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Na base da raça e driblando a chuva, Palmeiras passa pelo Internacional

Não foi o melhor jogo do ano, nem precisava ser. Aliás, jogo foi o que menos teve no Allianz Parque que recebeu uma forte chuva e prejudicou ainda mais o sofrido gramado que vem sido o maior doas adversários palmeirenses nessa reta final. Nem assim a vitória escapou, ainda que com certo sofrimento.

As condições ruins para a partida favoreciam mais o Internacional de Celso Roth, adepto ao jogo de contato, marcação firme e bola longa. Mas está longe de ser um tipo de jogo que o Palmeiras não goste, até em função de ter jogado com boa parte desse elenco em 2015 com a bola longa como marca registrada.

A verdade é que houve pouquíssimo em termos de criatividade em todo jogo. O gol de Cleiton Xavier, logo cedo, era tudo que o Palmeiras queria para poder controlar o jogo e diminuir a ansiedade. Ele veio em bola parada onde mais uma vez brilhou a estrela de Cuca: Thiago Santos ajeitou e o meia completou para o gol. Os dois costumam iniciar no banco de reservas.

Palmeiras x Internacional - Dudu e William (Foto: Marcos Ribolli)
Dudu disputa bola pelo alto: jogo teve mais marcação do que emoção.
(Foto: Marcos Ribolli/Globo Esporte)
O gol não mudou rigorosamente nada no panorama do jogo. A partida continuou com muita briga, marcação e zero chances de gol. O Inter assustou com Alex, de falta, e o Verdão respondeu com Vitor Hugo, já nos acréscimos. Muito pouco para animar a partida, ótimo para o Palmeiras que não via Jailson aparecer.

O segundo tempo começou com um susto (o único em toda partida), quando Anderson puxou contra-ataque e poderia ter empatado. Como poderia ter feito também Gabriel Jesus, já na reta final da partida. O jogo, porém, tinha cara de 1x0. E assim ficou o placar, para alegria dos alviverdes que ampliaram a vantagem contra o vice-líder Santos para seis pontos.

O brilho passou longe do Allianz Parque, como já vem passando há algumas rodadas. Nesta altura, isso é o que menos importa. Jogar bem e jogar bonito são coisas diferentes. O Verdão não deu show, não teve dribles que levantaram o público, mas também não sofreu. Jailson praticamente assistiu ao jogo e segue sem perder pelo Brasileiro.

Com a boa vantagem adquirida, o Palmeiras irá até Belo Horizonte pegar o Atlético-MG. Jogo difícil, mas que terá o time preparado após dez dias de descanso e que, se conquistar uma vitória diante dos mineiros, ficar praticamente com o título assegurado.

O DESTAQUE: A qualidade na saída de bola é um ponto a melhorar (e muito), mas existem poucos tão eficientes na marcação como Thiago Santos. Mais uma vez ele dominou o meio e anulou a criação do Inter – que diga-se também, é bastante fraca. Um lance emblemático foi visto no segundo tempo: ele disputou até o final lance com Anderson e ficou com a bola, para delírio de todo estádio.


BOLA MURCHA: Se o jogo não foi grande coisa tecnicamente, a parte tática palmeirense foi praticamente impecável e o jogo coletivo funcionou. Talvez sacrificado na ajuda pela marcação e certamente prejudicado pelo gramado ruim, Gabriel Jesus perdeu a melhor chance no segundo tempo e que poderia ter colocado o jogo em risco.

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