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Do inferno ao inferno: o ano do Figueirense

Desde promessas de um grande time a um termo de compromisso contra o rebaixamento. O ano repleto de erros do Figueirense sĂ³ fez o torcedor sofrer. Diferente de alguns anos, dessa vez esses erros nĂ£o puderam ser escondidos com a sorte de nĂ£o ser rebaixado. Um ano trĂ¡gico para se tirar bastantes lições. Vejam o 2016 do Figueirense Futebol Clube.

Um 2016 de sofrimento e lições
Campeonato Catarinense - O começo do fim

Aos trancos e barrancos, Figueirense se segurou no estadual
Entrando como atĂ© entĂ£o atual campeĂ£o, o Figueirense tinha como objetivo conquistar o tricampeonato da competiĂ§Ă£o. Mantendo Hudson Coutinho que treinou o time nos Ăºltimos jogos do ano anterior, o time teve muitos altos e baixos. Fazendo um pĂ©ssimo turno, onde perdia jogos que nĂ£o podia, entrou no returno nĂ£o podendo cometer os mesmos erros, pois fatalmente poderia se complicar e brigar contra o rebaixamento. JĂ¡ no comando de VinĂ­cius EutrĂ³pio, o time deu uma leve subida de rendimento com as chegadas de Rafael Moura, que veio por emprĂ©stimo junto ao Galo, que havia contratado Clayton apĂ³s uma negociaĂ§Ă£o que levou horas e horas. Terminou o returno em segundo, mas nada animador.

Primeira Liga - Estreia de competiĂ§Ă£o e eliminaĂ§Ă£o

Primeira eliminaĂ§Ă£o da temporada, mas nem tĂ£o lamentada
Na competiĂ§Ă£o estreante no calendĂ¡rio do futebol brasileiro, o Figueirense esteve no mesmo grupo de AmĂ©rica-MG, AtlĂ©tico-MG e Flamengo. Terminou a competiĂ§Ă£o em segundo no grupo, atrĂ¡s apenas do Flamengo. A eliminaĂ§Ă£o nĂ£o foi dada como muita decepĂ§Ă£o, pois ainda era uma competiĂ§Ă£o em formaĂ§Ă£o e a torcida ainda nĂ£o Ă  via com tamanha importĂ¢ncia.

Copa do Brasil - Vexame

Um sonoro 5x0 e eliminaĂ§Ă£o vexatĂ³ria
Na Copa do Brasil, o Figueirense teve nas duas primeiras fases, fracos adversĂ¡rios (Lajeadense-RS e Sampaio CorrĂªa), onde nĂ£o precisou de tanta força para chegar Ă  terceira fase. Nesta fase, enfrentou a Ponte Preta. No primeiro jogo, no Scarpelli, um empate chato por 0x0. Na volta, uma das partidas mais ridĂ­culas da temporada. Um sonoro 5x0 para a Ponte, que claro, culminou com a eliminaĂ§Ă£o do Figueira.

Copa Sul-Americana - Esperança e decepĂ§Ă£o

Rafael Silva 'cortou' Figueirense da Sul-Americana
Como "premiaĂ§Ă£o" para a vergonhosa eliminaĂ§Ă£o na Copa do Brasil, o Figueirense ganhou uma vaga na Copa Sul-Americana. O adversĂ¡rio na competiĂ§Ă£o internacional foi o time do Flamengo. No primeiro jogo do duelo, no Scarpelli, uma partida insana. Jogando como nunca, o alvinegro aplicou um impressionante 4x2, com trĂªs gols do atacante Rafael Moura. Mas nem assim o Figueira conseguiu a glĂ³ria de uma classificaĂ§Ă£o inĂ©dita para a fase internacional da competiĂ§Ă£o. No jogo de volta, em Cariacica, o alvinegro atĂ© abriu o placar com Rafael Silva. PorĂ©m, o autor do gol viria a fazer a maior besteira de um jogador do clube no ano. ApĂ³s marcar seu gol, comemorou provocando os rubro-negros, e logo depois fez uma falta boba e foi expulso. Depois disso, fomos dominados e a eliminaĂ§Ă£o veio. Mais uma vergonha para o enorme cartel de 2016.

BrasileirĂ£o - O final do fim

Erros, erros e mais erros, e seguimos o caminho escuro para a Série B
Tendo conseguido a permanĂªncia no apagar das luzes no ano anterior, o presidente do Figueirense, Wilfredo Brillinger, veio dizendo que neste ano o Figueira iria brigar por coisas maiores e prometia veementemente que nĂ£o iria passar nem perto da zona de rebaixamento. E Ă© Ă³bvio que nĂ£o foi o que vimos. Vimos um time totalmente desorganizado em que a Ăºnica jogada era tentar achar Rafael Moura na frente, ou fazer com que o atacante buscasse a bola no meio-campo e fizesse quase tudo. Perdemos pontos dentro de casa para times que nĂ£o podĂ­amos perder pontos. AmĂ©rica-MG, Coritiba e Sport sĂ£o alguns exemplos. De fato, nada deu certo no BrasileirĂ£o, e quando nada dĂ¡ certo o resultado inevitavelmente nĂ£o Ă© outro a nĂ£o ser o rebaixamento.

Retrospecto do Figueirense em 2016
Alguns outros fatos podem explicar o mau ano do Figueirense. As repetidas trocas de treinadores (foram cinco tĂ©cnicos diferentes), as mĂ¡s contratações, o clima dentro do vestiĂ¡rio com brigas entre jogadores, etc. Mas nada nesse ano supera uma coisa: o famoso Termo de Compromisso. Uma retrospectiva sobre o ano do Figueirense nĂ£o poderia jamais faltar a maior vergonha da diretoria do clube no ano. Sem contar que ainda tivemos o pedido incabĂ­vel de anulaĂ§Ă£o de um jogo, que o nosso "querido" presidente teve a coragem de fazer.

O glorioso Termo de Compromisso. Depois de ser assinado, apenas uma vitĂ³ria conquistada
O time por inteiro decepcionou o torcedor, mas se pudessem apontar duas decepções, apontaria Lins e Michael Ortega. Lins por toda pompa, artilheiro no CriciĂºma, fazia gol de todo jeito no JapĂ£o. Veio pra cĂ¡, e nada. Mas nĂ£o o crucifico tanto, pois o Figueirense Ă© uma espĂ©cie de "sepultador" de atacante. NĂ£o temos um meia decente hĂ¡ anos. AĂ­ vem a outra decepĂ§Ă£o: Michael Ortega. Colombiano, veio do Junior Barranquilla com a esperança de que iria resolver o problema. O camisa 10 que o time precisava. Jogou apenas 290 minutos. Mais nada. Carlos Alberto que foi desligado do clube durante o BrasileirĂ£o, colocaria como decepĂ§Ă£o, mas ao mesmo tempo nĂ£o. A sĂ©rie de lesões dele foi muito grande enquanto esteve no alvinegro, mas quando entrava, resolvia. Era o melhor jogador do Figueira. E essas todas as decepções tĂªm culpados. Culpados com nome, sobrenome, RG, CPF, tudo. E todos sabem quem sĂ£o, exceto a organizada do Figueirense.

O ano de 2017 jĂ¡ estĂ¡ batendo na porta. A perspectiva Ă© nula. Teremos Primeira Liga, Catarinense, Copa do Brasil, e uma SĂ©rie B com a obrigaĂ§Ă£o de fazer uma excelente campanha. O futuro nĂ£o sabemos como serĂ¡, mas esperamos que seja feliz, pois basta de sofrimento pra essa torcida.

Patrick Silva - @figueiradepre

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