A dúvida entre escalar um time completo ou alternado diante
do Botafogo-PB dominou a semana alviverde e a opção de Cuca em colocar o que
tinha de melhor à disposição acabou se mostrando acertada após um primeiro
tempo bastante complicado e praticamente nenhuma chance de gol.
Com todo time marcando dentro do terço final do seu campo,
os paraibanos complicaram muito a sempre boa troca de passes palmeirense.
Afunilando muito o jogo e sem espaços, a posse de bola era improdutiva e ficou
boa parte do tempo entre os zagueiros Mina e Vitor Hugo. O uso das laterais foi
baixo e sempre pela esquerda com Zé Roberto, fazendo a tradicional dobradinha com Dudu. Jean e Erik ficaram praticamente
esquecidos pelo outro lado.
Muito inofensivo em suas ações, o Verdão ainda tomou susto
em cobrança de falta do Botafogo que, acidentalmente, sobrou dentro da área.
Jailson ainda precisou abafar uma outra oportunidade já no final do primeiro
tempo. A única boa chance alviverde veio aos 42’, quando Dudu finalmente tentou
uma jogada individual para quebrar a marcação. O gol não saiu, mas animou a
torcida.
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Tchê Tchê comemora seu primeiro gol com a camisa do Palmeiras. (Foto: Globo Esporte) |
O cenário mudou de figura na etapa final. Em parte pela
entrada de Allione no lugar de Cleiton Xavier – o argentino, acostumado a jogar
pelo setor direito, povoou melhor uma
área inexplorada no primeiro tempo -, em parte devido ao pênalti (indevidamente)
marcado em Rafael Marques aos dez minutos. Jean converteu a abriu o placar.
Pouco depois, aproveitando um chutão da defesa, Erik e
Rafael Marques se entenderam bem e o segundo conseguiu boa finta de corpo para
deixar o zagueiro adversário no chão e tocar no canto para marcar o segundo gol
e tranquilizar Cuca, o estádio e o próprio Erik que havia perdido gol incrível
minutos antes.
Com placar favorável e sem sofrer gol em casa, o Palmeiras
ficou à vontade para fazer o que mais gosta: tocar a bola com muita
movimentação. Foi assim que Dudu encontrou Allione, mais uma vez pela direita.
O argentino rolou para Tchê Tchê cortar a marcação e tocar no canto com
categoria. Golaço! Mais do que o gol da vitória, um prêmio para um dos melhores
jogadores do Palmeiras na temporada atual.
Não foi a melhor atuação do Palmeiras no ano, mas foi bastante segura. A lentidão do primeiro tempo incomodou, mas também ajudou a
cansar os paraibanos que não conseguiram manter o ritmo na etapa final. A
vantagem é boa e a vaga praticamente garantida – apenas um vexame eliminaria o
time da próxima fase. Que venha o clássico!
O DESTAQUE:
Mais uma vez produtivo e participativo, Tchê
Tchê foi o grande destaque individual. Suas arrancadas e constante
movimentação ajudam a quebrar as defesas. Ainda foi premiado com o gol que
faltava desde que chegou e que já era mais do que merecido.
BOLA MURCHA:
Espera-se mais de Cleiton Xavier
como armador do time, especialmente em jogos com o adversário fechado como foi
esse último. Sumido e insistindo em toques de efeito, tirou a paciência de
Cuca e de parte da torcida. Também poderia ter ajudado a preencher melhor a faixa direita do campo,
coisa que Allione fez bem na etapa final.
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