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Bruno Rangel, eterno Chapecoense



O atacante, contratado junto ao Metropolitano em dezembro de 2012, chegou a Chapecó sem muita badalação. Em Santa Catarina, além de passar pelo Verdão do Vale, onde marcou apenas dois gols em sete jogos, Bruno Rangel teve passagem por Joinville, jogando em 33 partidas e marcando 13 gols.

A missão de Rangel era difícil, já que, além da desconfiança do torcedor, tinha Rodrigo Gral voando em campo. No estadual em 2013, com poucas oportunidades marcou apenas três gols. Seria mais um fracasso do atacante em um clube catarinense? Não para o destino, que lhe reservou um lugar na história do futebol nacional e da Associação Chapecoense de Futebol.

Após a perda do título Catarinense em casa para o Criciúma, a Chapecoense de Gilmar Dal Pozzo teve pouco tempo para lamentar, já que no dia 24 de maio o Verdão iniciava uma caminhada histórica: a tão sonhada estreia no Campeonato Brasileiro da Série B. Com o desfalque de Rodrigo Gral, Rangel ganhou a posição e não decepcionou, marcou dois gols na goleada sobre os mineiros por 4x1.

BR9 maior artilheiro da Série B. (Foto: Junior Matiello)
Foi a primeira página das 38 que o atacante escreveu na competição. Como não lembrar da sofrida vitória sobre o Paysandu na Arena Condá, quando Rangel marcou os três gols, sendo o terceiro aos 45 minutos da segunda etapa, e ganhando o apelido de Power Rangel.

Na série B, o atacante marcou 31 vezes e se tornou o maior artilheiro da competição nacional. Talvez o gol mais importante tenha sido no duelo diante do Paraná, na Vila Capanema, quando Paulinho Dias cobrou falta e Rangel subiu mais que a zaga, garantindo a vitória por 1x0, selando o acesso do Verdão para a Série A do ano seguinte.

Em 2014, Bruno Rangel deixou a Chapecoense, seguindo para o Catar, onde vestiu a camisa do Al-Arabi, e em sete partidas marcou apenas dois gols. Sem se adaptar ao futebol do país e com o Verdão passando por dificuldades para encontrar um camisa 9, BR9, como era conhecido, retornou ao Oeste de Santa Catarina com festa e status de salvador. Mas a falta de ritmo atrapalhou o atleta, que não conseguiu render o esperado, passando praticamente toda Série A no banco de reservas. 

Bruno Rangel comemora um dos seus dois gols diante do River Plate. (Foto: Francieli Constante)
A reserva nunca foi problema para Rangel, que tinha uma meta a atingir: se tornar o maior artilheiro da história da Chapecoense. Para isso tinha que desbancar Índio, com 62 gols marcados pelo Verdão. De gol em gol, BR9 foi se aproximando, até que no dia 20 de março de 2016 conseguiu desbancar Índio e, com 65 gols, se tornar o maior artilheiro do Verdão.

Com seu nome eternizado no clube, os torcedores lhe agradecem, Bruno Rangel, por tudo que nos proporcionou. Você será ETERNAMENTE CHAPECOENSE! 

Bruno Rangel e Índio homenageados pela Chapecoense. (Foto: Cleberson Silva)


Marcelo Weber || @acfmarcelo

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