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Londrina: A recuperação com uma vitória esperada

Nas duas últimas partidas o Londrina havia saído de campo derrotado. Na primeira, diante do Vasco, o Tuba tinha jogado de forma íntegra e foi melhor em relação ao cruz-maltinho - mesmo saindo com o resultado adverso; já contra o Luverdense (esta sim, fora de casa), o Alviceleste tentou até o último minuto e esteve muito perto de trazer três pontos do MT.

Com tais resultados negativos, era necessária uma vitória, para acordar o time e mostrar para a torcida que, apesar dos pesares, seguimos vivos na competição. Pois bem, eis a chance perfeita: embate ante o Brasil de Pelotas dentro de casa; todos os ingredientes para um bom jogo se misturam em partidas contra o rubro-negro pelotense.


Foto: Wellington Ferrugem
Não à toa que as equipes se encontram com campanhas parecidíssimas na tabela do Brasileiro deste ano. Ambos têm técnicos longevos em seus cargos, defesas que sofrem poucos gols e ataques que fazem o necessário para os três pontos. Tais fatores já são conhecidos pela torcida desde o polêmico jogo de 2014, mas o susto foi grande quando Marcelo Rangel fez grande defesa logo no primeiro minuto.

Este, provavelmente, seria o momento em que Cláudio Tencatti iria pedir calma ao time e pouco a pouco encaixaria os detalhes de marcação, mas quem comandou o Alviceleste foi Aléssio, que prontamente pediu para seus jogadores acharem uma brecha e na primeira oportunidade clara, finalizar. Não demorou sequer um minuto para que o Tuba alçasse a primeira bola à área pelotense e reclamasse a marcação errônea da arbitragem, que inverteu o corner em tiro de meta. Nada que fizesse a equipe entrar em um colapso por reclamações, pelo contrário.


Sem a presença do comandante Londrinense, muitos ficaram inseguros, mas Aléssio soube conduzir o time e mostrar que o trabalho desenvolvido junto ao técnico tem lhe rendido boas experiências; da mesma forma que Tencatti orienta seus atletas, o auxiliar orientou e com um "complemento" de quem procurava forçar as descidas principalmente em jogadas diagonais, fazia o ataque ter mais mobilidade principalmente com Itamar, que a todo momento saía da área para buscar jogo e triangular jogadas. 

O estilo de jogar não mudou em relação às demais partidas e o Londrina procurava manter a posse de bola e achar as tais brechas nas diagonais do compacto e recuado xavante. Quando não era a defesa afastando a jogada para onde o nariz apontava, era um dos meias errando passe. Aliás, este problema reapareceu após a lesão de Rondinelly e tem dado prejuízos ao LEC, que tem contado com Rafael Gava e Paulinho para criar suas jogadas, Gava até tem dado conta do recado (mesmo com a partida extremamente abaixo de sua média), mas Paulinho tem deixado a desejar tanto para passes quanto para jogadas mais velozes. 

Não muito diferente dos demais primeiros tempos realizado diante de equipes fechadas, o jogo ficou travado, se o LEC se propunha a atacar, o Brasil de Pelotas se propusera a esperar da linha do meio de campo para trás e esperar sua chance de finalizar ou ainda tentar chegar o mais próximo possível da linha defensiva e arriscar de fora da área. Nada que tenha surtido muito efeito e, como consequência, levou as equipes aos vestiários com o placar ainda zerado.

Se a primeira etapa foi comum, a segunda começou muito bem quando, com apenas um minuto de jogo, Germano cabeceou e fez Eduardo Martini ser instrumento de um milagre com uma bela defesa. No lance ofensivo seguinte, Paulinho Moccelin recebeu de costas para o gol e tocou no vazio para Léo, que levou a redonda mais a frente e cruzou para Itamito/Itamestre/ItaRei cabecear perfeitamente, sem dar chances ao goleiro adversário, obrigado a buscar a bola no fundo das redes.

Após o gol, a equipe pelotense começou a se propôr aos ataques e, ainda que tenha levado alguns minutos, criou chances e até fez um gol corretamente anulado, pois o atleta gaúcho conduziu a bola com a mão para desvencilhar-se da marcação. Diante das tentativas de se atirar ao jogo por parte do rubro-negro, o Alviceleste teve de compactar seu estilo de jogo e dificultar as passagens de bola nas diagonais. Isto se deve à necessidade dos meio campistas do time de não contarem com boa participação ofensivas de seus laterais. O Tuba endureceu o jogo e as chances que eram criadas pelo adversário vinham sempre de bolas paradas ou de finalizações de fora da área, tais oportunidade até assustavam a torcida, mas nenhuma levou tanto perigo a Marcelo Rangel.

Assim como foram os demais embates entre Londrina e o Pelotas, este parecia demorar para acabar, mas o tempo corria normalmente e eram as circunstâncias que mostravam à torcida as adversidades que uma outra equipe retranqueira traz. Ao final da partida, a torcida comemorou mais uma vitória e o time se recuperou na tabela.


Foto: Robson Vilela
A partida desta terça feira mais uma vez evidenciou uma das principais qualidades do Tubarão para esta competição: sua maleabilidade e seu "jogo de cintura" para escapar das adversidades. Se no primeiro tempo a equipe tomou alguns sustos e soube manter a calma, no segundo teve toda as qualidades de um time que sabe segurar a pressão e sair com o resultado. Mesmo sem seu técnico comandando o time do banco de reservas, a equipe mostrou ter um psicológico forte dentro de casa para os momentos decisivos, isto será de grande valia para o decorrer do campeonato.

Londrina (1) x (0) contou com 3300 torcedores e cerca de 50 corneteiros que chegaram atrasados e só viram a parte do gol do Itamestre, a renda foi de R$ 41 mil.

Tencatti assim escalou o Tuba: Marcelo Rangel, Igor Bosel, Luizão, Matheus e Léo; Germano, Rafael Gava e Netinho (Igor Miranda), Paulinho Moccelin (Bidia), Jô e Itamar (Bruno Batata).

O pelotinhas de Rogério Zimmerman veio a campo com Eduardo Martini, Weldinho, Teco, Leandro Camilo e Eduardo Brock; Nem, Washington (Elias) e Clébson, Marcos Paraná (Nathan), Ramon (Nena) e Felipe Garcia.


Na próxima rodada:
Londrina x Criciuma - Estádio do Café - 28/06 as 21h30
Brasil de Pelotas x Joinville - Centenário - 02/07 às 16h

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