Foi um massacre intenso. Um baita massacre, mas
empatamos em 0 a 0 com o Everton no Olímpico de Londres. O time jogou bem, com
destaques para o lateral esquerdo francês Masuaku, que foi um monstro
defensivamente e ofensivamente, o zagueiro barbudão Collins, que ganhou todas
as jogadas de Lukaku e companhia e o meia Lanzini, que foi responsável pela
maioria das boas jogadas. Não saímos com a vitória, mas poderíamos pelo tamanho
da intensidade pela parte dos Hammers.
O time foi com duas gratas surpresas: O goleiro Ádrian
San Miguel, que barrou Randolph e o atacante argentino ex-São Paulo Jonathan
Calleri, que entrou pelas lesões de Andy Carroll e Antonio. A escalação foi a
seguinte: Ádrian; José Fonte, Reid e Collins; Nordtveit, Kouyaté, Fernandes,
Masuaku; Lanzini; André Ayew e Calleri. Um 3-4-1-2, com Lanzini aproximando muito
dos atacantes, e Kouyaté e Nordtveit aproximando-se na criação com o argentino.
Na escalação pela TV, aparecia o norueguês na direita, e Fernandes no meio.
Porém, Bilic mexeu no decorrer no jogo, vendo a preocupação com o belga Kevin
Mirallas. O time precisa ter um poder de finalização maior, se não, jogos como
esse se repetirão mais vezes: Toca, toca, pressiona, pressiona, e não consegue
nada. Foram 14 CHUTES contra quatro do Everton no jogo todo. Sabe quantos foram
no alvo? Apenas três, enquanto que o Everton não teve nenhum. Ou seja, Slaven
tem que treinar a finalização dos nossos jogadores.
O jogo começou truncado, com o time do Everton tendo
mais a posse de bola. Aos 13 minutos, Fernandes cobrou um lateral pra Ádrian,
que chutou no peito do perigoso Lukaku, e a bola foi pro meio. Quase que a bola
sobra pro Mirallas, um baita susto. Aos 27 minutos, Nordtveit chutou de
direita, e a bola bateu no defensor do Everton. No rebote, o norueguês tentou
novamente com a perna canhota, uma defesa sem problemas pra Stekelenburg.
Logo em seguida, aos 29 minutos, Lanzini toca para
Kouyaté, que chutou forte e deu azar, já que a bola passou raspando a trave.
Dez minutos depois, o meia argentino lançou uma bola pra área, em que Fonte, Collins
e Ayew se atrapalharam, desperdiçando uma boa chance. Com 6 minutos de jogo na
segunda etapa, Fernandes recebeu um lançamento, livre. Ele levou a bola pra
perna esquerda e demorou pra chutar. Na volta, Lanzini chutou forte e a bola
mais uma vez foi desviada, nocauteando Jagielka. Com 13 minutos, o meio campo
tentara outra jogada com o ganês, mas dessa vez parando no outro zagueiro,
Ashley Williams. E esse, basicamente, foi o resumo do jogo: Todos os bons
ataques dos Hammers não passavam da defesa azul.
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(Foto: Divulgação/Everton) |
Depois, alguns lances perigosos, porém nada demais. Um
fim de jogo decepcionante, já que esse 0 a 0 poderia facilmente ter sido uma
vitória. Na próxima rodada, no dia 29, iremos enfrentar o Stoke City, no
Britannia Stadium. Segue abaixo a nota dos jogadores
Ádrian - 6,0: Tirando
a falha no início do jogo, foi um mero espectador na partida, onde barrou o
goleiro irlandês Randolph.
José Fonte - 6,0:
Seguro, não foi exigido quanto seus outros companheiros. Primeira partida sem
falhas do português desde a sua chegada.
Winston Reid - 6,0: Ganhou todas as bolas no alto, além de dar um suporte na
cobertura de José Fonte e do Collins. Boa atuação.
James Collins - 7,5: Belíssima atuação do vovô galês. Ganhou todas as jogadas no
alto, no chão, além de sair com qualidade na defesa. Lukaku passou o jogo todo
em branco pela sua excelente atuação.
Edimilson Fernandes - 5,5: Não fez uma boa partida, perdendo muitas jogadas e errando
muitos passes, além de errar dois gols que poderiam mudar o rumo do jogo.
Precisa mostrar serviço pra Slaven Bilic.
Cheikhou Kouyaté - 6,0: Buscava o jogo, onipresente em todas as partes do campo, porém,
falta-lhe qualidade no passe em alguns momentos e não ser afobado em lances
perigosos do clube adversário.
Havard Nordtveit - 6,0: Fez o simples e não comprometeu. Conseguiu dar uma consistência
maior ao meio de campo, coisa que não tinha com Fernandes, que foi jogar pela
direita.
Arthur Masuaku - 7,5: Bela partida do francês. Todas as jogadas passavam pelo seu pé,
além de deixar o Fernandes duas vezes na cara do gol. Foi bem ajudando o
Collins, que teve trabalho depois com a entrada do Lookman.
Manuel Lanzini - 7,0: A sua criatividade é excepcional. Buscava o jogo toda hora,
dando belos passes e abrindo espaços para a entrada dos volantes. Fez, pelo
menos, três jogadas boas com o Ayew, quase resultando em um lance de gol. Bela
partida do argentino
André Ayew - 6,5: Boas
jogadas criadas com Lanzini, e boa movimentação, revezando uma troca com o
Lanzini, onde o argentino fazia a função de ser próximo ao Calleri, e ele fazia
a armação. Boa partida, mas pode ser mais decisivo e ter mais visão de jogo.
Jonathan Calleri - 5,5: Lutou, e lutou, porém, a bola não chegava redonda para o
argentino. Tentava buscar o jogo, e assim, o ataque ficava só com o Ayew ou o
Lanzini. Uma mudança de ares do ex-jogador do Boca Juniors e do São Paulo não
está descartada.
Diafra Sakho - 5,5:
Substituiu Calleri e aconteceu a mesma coisa: A bola não chegava ao senegalês e
ele passou 30 minutos sem encostar-se à bola direito. É um bom jogador,
apostaria nele para o jogo contra o Stoke City.
Aaron Cresswell - Sem nota: Entrou no final.
Slaven Bilic - 7,0: Mandou
a melhor escalação que tem, e seu time criou muito, porém, não transformou isso
em gol, mostrando a deficiência no ataque. Porém, o sistema defensivo foi
impecável, diferente de outras partidas. Precisa treinar finalizações urgentes
com o elenco.
COYS!!!
Por Guilherme Pacheco / @PachGuilherme
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