Quando o assunto é Copa do Brasil, o Cruzeiro entende e por
isso tem o favoritismo do seu lado e o respeito de seus adversários. A Raposa, que tem quatro títulos na competição, passou o trator em cima do Botafogo,
foram cinco gols fora de casa, um grande passo para as quartas de final.
Infelizmente, o Cruzeiro não tem mais chances de uma vaga
para Libertadores e título pelo Campeonato Brasileiro. A única oportunidade
que temos é pela Copa do Brasil e a Raposa respira, meus amigos.
@Cruzeiro |
A maneira que ganhamos é digna de uma grande
comemoração. Só quem é cruzeirense sabe tudo que estamos passando e ver o Cruzeiro
vencendo e convencendo, mostrando um futebol eficiente é a melhor maneira de
reacender as esperanças do torcedor. Não sei vocês, mas sinto o cheirinho de
penta.
Apesar da euforia, sabemos que cada jogo é considerado
uma final e não podemos achar que está garantido. Devemos ter o foco total
para o jogo de volta, que acontecerá no dia 21 de setembro, às 21h45, no Gigante da Pampulha.
Sobre o jogo:
Quando o confronto é fora de casa, Mano
Menezes aposta em um time mais seguro e não arrisca muito, porém tira vantagem
em trocas de passes, que sempre resultam em perigo ao gol do adversário. Mesmo jogando no Rio de Janeiro, a
equipe mineira não se intimidou, logo no primeiro tempo Arrascaeta fez bela jogada com
Ramón Ábila e o que não é normal aconteceu, já que o monstro Ábila errou o gol. Depois
desse momento, pudemos reparar qual seria a postura do Cruzeiro.
O jogo era aperto e equilibrado, com
grandes oportunidades para as duas equipes, Sassá do lado carioca, era o terror
para a zaga do Maior de Minas. Entretanto, tínhamos o quarteto com Robinho,
Arrascaeta, Abila e Sóbis que eram os principais responsáveis pela criação de
novas jogadas.
Porém, tem dois ditados que nunca falham
no futebol: a lei do ex e quem não faz gol, leva. Apesar da força de vontade
do time celeste, quem saiu na frente no marcador foi o Botafogo, aos 37 minutos, com
Sassá. O gol carioca não abateu o grupo
estrelado e, já no final do primeiro tempo, em uma cobrança de escanteio, Renan
Fonseca empurrou Henrique com o braço e o juiz interpretou como penalidade
máxima. Ábila na
cobrança de pênalti deslocou o goleiro Sidão e igualou o confronto.
@Cruzeiro |
Um empate fora de casa já era
importante para a Raposa, porém se viesse a virada cruzeirense ninguém iria
reclamar. O que ninguém esperava era modo que o Cruzeiro goleou. Com apenas 40 segundos da etapa
complementar, Ábila sozinho tentou jogar a bola por cima do
goleiro, porém não funcionou muito e, faço das palavras do Mano Menezes as
minhas, “é forte que nem um cavalo e quer dar toquinho”.
Aos 13 minutos, a jogada se iniciou com o
mestre em assistências Arrascaeta, que em seguida deu um passe de calcanhar para
Robinho chutar cruzado e Emerson, na tentativa de cortar, acabou jogando
contra seu próprio patrimônio. Não deu tempo de sentir o gostinho da
virada, pois dois minutos depois, em um erro de marcação, a Raposa cedeu o empate
para os botafoguenses e Neilton foi o responsável por marcar o gol carioca, é
aquela famosa lei do ex.
A Raposa estava com um faro incontrolável
de gol e foi aos 18 minutos que o Cruzeiro conseguiu fazer o terceiro da partida e
o segundo de Ábila. Sóbis arriscou em uma jogada individual e fez
um lançamento para Ábila marcar do jeito que deu. Se já estávamos satisfeitos com três gols
fora de casa? Com certeza. Mas gol é sempre bem-vindo, concordam? E aos 21’,
Arrascaeta novamente criou uma ótima assistência e dessa vez foi para Robinho
balançar as redes.
@Cruzeiro |
A partida já se encaminhava para o fim e, com toda cautela, o Cruzeiro administrava o placar adquirido, mas pelo jeito
dava tempo para mais um gol, certo capitão? Aos 46 minutos, Rafinha cruzou, a zaga
falhou e Henrique, que não tinha nada a ver com isso, mandou a bola para o fundo
da rede.
O passo mais importante foi dado, cinco
gols fora de casa, agora usaremos esse critério a nosso favor para
concretizar de vez nossa classificação.
Paula Fernandes- @Paulinha_CEC
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