No último domingo, Brasil e Peru
foram até o Gillette Stadium, que fica localizado na cidade de Foxborough para
completarem a 3ª rodada do Grupo C e decidir a classificação para as quartas de
final da Copa América Centenário. Em todas as casas de apostas, o Brasil era
franco favorito à classificação, o que não ocorreu na prática.
No primeiro tempo, a Seleção Brasileira
foi bem superior à peruana e só não concluiu melhor por detalhes, sem conseguir
envolver o adversário. A qualidade de Philippe Coutinho, Willian e Lucas Lima
era destaque na "meiuca" do Brasil, mas ainda faltava um algo a mais
para que essa qualidade fosse convertida em gols, talvez uma velocidade na
triangulação ou uma maior aproximação entre o tridente.
O que faltou ao Brasil na etapa
inicial, o Peru trouxe consigo na etapa complementar com a entrada de Yotún. O
Peru começava a fazer boas triangulações com velocidade, arriscar jogadas
individuais, enquanto o Brasil continuava bem devagar, pecando nos mesmos
pontos e com seu comandante sonolento, parecendo satisfeito com o 0x0 que
insistia em permanecer no marcador. O gol de mão de Ruidíaz veio como uma
punição ao fraco time montado pelo técnico Dunga, que pouco se esforçou para
reverter à situação.
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Foto: Getty Images |
Peru:
A mão resolveu tudo
Antes do apito inicial, os
torcedores souberam que não havia como os dois clubes passarem para a próxima
fase. E o Peru precisaria de uma vitória para seguir em frente na competição.
No primeiro tempo, tudo levava a crer que o Brasil sairia com a classificação.
Esta etapa foi comandada pelos brasileiros, quase não sem oportunidades para os
peruanos.
O que o Brasil não esperava, era
que teria uma pedra, ou melhor, Gallese no caminho, o goleiro dificultou
bastante a vida dos atacantes e meias brasileiros. Inclusive após chute de
Gabigol dentro da área. A melhor oportunidade da Seleção Peruana nos 45
iniciais foi quando Flores chegou à área e foi derrubado por Renato Augusto,
pedindo pênalti. O juiz não deu nada e o jogo seguiu.
Na volta do jogo, la blanquirroja
voltou melhor e quase abriu o placar em cobrança de falta de Cueva. O jogo ia
ficando nervoso, à medida que o tempo passava, o empate dava a classificação ao
Brasil, mas um simples 1x0 podia mudar a história desta Copa América.
E assim foi depois dos trinta e
de triangulação entre Guerrero, Tapia e Ruidíaz, o último botou a bola para o
fundo da rede com os braços. Abrindo o placar e garantindo a classificação
Peruana. No final do jogo, Elias perdeu de cara com Gallese e deu os três
pontos ao Peru.
Brasil:
Jogou como as ultimas vezes e perdeu como nunca
Mais um jogo da equipe da CBF e
mais um vexame acumulado. Sinceramente, cadê a Seleção!? Eu já cansei de ver
mais do mesmo, todo jogo do Brasil - que são poucos durante o ano. Sempre que
sai o anúncio de "amistosos da Seleção" na televisão, já começo a
contar os dias pra ver o meu país em campo, mas quando vejo a escalação, já
desanimo um pouco - principalmente por lembrar da Seleção de 2002 e 2006 -,
mesmo assim é o Brasil em campo, vou apoiar independente de quem esteja lá. A
bola rola e o Brasil, cada vez mais gourmet, vai desanimando.
Uma equipe sem sangue, sem
vontade de vencer, como quem não estivesse se importando com o uniforme que
fardava era a única coisa que conseguia ver. No primeiro tempo, o Brasil até
que não jogou mal, mas o futebol gourmet e "europeu" que o time vem
apresentando, sempre atrapalhava tudo. Qualidade no tridente do meio-campo,
formado por Philippe Coutinho, Lucas Lima e Willian, não faltava. O que faltava
mesmo era vontade e amor à camisa.
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Foto: Globoesporte.com |
No segundo tempo, Gareca mexeu na
sua equipe e Dunga... Ah, o Dunga tava tranquilo com o empate. Já estava
servindo para classificar. O Peru voltou com vontade de vencer a partida e o
Brasil com a mesma má-vontade. A cada vez que a televisão mostrava Gareca, era
possível ver um comandante elétrico, querendo que sua equipe fosse pra cima.
Quando mostrava Dunga, um ponto de interrogação gigante na sua expressão. Um
comandante apático, sem vontade de vencer e perdido.
Ruidíaz marcou o gol irregular
que eliminava o Brasil e Dunga reagiu. Entrou Hulk no lugar de Gabigol (!?).
Você deve estar se perguntando "cadê a reação?" e eu entendo perfeitamente
a tua indignação. Eu também me desesperei quando vi essa alteração. O gol de
mão veio como um castigo, que afetou quem não merecia: nós. Dunga continuou sem
reagir e ainda poderia fazer mais DUAS alterações, mas não as fez. Peru
classificado graças à raça dos atletas peruanos e o Brasil, sem raça, volta pra
casa e com seu fraquíssimo comandante justificando a eliminação nos erros de
arbitragem. Na verdade, não volta pra casa porque os jogadores não são de
dentro do país. Cada jogador vai pro seu canto: uns pra China, outros pra
Inglaterra ou algum outro país europeu.
LEO FERNANDES || @leo_fernandes_9
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