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Há vida sem Wenger

Desde o dia primeiro de outubro de 1996, o Arsenal não sabe o que é ter um treinador diferente do saudoso Arsène Wenger. Desde então, nosso técnico nos proporcionou diversas glórias e inúmeros momentos de alegria, mas não é só de sucessos que viveu e vive até hoje Wenger no comando dos Gunners. A enorme montanha-russa que o Arsenal vive principalmente nos últimos 10 anos parece ter alcançado um ponto que jamais havia chegado, e infelizmente, pela parte de baixo. Arsène, depois de tantos e tantos anos, deixou de ser unanimidade dentro do próprio clube, e estamos mais perto do que nunca de ver um nome diferente no comando da equipe.

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"Desde o dia primeiro de outubro de 1996, o Arsenal não sabe o que é ter um treinador diferente do saudoso Arsène Wenger"
De acordo com sites de apostas, os principais candidatos a assumir o comando do time em uma eventual saída de Wenger seriam Massimiliano Allegri, Eddie Howe e Joachim Low, com probabilidades, em libras, de 7/2, 5/1 e 14/1, respectivamente. Alguns nomes que fogem do casual também estão na lista de cotados, mesmo com probabilidade menor ou quase nula, como os de Henry (25/1), Bergkamp (40/1) e até mesmo o de Felipão (100/1). Entretanto, levarei em conta aqui somente os dois mais prováveis: Allegri e Howe.

Massimiliano Allegri, 49, é o atual treinador da Juventus, aonde vem fazendo um bom trabalho. Ele chegou ao clube de Turim em 2014, após treinar o Milan e já acumula cinco títulos pela equipe, além de um vice-campeonato na Champions League. O italiano não é um treinador muito espalhafatoso e é consideravelmente corajoso, não teme muito os riscos e sabe variar bem seu 11 inicial, não se prendendo a uma única formação. Nesta temporada, por exemplo, usou alguns bons esquemas diferentes na Juve e conseguiu obter sucesso, sabendo utilizar muito bem uma linha defensiva tanto com quatro como com três homens. Talvez seja essa a formula necessária para o Arsenal reencontrar o sucesso: O improviso, a variação! E Allegri já provou ser muito competente nesse quesito, o que torna o italiano muito bem cotado para o cargo. Além disso, a quantidade de Gooners que se mostraram a favor de uma possível chegada sua não é pequena e já que ele não deve permanecer em sua equipe atual após o fim da temporada, é um nome que merece muita atenção.

Logo depois do italiano, a figura mais provável seria a do inglês Eddie Howe, de 39 anos, atual treinador do Bournemouth, clube onde trabalha desde 2012. Quando Howe chegou, o Bournmouth disputava a Football League One, a terceira divisão inglesa, mas logo na sua temporada de estreia, conseguiu o acesso para a Championship, a segunda divisão e lá permaneceu por duas temporadas apenas, pois após ficar em décimo na temporada 13-14, conquistou o título da Championship e levou os Cherries para a elite do futebol inglês pela primeira vez em toda historia do clube e lá permanece até hoje. Isso tudo serve para mostrar o quão promissor Howe é, pois fazer um time com as condições tão inferiores à maioria dos rivais bater de frente com alguns dos melhores times do continente não é uma tarefa nada fácil. Por essas e outras Howe merece ser visto com diferentes olhos, pois é um treinador muito jovem, um dos melhores nomes possíveis visando o futuro.

A cada jogo, o descontentamento da torcida com Wenger parece só aumentar, e as críticas, muitas das vezes injustas, estão cada vez mais frequentes. E mesmo que o francês já não seja mais unânime, grande parte dos Gooners ainda acreditam no seu potencial, o querem no comando e imaginam um cenário ainda pior sem Arsène. O que todos sabem é que algo precisa ser feito, seja com ou sem Wenger no comando, e que se caso o mesmo deixe o clube, que seja com total honra e respeito, pela porta da frente, do jeito que uma lenda merece.

Por: Matheus Moraes // Twitter: @mathmoraees 

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