Faça Parte

69 anos de uma paixão incondicional

Dia 13 de maio de 1947. Um dia muito especial para alguns habitantes de Santa Catarina. Neste dia, através de um grupo de trabalhadores, nascia o Comerciário Esporte Clube.

Com as cores azul e branca, o Comerciário jogou pela primeira vez dia 15/05/47 contra o São Paulo F.C da Vila Operária, porém obteve um resultado negativo, perdendo por 4x0. Três semanas depois, sobre o mesmo time, a equipe conquistou sua primeira vitória.

Os primeiros títulos do clube vieram na época amadorística, sendo cinco vezes campeão da Liga Atlética da Região Mineira (LARM). A primeira conquista profissional veio em 1968, quando foi campeão estadual.

Em 2 de abril de 1978, o Comerciário mudou seu nome para Criciúma Esporte Clube. O time chegou a dezenove finais do Campeonato Catarinense (sendo uma como Comerciário) e conquistou dez taças, sendo a mais recente em 2013, em que o Criciúma se consagrou campeão em cima da Chapecoense.

Em 1984, sob a presidência de Antenor Angeloni, o Criciúma concluiu o processo de unificação do futebol da cidade, adotando novo símbolo e as cores preta, amarela e branca.


Títulos

O maior título já conquistado pelo Criciúma aconteceu em 1991, quando, sob o comando de Felipão, o clube se consagrou campeão da Copa do Brasil invicto. Durante essa disputa, o Criciúma ficou conhecido como o Peñarol brasileiro e disputou a final contra o Grêmio, vencendo o primeiro jogo por 1x1 e empatando o jogo de volta em 0x0.


Após o título da Copa do Brasil, o time catarinense disputou a Libertadores, um sonho que ainda existe dentro dos carvoeiros, porém o clube foi eliminado nas quartas de final pelo São Paulo.

Em 2002, o clube foi campeão brasileiro da Série B, consequentemente conquistando um acesso para a elite do futebol nacional. Na final, o clube enfrentou o Fortaleza, o primeiro jogo aconteceu na capital cearense e o time catarinense perdeu por 2x0. Porém, no jogo de volta o clube venceu por 4x1 com três gols do maestro Paulo Baier.

Campeonato da série B de 2002
Após o acesso, o clube se manteve na Série A durante um ano, e em 2004 foi rebaixado para a Série B, indo, em 2005, para a Série C. Em 2006 a maré de coisas ruins passou e o Criciúma conseguiu se consagrar campeão da terceira divisão daquele ano e desde então vem passando por altos e baixos.

Textos com a história dos clubes são tradicionais, porém, desta vez planejamos algo diferente. Porque não contar a história da torcida? Afinal, se não fossem os torcedores não haveria o clube.


Desde que o Comerciário surgiu, muitas pessoas começaram a acompanhar o time, mesmo amadoristicamente. Com o passar do tempo e conforme a evolução do clube, a torcida se tornou cada vez mais apaixonada. A primeira organizada do Criciúma Esporte Clube foi a Guerrilha Jovem, que nasceu dia 19 de maio de 1991 através de dois amigos que queriam ajudar a equipe de alguma forma e decidiram criar a Guerrilha. O auge deles veio na década de 90, quando eram reconhecidos pelo Brasil todo por sempre inovarem seu jeito de apoiar. Desde então, a torcida vem apoiando o Criciúma dentro do Heriberto Hulse.

Em 2006 surgiu a Barra Os Tigres durante o hexagonal do Campeonato Brasileiro da Série C. Por meio da comunidade do Criciúma E.C. no Orkut, um grupo de torcedores sentiu a necessidade de uma torcida atrás do gol de "Colombo Sales", tendo em vista que do outro lado ficava a Guerrilha Jovem e havia uma carência de outra torcida para motivar o povão que ali se encontrava. Foi combinado um dia para pintura de alguns trapos e, conseguido uma cubana emprestada, ali nascia a OS TIGRES.


