motivo suficiente para desequilibrar o ambiente. Para completar, os conflitos diretos com jogadores, que renderam cinco afastamentos por indisciplina no meio da semana, só deixam o elenco mais desestabilizado. O que diabos está acontecendo?

É inadmissível que um time passe por isso tudo na reta final do campeonato. Cinco atletas foram afastados durante a semana, mas todos eles já poderiam ter sofrido as conseqüências da irresponsabilidade antes. Não importa se são titulares, não interessa se foram importantes em algum momento. Todos desrespeitaram absurdamente a torcida e o clube, além de ignorarem totalmente o momento vivido. Não dá pra aceitar uma coisa dessas.

Hoje o elenco é frágil e, sem dúvida nenhuma, despreparado. Essa instabilidade não é só técnica, é principalmente emocional. Oswaldo sobe cada vez mais meninos do sub20 – que é insistentemente criticado pelo fraco trabalho feito na base –, os mais jovens parecem ter um constante nervosismo de estreia, os experientes não sabem controlar os ânimos, não há liderança em campo. Onde está o capitão para trazer a estabilidade do time? Como é que uma equipe que deseja conquistar qualquer coisa não consegue se recompor depois de tomar um gol?

Não interessa se Guerrero foi expulso injustamente. Não interessa se o time jogou bem o primeiro tempo. No fim de tudo, o trabalho inteiro desmoronou depois de uma falha defensiva absurda, que resultou no primeiro gol adversário. Após o lance, o desequilibro psicológico foi o fator que decidiu a derrota, como aconteceu em outros vários jogos. Cadê o acompanhamento dos atletas, para que esse tipo de coisa pare de acontecer?

Agora já não disputamos nada. O Flamengo hoje está em busca de si mesmo e recolhe os cacos para o ano que vem. É muito claro que 2016 já começa difícil e conturbado. Oswaldo não deve permanecer, a diretoria de futebol deve ser reformulada, assim como o presidente pode sair. Vários jogadores devem ser dispensados ou emprestados, assim como alguns devem chegar ou voltar ao clube.

Não há muito que fazer, mas o time, por respeito e gratidão a torcida, precisa se empenhar nos próximos jogos. Dos cinco restantes – Goiás, Santos, Ponte Preta, Atlético-PR, Palmeiras – é difícil dizer quantos pontos sairão. É torcer, rezar e esperar por qualquer coisa.

Mariana Sá || @imastargirl 

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