Na partida mais aguardada da 22ª rodada, o Tottenham
foi até Manchester neste sábado (21), para enfrentar o City, no Etihad Stadium.
Todos os holofotes giravam em torno de uma possível estreia de Gabriel Jesus,
mas independentemente dela ocorrer ou não, o fato é que, nós Spurs nem
estávamos pensando nisso. Precisávamos manter o bom retrospecto no segundo
turno jogando fora de casa, o que mais nos faltou na primeira metade do
campeonato, já que o aproveitamento dentro do White Hart Lane chegou próximo da
plenitude.
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O coreano evitou o pior e garantiu ponto em Manchester (Foto: Jason Cairnduff / Reuters) |
Vindo de seis vitórias consecutivas, os londrinos
tiveram uma única mudança no setor defensivo, devido à lesão de Vertonghen.
Entre tantas opções que tinha, Maurício Pochettino optou pela mais óbvia,
escalando Wimmer na linha de três defensores. A escolha não alterou a formação
e a equipe começou o jogo no já conhecido 3-4-3 – Lloris; Dier, Alderweireld e
Wimmer; Walker, Wanyama, Dembélé e Rose; Eriksen, Alli e Kane.
Se tratando de um adversário que também gosta de ter a
posse de bola, poderíamos esperar um jogo bastante disputado. E foi justamente
o que os primeiros minutos mostraram, ambas as equipes tentaram pressionar a
saída de bola, porém os mandantes foram quem tiveram mais presentes no último
terço de campo. A boa movimentação do City causaram as primeiras chances do
jogo e dois cartões amarelos para Dier e Wimmer.
A melhor defesa do campeonato até então teve uma
atuação atípica e a ausência de Vertonghen foi bastante sentida. Diferentemente
do coletivo, Alderweireld teve uma grande atuação individual (até se lesionar
no segundo tempo), provou mais uma vez que é fundamental e foi o responsável
por evitar o que certamente seria um gol de Zabaleta, que teve a finalização interceptada
já na pequena área. Minutos depois, o lateral voltou a levar perigo ao gol de
Lloris, numa finalização a queima-roupa que passou rente a trave.
Com o grande volume de jogo imposto pela equipe do
técnico catalão, o comandante argentino não titubeou, abriu mão dos três
zagueiros e a equipe passou a aturar com uma linha de quatro, sem a necessidade
de trocar peças – por ora, Dier passou a atuar no meio campo, até a saída de
Wimmer no intervalo. A partir disso, houve uma ligeira melhora no setor defensivo,
o que não bastou para tirar o ímpeto do adversário. O primeiro tempo, contudo,
terminou com placar zerado graças às boas intervenções de Lloris.
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Lloris foi de herói à vilão após o intervalo (Foto: Martin Rickett/PA) |
Por incrível que pareça, ambos os gols sofridos vieram
no início da etapa complementar, quando a peleja já parecia mais sob o controle.
Após o lançamento longo, Lloris não conseguiu cortar a bola, Sané contou com a
sorte e só teve o trabalho de empurrar para o gol vazio, abrindo o placar.
Ainda que o goleiro tivesse se precipitado, a falha do goleiro no primeiro gol
não se compara a segunda, ao soltar a bola nos pés de De Bruyne.
A derrota parecia certa e seria um tanto quanto
injusto o francês ser o principal responsável por isso. A sorte foi que o
restante da equipe parece não ter se abatido com os erros do capitão. Pelo
contrário, o Tottenham mostrou maturidade de quem almeja o título, buscou a
reação e finalmente conseguiu levar perigo ao gol de Bravo, que não havia
trabalhado nenhuma vez na primeira parte. Após cruzamento de Walker, Kolarov
resvalou de cabeça e a bola encontrou Alli, que nos colocou no jogo novamente.
A essa altura o coreano já estava em campo e a sua
entrada seria fundamental para conseguirmos o empate. Após passe de Eriksen,
Kane deu um toque de calcanhar e o Son voltou a ser algoz do City, assim como
no primeiro turno. O fato é que, não conseguimos repetir a boa atuação que
tivemos contra este adversário no primeiro turno, o adversário esteve mais
perto da vitória na maior parte do confronto e o futebol não é justo, mas
tivemos nossos méritos.
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Felizmente Gabriel Jesus estava impedido (Foto: Martin Rickett/PA) |
Os minutos finais foram melhores para os mandantes e
Sterling teve uma chance clara. Já havíamos nos contentado com o empate, quando
houve a confirmação da estreia de Gabriel Jesus, que deu uma nova cara aos
Citizens. A promessa brasileira até chegou a balançar as redes, mas por sorte o
bandeira estava atento, anulando o que seria um gol irregular. Apesar da
reação, o resultado não era o melhor para o time de Londres, já que sabíamos
que seriam bastante improváveis os rivais tropeçarem no dia seguinte.
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O empate custou ao Tottenham à vice-liderança e a
diferença do líder aumentou – agora nove pontos. Porém, não podemos esquecer
que poderia ser ainda pior, já que contamos com os tropeços de Liverpool,
United e do próprio City, que são concorrentes diretos as vagas na Champions. A
briga pelo título, contudo, é algo que não devemos abrir mão. Nas próximas
rodadas, os Spurs enfrentarão Sunderland e Boro, enquanto os Blues terão
Arsenal e Liverpool. É a chance de nos recuperarmos do deslize – se é que pode ser
considerado – e estes jogos serão cruciais para definir se poderemos ou não
sonhar com o título.
#COYS
Por: Marcelo Júnior
Twitter: @marcelinjrr / @SiteLF / @LFEuropa
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