A América continua azul, vermelha e branca! Em jogo marcado por muita confusão e duas expulsões a seleção chilena bateu novamente a Argentina nos pênaltis e sagrou-se bicampeã da Copa América. Foi o primeiro título de Juan Pizzi com ‘La Roja’, dando sequência ao belo trabalho feito por Sampaoli. Já a seleção argentina segue com o tabu de não conquistar nenhum título desde 1993, foram três finais perdidas nos últimos três anos.
O belo desempenho do Chile ainda rendeu três prêmios individuais para seus jogadores: Alexis Sánchez foi eleito o melhor jogador da competição, Eduardo Vargas terminou como artilheiro e Claudio Bravo foi eleito o melhor goleiro. A Argentina levou o prêmio 'Fair Play' da competição.
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O capitão Claudio Bravo ergue a taça de campeão: festa chilena nos EUA |
Novamente a final foi contra o Chile e novamente não deu. Novamente perdemos chances de ganhar no tempo regulamentar. Os pênaltis negaram à Argentina algo que lhe foi tão normal em outros tempos: o título da Copa América. A julgar pelo início, parecia que tudo seria diferente do ano passado. Nem bem a partida começou e a Argentina mostrou o que faria diante do Chile: marcação adiantada para conter a qualidade de saída de bola do adversário. A tática tão certo que a Albiceleste esteve com vantagem numérica dentro de campo, mas não funcionou pois o jogo se manteve nos mesmos moldes.
Foi desesperador ver Rojo sendo expulso e dificultando o trabalho, pois Messi estava sendo muito bem marcado por Vidal e Aránguiz. Foi angustiante ver os minutos passando e notar que as equipes se preservavam para uma eventual prorrogação. Era nítido que os Hermanos não queriam reviver o mesmo filme, de ir para as penalidades, mas infelizmente o jogo foi para o momento mais injusto de um jogo, as penalidades. E o último pingo de esperança foi se derramando quando Messi desperdiçou sua cobrança, isolando a bola como como Baggio ou Platini. O fim estava próximo, e foi amargo.
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Messi entra no mesmo Hall de Zico, craques que pouco ganharam pela sua seleção |
Após a derrota na Copa América Centenário, essa talvez tenha sido um dos últimos momentos em que a seleção principal teve jogadores que representaram verdadeiramente a sua nação ao invés de somente vestir a camisa. Os que vierem por agora certamente não terão a gana de Mascherano e Messi, que só quem os viu jogar de perto sabem o quanto queriam um título por seu país, o quanto precisavam dar uma alegria aos seus milhões de aficionados. Infelizmente com a saída desses ícones, a Argentina passa a ser uma seleção normal, como qualquer outra. Estamos perdendo os jogadores com sentimento e a gana, algo que já acontece com algumas seleções hoje. Quem estiver usando a camisa da Argentina, apenas vestirá a camiseta como se fosse um colete usado nas quadras onde jogamos nosso futebol dominical.
CHILE: a afirmação de uma geração
Na busca da defesa do título da
América ‘La Roja’ veio para a final pensando
grande depois de engrenar na fase eliminatória da competição. Contando com as
voltas de Arturo Vidal e Marcelo Díaz ao time titular, o ‘professor’ Juan Pizzi
foi com a mesma base que venceu a Colômbia nas semis em busca de seu primeiro
título a frente da seleção chilena.
O jogo começou com a Argentina pressionando
e criando mais chances que o Chile, mas a medida que o tempo passava ‘La Roja’ começava a achar seu ritmo e
controlar mais a partida. As coisas pareciam que iria desandar quando Díaz
recebeu o segundo amarelo aos 27’, porém a equipe se portou bem até o fim da
primeira etapa e contou com a expulsão de Rojo para amenizar a situação.
Com os dois times com 10
jogadores o jogo ficou mais cauteloso e a grande aposta chilena era a velocidade
de Sánchez e Vargas na frente junto as chegadas dos meio-campistas Vidal,
Aranguiz e Fuenzalida. A melhor chance do Chile foi com Vargas recebendo
lançamento nas costas da zaga e exigindo boa defesa de Romero. Sánchez também
teve chance em boa jogada de Beausejour, mas foi bem travado pela zaga. Placar
fechado nos 90 minutos.
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Jogadores chilenos comemoram a conquista do bicampeonato |
Na prorrogação a partida voltou a
ficar um pouco mais aberta, também devido ao cansaço das equipes e foram os
goleiros que apareceram. Romero parou Vargas, enquanto Bravo fez uma grande defesa em
cabeceio de Aguero. Sem um vencedor nos 120’, a decisão do torneio foi para a
disputa de pênaltis. O Chile viu Messi e Biglia perderem suas cobranças, além
de Vidal, e conquistou a Copa América Centenário por 4 x 2.
O triunfo marca a boa geração chilena
que conquista seu segundo grande título em dois anos, a Copa América 2015 e
agora a Copa América Centenário 2016, o primeiro com Pizzi no comando. Os dois
títulos vieram em cima da poderosa Argentina de Lionel Messi, o que só valoriza
ainda mais o feito de ‘La Roja’. O
Chile ganha ainda mais espaço no cenário internacional e vai embalado para a
sequência das Eliminatórias.
Ismael Schonardie || @Ismahsantos
Fellipe Vicentini || @_FellipeS
Linha de Fundo || @SiteLF
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