A força do esporte
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Foto: surtoolimpico.com |
“Hoje percebo o quanto o esporte mudou minha
vida, superei muitas dificuldades, pois nasci e cresci em uma comunidade
carente e tenho muito orgulho de hoje poder ajudar minha família, outras
pessoas e projetos de alguma forma. O esporte não me trouxe apenas medalhas,
ele formou o meu caráter dentro e fora das quadras também”, emociona-se
Fabiana Silva, atleta de badminton.
Às vezes
momentos que surgem em novas vidas tem a capacidade de transformá-las para
sempre. Velejadora de um projeto social em Niterói, Rio de Janeiro, a jovem
Fabiana sonhava em trilhar uma carreira profissional no esporte cujo ídolo era
Torben Grael. No entanto, um dia sem vento foi o suficiente para a menina se
encantar com outro desporto. Foi brincando na areia da praia de Charitas, com o
professor de Vela, Inácio que a atleta de badminton foi apresentada a esse
esporte até então desconhecido.
Raquete,
petecas ou barco, Fabiana conciliou os dois esportes que tanto gostava em um
projeto cujo seu professor era fundador, o Prevela. O hobby se tornou paixão e
a jovem precisou optar em qual dos dois seguiria praticando. A escolha do
badminton foi certeira, prata por equipes no Sul-Americano de Medelín em 2010,
campeã nas provas individuais, dupla feminina e mista na competição do ano
seguinte, terceira colocação nas provas individuais e duplas simples no
Pan-Americano de badminton em 2013, campeã brasileira de 2014, são algumas
conquistas.
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Foto: badmintonphoto |
“Falar que o badminton tem esperança de
medalha na Olimpíada, infelizmente essa não é a nossa realidade. É a primeira
vez que o badminton brasileiro terá representante nos Jogos Olímpicos e por ser
no Brasil e no Rio de Janeiro creio que será muito bom para nossa modalidade. O
povo brasileiro vai poder conhecer mais sobre o nosso esporte, e quem sabe
assim o badminton ganhe mais adeptos e popularidade entre nós brasileiros”,
disse Fabiana, que integra a equipe reserva e permanece no Brasil se preparando
para a Olimpíada, enquanto os classificados seguiram para Portugal passar um
período de treinos.
A atleta de 27
anos carrega muita experiência. Aponta que movimentação e resistência são os
pontos cruciais para a prática do esporte que demanda concentração, mas que
diverte a muitos. Com a visibilidade de grandes eventos como o Pan-Americano de
Guadalajara, no México em 2011 que participou e agora a Olimpíada tão próxima
das crianças brasileiras, Fabiana acredita que o espaço dado nas escolas e
ações sociais são de extrema importância para atrair o futuros adeptos de
badminton.
“É preciso divulgar em lugares públicos onde
as pessoas têm acesso, em praças e escolas, pois só assim o badminton vai
ganhando popularidade e visibilidade. E por ser ano olímpico a mídia também tem
dado uma visibilidade e divulgação maior ao nosso esporte”.
Com carinho, Cássia Moura e Isabela Macedo
(@cassinha_moura e @ismacedo_)
Agradecimentos: Fabiana Silva, Ronald Ricardo Gomes e
Nymue de Medeiros.
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