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A perda do primeiro match point – Sem esmorecer

Após decisão das semifinais da UEFA Champions League que determinou a final do torneio, era hora de voltar às atenções para os torneios caseiros. Caseiros mas não menos importantes. Motivos não faltavam para que a Juve esquecesse Cardiff e pensasse no Campeonato Italiano e na final da Copa da Itália.

Ontem, 14, a Juventus tinha o primeiro match point, a primeira oportunidade de encerrar a disputa da Série A italiana, conquistar o primeiro hexa campeonato da história do torneio e voltar suas atenções para a final da Copa Itália. A partida não era das mais fáceis: Enfrentar a Roma, no Olímpico, que além de brigar com o Napoli pela vaga direta na próxima UCL, ainda nutre esperanças de um Scudetto que seria lembrado eternamente. Infelizmente, para nós, tal fechamento não aconteceu.

A Juventus entrou com um time bem modificado. Allegri, que já vem fazendo rodagem do elenco há algum tempo (uma ótima rodagem, diga-se), entrou com: Buffon, Lichsteiner, Bonucci, Benatia, Asamoah; Lemina, Sturaro, Pjanic, Cuadrado, Mandzukic; Higuain. Khedira, que havia saído do jogo contra o Monaco lesionado era desfalque. Marchisio não tinha condições para 90 minutos, estava no banco.

Após a lesão de Dani Alves no meio da temporada, Lichsteiner conseguiu fazer um bom papel na lateral direita. Destaque para as partidas contra o Porto, onde jogou muito bem. No início, lhe faltava ritmo de jogo, depois se saiu bem. Talvez o suíço tenha pago pelo mesmo problema. Ontem acabou fazendo uma partida bem abaixo da média, mostrando nossa total dependência do brasileiro na posição.

Entretanto, não é justo colocar a derrota apenas nas costas de Stephan. Todo o time parecia não estar bem. Benatia e Asamoah pelo lado esquerdo defensivo também não estiveram em seus melhores dias. Cuadrado é outro que não conseguiu atuar em bom nível. E até Buffon teve seu dia de humano. Realmente não era para ser.

Apesar de tudo, fazíamos um bom primeiro tempo. Abrimos o placar com Lemina, após boa trama do ataque bianconero. Higuain não foi egoísta e serviu Lemina na pequena área, que apenas teve o trabalho de empurrar para o gol giallorosso. Infelizmente, após duas grandes defesas de Buffon, De Rossi empatou a partida ainda na primeira etapa.

Já no segundo tempo, El Shaarawy fez o segundo gol do time da capital. O atacante da Roma bateu cruzado, fraco e podemos considerar que Buffon não foi da melhor forma que esperamos dele. Além da virada, Naingolan ainda decretou o placar final da partida. 3-1 para a Roma, deixando o campeonato ainda aberto. Não é o fim do mundo.

Apesar da derrota, a torcida não deixou de apoiar a equipe e os jogadores reconheceram isto. Foto: Juventus.com
Apesar de estarmos há tantas rodadas na frente do campeonato, nas finais da Copa da Itália e UCL, este talvez seja o momento mais oscilante da Juventus após a derrota da Supercopa. A Juve atua em um nível tão alto, o “sarrafo” bianconero é tão alto, que pequenas oscilações precisam ser compreendidas.

Com a derrota para a Roma, são três jogos sem vitória (Atalanta, Torino e Roma) e seis gols sofridos nessas partidas. Esses seis gols sofridos significam mais de 25% dos gols sofridos até então. Temos lições a aprender com essas derrotas. A temporada está longe de acabar para nós (ao contrário de outros que já trocaram três vezes de técnico e apenas figuram).

Da derrota precisamos tirar algo positivo: Caso conquistássemos o Scudetto no dia de ontem, a comemoração teria que ser moderada por conta da final da Copa da Itália que ocorrerá na próxima quarta-feira, dia 17, contra a Lazio no mesmo Estádio Olímpico. Sem dúvidas Allegri entrará com o que tem de melhor para vencer o outro time da capital e assegurar o tricampeonato da competição.

Tem-se um time que pode entender o momento e reverter essas situações a seu favor é a Juventus. Em toda a Europa, apenas a Juventus poderá conquistar o triplete (Real Madrid foi eliminado da Copa do Rei da Espanha pelo Celta), então qualquer equipe, por melhor que esteja neste momento, gostaria de ter as ambições que a Juventus ainda tem. Portanto não há motivos para alarde.

Após a final da Copa da Itália, a Juventus terá a oportunidade de ganhar o Scudetto em casa contra o Crotone. A ironia do futebol mora nos pequenos detalhes: O time calabrês não perde há sete jogos na luta para fugir do rebaixamento e, como já falado, a Juventus não vence há três, lutando para conquistar o título. Eu esbocei um sorriso ao escrever esse parágrafo.

Temos grandes chances nesta semana. A final é jogo único. Portanto, apesar do nosso favoritismo, a Lazio também tem grandes chances de título, pois vem de bom momento. Continuamos com grandes chances de encerrar a Série A no próximo fim de semana e, quem sabe, após esses dois títulos, focarmos naquilo que tira o sono de todos nós.

Andiamo, ragazzi! Tenham orgulho de torcer pela Juventus. Eu me sinto privilegiado em defender essas duas cores. E você?

Fino alla fine, FORZA JUVENTUS!

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