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Desculpe o transtorno, precisamos falar de Ricardo Gomes

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Após a ida de Bauza para a seleção argentina e um curto período sendo comandado pelo técnico do sub-20, André Jardine, Ricardo Gomes chegou ao São Paulo sendo questionado desde o início pelos torcedores. E continua sendo, até mais do que antes.

Foram 6 jogos no Brasileiro: 2 empates (Internacional - fora - e Coritiba - em casa), 2 vitórias (Figueirense e Cruzeiro, ambas em casa) e 2 derrotas (Palmeiras e Atlético-PR, ambas fora). Com os jogos da Copa do Brasil foram os jogos de ida e volta contra o Juventude, 1 derrota em casa e uma vitória fora (com apenas 1 gol, não o suficiente para classificação). O que gera certa de 44,4% de aproveitamento, em relação ao ex-técnico Bauza, o número é melhor, já que o aproveitamento do argentino foi de 42,6% (em jogos nacionais).


Entretanto, o maior problema não são os resultados, já que os resultados são consequências de erros na escalação e nas substituições. O esquema tático adotado por Ricardo é de 4-1-4-1, que varia entre 4-3-3 e 4-5-1, dependendo da circunstância de jogo em sua visão. O maior problema que o técnico vem enfrentando é arrumar o meio de campo que ficou precário - para não dizer, inexistente - desde a saída de Paulo Henrique Ganso. Para isso, os técnicos (Bauza e Jardine) apostavam em Cueva como meia-armador, o que fazia com que a bola pouco chegasse nos atacantes. Ricardo Gomes então decidiu escalar Wesley nessa posição e optou por colocar Cueva na ponta. Algo que foi extremamente criticado e não compreendido no início, mas que após a partida contra o Figueirense percebemos que é onde ambos rendem mais. O maior "problema" dessa escalação é jogar com 3 volantes (Thiago, Wesley e Hudson) em todas partidas, inclusive nos jogos em casa e nos jogos que é necessário vencer (como contra o Juventude nessa última quinta). Além dos 3 volantes, algo que irrita a torcida tricolor são as substituições errôneas de Ricardo. Como por exemplo, na partida de volta contra o Juventude, o técnico optou por tirar Wesley - que era um dos melhores em campo - para a entrada do atacante Gilberto. O resultado era importante, e era necessário tirar um volante para colocar um atacante, entretanto Gilberto não fez nenhuma boa partida, talvez a melhor opção fosse colocar Daniel - ou até mesmo João Schmidt - no lugar de Thiago Mendes ou Hudson, deixando o meio mais próximo do ataque, já que poucas bolas chegavam nos pés de Chávez, por conta da defesa compacta do adversário. Outro erro nessa partida foi na opção de Buffarini no banco, Bruno foi quem deu assistência no gol de Rodrigo Caio, todavia falhou diversas vezes na marcação e nos passes. 

Talvez o maior erro de Ricardo nessa semana não tenha sido os treinos, a escalação ou as substituições, talvez seu maior erro tenha sido ter dado entrevista após a partida e dizer: "Não podemos esperar que o torcedor aceite a eliminação. Mas foi no primeiro jogo. Nesse jogo merecíamos a classificação. Três vitórias nos últimos quatro jogos, e por isso me deixa com confiança. Confiança pela qualidade do jogo, do espetáculo. No Brasil só fala-se em resultado e pouco se fala da qualidade do jogo. Aconteceu isso hoje, não aconteceu no jogo de ida. Fomos eliminado, sim, mas teve espetáculo". Não, os torcedores não vão aceitar a eliminação, exatamente por isso. A eliminação veio no primeiro jogo, ao perder no Morumbi por 2 a 1, todavia um time como o São Paulo possuía toda condição de vencer do Juventude em Caxias e não sei que jogo Ricardo assistiu para dizer que houve espetáculo. São Paulo foi sim superior toda partida, teve maior posse de bola, mas as maiores chances de perigo foram do Juventude. Tricolor jogou como se o resultado fosse favorável, como quem tinha ganho o primeiro jogo, não perdido. Foram muito passes errados, "chuveirinhos" e erros individuais que entregavam a bola nos pés dos adversários - muitas vezes os deixando em condição de fazer o gol -. 

Mesmo não gostando do comando de Ricardo, devemos apoiá-lo já que faltam poucas rodadas para o término do Brasileiro e nessa época, é completamente difícil algum técnico que aceite comandar uma equipe por curto tempo, além de que é prejudicial aos jogadores e ao time todo em si ficar trocando de técnico. Também não podemos culpar totalmente o técnico pela eliminação e pela má fase. Os jogadores que jogaram muito bem nas últimas partidas do Brasileiro, fizeram "corpo mole" nesse jogo, e alguns como Thiago Mendes, vem fazendo "corpo mole" desde o início do ano. Nós, torcedores, torcemos para que a eliminação na Copa do Brasil não comprometa os jogos no Campeonato Brasileiro, pelo contrário, agora com o foco total nele, São Paulo possui obrigação de "arrancar" de vez na tabela. Tricolor está em 12º com 34 pontos. Seus próximos 4 jogos são: Vitória (fora); Flamengo (em casa); Sport (fora) e Santos (em casa). 


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