As férias forçadas pelas eliminações do primeiro semestre
acabaram por fazer bem ao Palmeiras, ao menos nesta primeira partida. A goleada
aplicada sobre o Atlético-PR por 4x0 foi apenas reflexo de uma atuação que
beirou a perfeição nesta tarde de sábado, três semanas depois da última partida
do time neste ano.
Cuca já tinha conseguido melhorar o time nas últimas
partidas, mas parece ter usado muito bem o tempo livre e propôs um time mais
leve, com muita movimentação e troca de passes. Os chutões que marcaram o
Palmeiras nos tempos de Marcelo Oliveira foram raros e usados apenas quando
necessários.
Gabriel Jesus liderou o Palmeiras na goleada diante do Atlético-PR (Foto: Globo Esporte) |
Foi com essa fórmula que o Palmeiras dominou completamente o
jogo diante do bom time do Atlético-PR que só conseguiu incomodar nos primeiros
minutos. A troca de posições entre Tchê Tchê e Jean juntamente com a velocidade
de Roger Guedes fortaleceu o lado direito do Palmeiras que vinha fraco com
Lucas e Robinho. Do outro lado a já antiga parceria entre Egídio e Gabriel
Jesus também funcionou bem.
O maior reforço para o jogo, porém, foi um velho conhecido:
Cleiton Xavier. Foi dele o lindo passe para Gabriel Jesus servir Roger Guedes e
abrir o placar em uma jogada que deve se repetir muito ao longo do ano, usando
a velocidade dos pontas. Tocando bem a bola, o Palmeiras controlou bem o
restante do primeiro tempo e pouco permitiu aos paranaenses.
Qualquer possibilidade de mudança de ritmo terminou no
primeiro minuto do segundo tempo – na realidade, em menos de trinta segundos.
Foi esse o tempo que Cleiton Xavier, Barrios e Jesus demoraram para montar
outra bonita triangulação que terminou no segundo gol palmeirense.
Não demorou a vir o terceiro gol, com Thiago Martins em
cobrança de escanteio de Cleiton Xavier, mais uma assistência do meia que seria
ovacionado ao ser substituído pouco depois. A partir daí, foi apenas show para
a torcida com direito a um Prass simplesmente assistindo às boas trocas de
passes e variações do time alviverde.
Para encerrar a festa, o golpe de misericórdia não podia ser
de outro que não fosse Gabriel Jesus. Em dia mais do que inspirando quando
entre outras tantas boas jogadas, deu chapéu, caneta e provocou a expulsão do
lateral Léo, ainda recebeu livre para marcar o quarto gol do Palmeiras.
A ótima atuação, porém, ainda não passa de um bom começo.
Mantendo o nível de hoje, com muita velocidade e alto índice de acertos nos
passes, a tendência é que a briga seja na parte alta da tabela. Resta saber
como o time se comportará nas adversidades, como eventualmente saindo atrás no
placar. Se ainda é cedo para conclusões, a perspectiva é positiva.
O DESTAQUE:
com dois gols e uma atuação impecável, Gabriel
Jesus comandou o ataque palmeirense e confirmando as críticas à função
exercida com Marcelo Oliveira, sempre mais preocupado em marcar o lateral
adversário do que em jogar. Seria injusto, porém, deixar de mencionar a partida
de Cleiton Xavier, com três participações em gols e ótimas trocas de passes.
BOLA MURCHA: É difícil encontrar um ponto ruim
na equipe que jogou hoje. O mais próximo disso foi Jean que precipitou um ou
dois passes, muito pouco para ter sido uma partida ruim. Quem foi mal mesmo foi
o juiz, que inverteu lateral e
ameaçou expulsar Barrios após marcar falta no próprio atacante palmeirense. A
atuação não comprometeu o resultado, mas foi bastante insegura.
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