A torcida do Criciúma já foi conhecida como uma das maiores e mais apaixonadas de SC, porém, com o passar do tempo e algumas situações do clube, foi diminuindo até chegar nos dias de hoje. Hoje sim podemos ver quem realmente são os torcedores, pois mesmo com a má situação estão lá todo jogo apoiando os 90 minutos e muitas vezes até mais.

Muitos torcedores demonstram sua paixão com tatuagens, mostrando o que realmente sentem pelo clube.

Tatuagens da torcedora Jaqueline
Tatuagem da torcedora Manuela
Além dos antigos torcedores, também existem crianças que alegram as arquibancadas e aprendem desde cedo a amar o clube. Um desses exemplos é o pequeno Davi, o mini barra brava da Os Tigres. Sua mãe, que já era apaixonada pelo tigre muito antes da gravidez, ensinou ao pequeno o melhor que ele poderia aprender: A paixão pelo futebol. Não só esse caso, mas as crianças nos fazem crer que o esporte não irá morrer e também não só os pequenos, como também os mais velhos, são muito importante para o clube, pois eles trazem a história e sabedoria para as arquibancadas.

Todos podem ver que a torcida é apaixonada, porém como os jogadores se sentem dentro do clube? Será que eles realmente acham nossa torcida apaixonada?

Essas perguntas foram feitas para dois atuais jogadores do Criciúma E.C., o goleiro Luiz, que desde que chegou mostrou capacidade e encantou a torcida com suas belas defesas, e o lateral esquerdo Marlon, que chegou no clube e foi crescendo até hoje, quando conquistou a titularidade e também a torcida.

Como os jogadores se sentem no clube?

Luiz: "Quando recebi o convite para vestir a camisa do tigre fiquei muito feliz porque sabia da sua grandeza. Um clube grande e respeitado, tem a melhor estrutura do estado e dá ao atleta todas as condições de trabalho. Hoje me sinto lisonjeado em estar vestindo a camisa do Criciúma e quero fazer história no clube".

Marlon: "Me sinto muito feliz e sempre grato ao Criciúma por tudo que me proporcionou e proporciona. É um clube que investe forte na base e acredita no que vem do CT, onde fazem um excelente trabalho. Agradeço a Deus por essa oportunidade que o clube me deu e está me dando de representar esta grande camisa do futebol brasileiro".

O que eles tem a dizer sobre a torcida?

Luiz: "Vejo uma torcida apaixonada pelo Criciúma, a cidade respira o clube dia a dia. Tenho muito respeito pelo torcedor e é muito bom ver o estádio cheia com a torcida o tempo todo cantando e apoiando o time, isso motiva mais ainda e nas ruas nem se fala, o carinho do torcedor e principalmente o respeito que tem por mim e meu trabalho".

Marlon: "É uma torcida apaixonada, copeira e sempre apoiando a equipe, independente de onde seja. Nos jogos fazem um belíssimo espetáculo nas arquibancadas".

Assim, podemos ver que apoiar não é em vão, pois muitas vezes a torcida é quem impulsiona mais ainda o clube. É sempre bom saber a opinião de quem não está ao nosso lado fisicamente. Isso motiva também o torcedor, pois eles sabem cada vez mais a importância do seu trabalho nas arquibancadas.

Resumidamente, a torcida carvoeira pode não ser uma das maiores, porém posso afirmar que dentro do Heriberto Hulse é onde pulsam os corações mais apaixonados, apaixonados pelo CRICIÚMA ESPORTE CLUBE.

Parabéns ao clube que temos orgulho de torcer! 69 anos de um tricolor predestinado.

'' Criciúma, nosso clube de amor, alma, garra e coração'' 

AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer aos jogadores Marlon e Luiz, que disponibilizaram seu tempo para ajudar nesta matéria. Agradecer as meninas da Os Tigres Feminina Manuela da Silva, Jaque Figueiredo e Susiliana Medeiros, que também se dispuseram a ajudar.

Letícia Figueredo
Gabriel Frello

Postar um comentário

0 Comentários