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A volta, a derrota e a pressão

12 anos, este foi o tempo que demorou para o que o Londrina Esporte Clube, rebaixado em 2004 com a pior campanha, voltasse para a segunda divisão do futebol nacional. A campanha que fez o time retornar à segunda divisão é sem sombra de duvida invejável. Afinal, o mesmo Londrina ficara muito perto de seu fim entre os anos de 2009 e 2010, apenas seis anos depois, a equipe está de volta com títulos e boas campanhas. Mas a série B de 2016 não deve significar para o Alviceleste Paranaense o maior dos lugares a se alcançar, mas sim uma fase de transição pela qual a equipe passa para (quem sabe um dia) chegar à primeira divisão, e devido a isso, deve-se manter o foco no que acontece nos dias de hoje, pois bem... A estreia que era tão aguardada, não esteve tão longe de ser a ideal, mas em apenas um lance, o CRB colocou um balde grande de água no chopp dos londrinenses.


Londrina CRB (Foto: Alberto D'Angele/RPC)

Desde o início da partida o Londrina se mostrou confiante e bem postado, adiantava a marcação o máximo o possível, desarmava, antecipava e cortava jogadas, tinha posse de bola, invertia muito bem o jogo e demonstrava certa facilidade ao infiltrar jogadas com Igor Bosel (lateral direito). O CRB, diante das atitudes do adversário, se mantinha estático com poucas jogadas ofensivas e buscando sempre o contra-ataque, deste tipo de jogada saiu o lance mais perigoso do primeiro tempo: um chute cruzado de Gerson Magrão que obrigou Marcelo Rangel a praticar boa defesa. Em um primeiro tempo com poucas finalizações, nada poderia se esperar do placar além do magérrimo empate zerado, que apesar de tais "qualidades" ainda fizeram a torcida do LEC aplaudir à saída do time para os vestiários, isto devido ao bom jogo que estava realizando (mesmo sem balançar as redes).

De fato, não se esperava outra coisa para o segundo tempo do Tuba além de um time que mantivesse o padrão de jogo e aumentasse a potência para chegar ao gol e ficar mais próximo aos 3 pontos. Não foi bem assim. O CRB endureceu a já firme marcação do primeiro tempo pra evitar que o Tubarão chegasse próximo à sua área e obteve resultados, Londrina diminui a quantidade de jogadas criadas e em muitas oportunidades perdeu a bola próximo ao meio de campo com o time voltado ao ataque. De um desses lances, Magrão lançou e Luidy recebeu a bola que Matheus ainda tentou cortar, saiu cara à cara com Marcelo Rangel e definiu o placar que seria o final. Claudio Tencatti ainda tentou movimentar o time para buscar o empate, não conseguiu e esses foram os números finais de Londrina e CRB.

Ao final do jogo, foram ouvidos vários gritos cobrando mais raça dos jogadores que estiveram em campo tanto na derrota (do irreconhecível Londrina) diante do Cruzeiro na terça feira desta mesma semana, quanto neste jogo. Além deste grito, outros como "Ô Malucelli, vai se f**er, com este time vai cair pra série C" e "Vamos jogar bola, ô ô ô!" foram registrados no Estádio do Café, complementar a estes e àqueles, uma estrondosa vaia demonstrou o descontentamento do torcedor com o desempenho dentro de campo.

Londrina (0) x (1) CRB teve público de aproximadamente 3490 torcedores e cerca de 10 corneteiros de plantão.
O Londrina de Claudio Tencatti veio com: Marcelo Rangel, Igor Bosel, Sílvio, Matheus e Léo. Germano, Diogo Roque (Paulinho Moccelin), Rafael Gava e Netinho (Itamar). Jô (Zé Rafael) e Bruno Batata.
Já o CRB jogou com: Juliano, Bocão, Audálio, Diego Jussani e Diego. Olívio, Rivaldo, Gerson Magrão (Élton Lira), Dakson (Matheus Galdezani), Luidy (Rodolfo) e Neto Baiano.
A arbitragem foi de Savio Pereira Sampaio, auxiliado por Daniel Andrade e Leila da Cruz.

Os próximos jogos:
Goiás x Londrina - Sexta (20/05) as 20:30 - Estádio JK
CRB x Ceará - Sábado (21/05) as 16:30 - Rei Pelé

Vitor Guimarães || @vitorbatata3
Linha de Fundo || @SiteLF

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1 Comentários

  1. Fica complicado. Um time sem padrão tático, raça e jogadas ensaiadas (aquele escanteio nível fraldinha não conta). Faltaram reforços pro meio-de-campo. Esta série B promete.

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