Em busca da
recuperação, o Galo Carijó entrou em campo nesta terça-feira (31), pela 5ª
rodada da Série B. Com o mesmo número de pontos, Tupi e Joinville precisavam de
um resultado positivo, para se afastarem da parte de baixo da tabela. O time de
Juiz de Fora tinha uma responsabilidade maior, já que estava jogando em casa e
enfrentaria uma equipe bastante irregular – os catarinenses ainda não haviam
vencido na competição.
Tupi e Joinville se enfrentaram no Estádio Radialista Mário Helênio (Foto: Felipe Couri/tupifc.esp.br) |
Com os
desfalques de Rafael Jataí (suspenso), Gabriel Sacilotto e Thiaguinho
(lesionados), pelo quinto jogo consecutivo Ricardo Drubscky não pôde repetir a
escalação da equipe, que foi alinhada no 4-3-1-2 (Glaysson; Henrique, Heitor,
Rodolfo Mol e Bruno Costa; Filipe Alves, Marcos Serratto e Recife; Jonathan;
Thiago Silvy e Giancarlo).
O jogo
A partida
começou em um ritmo alucinante, com as duas equipes demonstrando muita vontade,
as primeiras chances não demoram a surgir. Logo aos 8 minutos, Jonathan tentou
surpreender em um chute de fora da área, mas mandou por cima do travessão. Na
sequência, os principais lances de perigo, vieram nas bolas paradas. Aos 12',
Bruno Aguiar cobrou falta e a bola foi na rede, mas por cima do gol de
Glaysson. Dois minutos depois, Jonathan cobrou escanteio na cabeça de Heitor,
que por pouco não abriu o placar.
Só que a
melhor chance do Galo Carijó foi com outro defensor. Aos 19', Henrique dominou
pela direita, cruzou bem e a defesa do JEC afastou mal a bola, que sobrou para
Bruno Costa de frente para o gol e o camisa 6 perdeu a melhor chance até então.
A partir disso, o time da casa dominou amplamente a partida, enquanto os
visitantes usufruíram da velocidade e jogaram no erro do adversário.
O Joinville
pouco chegou ao primeiro tempo, mas quando chegou, conseguiu levar perigo. Em
um chute rasteiro de fora da área, Paulinho Dias quase marcou, aos 32 minutos.
Aos 38', Juninho fez jogada pela esquerda e cruzou para Fernando Viana, que
abriu o placar. No fim do primeiro tempo, o Tupi teve mais uma chance,
novamente em um cabeceio de Heitor e Oliveira conseguiu espalmar no susto.
No intervalo,
Ricardo Drubscky mexeu duas vezes, colocando Ygor e Michel Henrique nos lugares
de Marcos Serratto e Jonathan. As alterações foram ofensivas e o time da casa
voltou pressionando bastante. Porém, atacando de forma desordenada e deixando
espaços, o jogo ficou aberto.
O segundo
tempo estava desenhado: o Tupi ficando com a bola na maior parte do tempo e o
Joinville contra-atacando com perigo. No entanto, nos primeiros 10 minutos,
nenhuma das equipes conseguia exercer suas propostas com contundência. Neste
momento, a torcida já estava com os nervos à flor da pele, a grande maioria
sentada e cabisbaixa.
Giancarlo marcou o seu primeiro gol com a camisa do alvinegra (Foto: Felipe Couri/tupifc.esp.br) |
Eis que a
sorte apareceu para premiar o time que buscava mais o jogo: o zagueiro Victor
Oliveira não conseguiu cortar o cruzamento da direita, o goleiro Oliveira
falhou ao não segurar a bola, que caiu nos pés de Giancarlo. O centroavante fez
o que um matador deve fazer: acreditou no lance e não titubeou.
O gol
incendiou a torcida e, consequentemente, o time em campo. O momento era todo do
alvinegro, que era melhor e continuava em cima. Porém, os minutos foram
passando juntamente ao bom momento da equipe, que cometeu vários erros de
passes. Em um deles, aos 18 minutos, proporcionou um contra-ataque perigoso do
tricolor e Juninho teve uma grande oportunidade, mas Glaysson salvou.
Na metade da
etapa final, Ricardo Drubscky sacou Thiago Silvy, colocando Vinícius Kiss. A
alteração fez o time ganhar mais volume pelo flanco direito, onde concentrou
praticamente todas as suas jogadas, porém, a saída do jogador que mais buscava
o jogo pela esquerda, matou a criação por este lado. Com isso, poucas chances
foram criadas, exceto um chute fraco de Recife da entrada da área.
O clima hostil
tomou conta do estádio, com torcedores e jogadores nervosos, parecia que o
empate permaneceria no placar. Contudo, as coisas ainda ficariam piores, quando
o árbitro deu mais 4 minutos de acréscimos. No minuto 48, o Joinville ainda
conseguiu um último contra-ataque, Pereira tocou para Murilo, que dominou e
bateu forte, para decretar mais um revés do time alvinegro.
Com a derrota,
o Tupi permaneceu com apenas três pontos, entrando na zona de rebaixamento. Na próxima
partida, o time de Juiz de Fora viaja para o Paraná, onde enfrenta o
Londrina.
PS. 1 – Bruno Costa fez um primeiro tempo quase perfeito, indo bem
defensivamente e chegando ao ataque algumas vezes, só que perdeu um gol que não
poderia ter perdido. No segundo tempo caiu bastante, principalmente depois da
saída de Thiago Silvy, que atua pelo mesmo lado do campo do camisa 6. Por outro
lado, Henrique sentiu a pressão da torcida e fez uma partida para esquecer, não
conseguindo acertar os cruzamentos e levando bolas nas costas.
PS. 2 – A atuação não foi tão ruim quanto na partida contra o Bragantino.
Porém, a paciência da torcida chegou ao limite, não adianta só jogar melhor
durante 90 minutos e o resultado não vir. Apesar de o elenco ser limitado
(coloca na conta da diretoria), a equipe deveria estar em outro estágio,
evoluiu muito pouco nessas cinco rodadas. Ricardo Drubscky está pressionado e
apenas vitórias garantirão sua permanência.
Por: Marcelo Júnior || Twitter: @marcelinjrr
0 Comentários