Camarões surpreendeu ao vencer a Copa Africana de Nações com uma seleção reformulada (Foto: AFP) |
A seleção camaronesa é uma das mais tradicionais de seu continente, todavia marcando presença na competição recentemente. Principalmente no início do século, quando estrearam no torneio. Algo que marcou a história da Copa das Confederações, foi a morte em campo do meio-campista Marc-Vivien Foé, caso que deixou todo planeta boquiaberto por alguns anos.
Desde 2014, a seleção vem passando por uma grande reformulação. Por conta dos seguidos resultados ruins nas competições internacionais,a comissão técnica resolveu mudar o jeito de pensar e de formular a mesma. Nomes como Eto'o, Nkoudou e Choupo-Moting não são mais comuns, dando espaço para novas revelações e jogadores, como Aboubakar e Andre Zambo.
Como chegou à Copa das Confederações
Camarões chega a Rússia com o selo de atual campeão da Copa Africana de Nações. No começo do ano, os camaroneses tiveram Burkina Faso, Gabão e Guiné-Bissau pela frente na fase de grupos e conseguiu passar em segundo lugar, após somar 5 pontos (uma vitória e dois empates). Nas fases eliminatórias, eliminou Senegal, nos pênaltis, e Gana até chegar, surpreendentemente, à final, quando venceu o Egito de Hector Cuper por 2 a 1 com um gol de Aboubakar aos 44 do segundo tempo, conquistando o seu primeiro título na competição. O grande destaque da campanha foi o jovem Christian Bassogog, de 21 anos, eleito o melhor jogador do torneio.
Últimas participações
A primeira aparição do país em Copa das Confederações ocorreu em 2001, onde fizeram papel desastroso, terminando na terceira colocação de um grupo composto por Brasil, Japão e Canadá. Em tese, os africanos seriam a força da chave depois do grande favorito, a seleção da América do Sul. Porém, o desempenho aquém do esperado, refletiu uma fase transitória da seleção que na época, estava em êxtases por feitos emblemáticos em seu continente.
Por viés, tardiamente ao vexame citado, a seleção conseguiu sua redenção: em 2003, com um estilo predefinido desde os primórdios do futebol africano, os camaroneses foram vice-campeões fazendo uma campanha excelente e ganhando notoriedade. Na fase de grupos, lideraram uma chave complicada: outra vez com o algoz Brasil, Estados Unidos e a sensação da época, a Turquia. Entretanto, na decisão do torneio, o time que eliminou gigantes mundiais, sucumbiu e viu a França levantar o caneco.
Convocação
Goleiros: Joseph Ondoa (Sevilla), Andre Onana (Ajax) e Georges Bokwe (Mjondalen-NOR).
Defensores: Ernest Mabouka (Zilina), Adolphe Teikeu (Sochaux), Michael Ngadeu-Ngadjui (Slavia Praha-RTC), Ambroise Oyongo (Montreal Impact), Jerome Arnold (Panionos-GRE), Collins Fai (Standard Liége), Lucien Owona (Alcorcón) e Jonathan Ngwem (Progresso Sambizanga-ANG).
Meio-campistas: Andre Zambo (Olympique de Marselha), Georges Mandjeck (Metz), Sebastien Siani (Oostende-BEL) e Arnaud Djoum (Heart of Midlothian-ESC).
Atacantes: Nicolas Ngamaleu (Altach-AUT), Benjamin Moukandjo (Lorient), Jacques Zoua (Kaiserslautern), Vincent Aboubakar (Besiktas), Olivier Boumal (Panathinaikos), Christian Bassogog (Henan Jianye), Robert Ndip Tambe (Spartak Trnava-ESQ) e Karl Toko Ekambi (Angers).
Time provável (4-3-3): Onana; Fai, Teikeu, Oyongo, Arnold; Siani, Mandjeck, Zambo; Aboubakar, Moukandjo, Toko Ekambi (Bassogog).
Técnico: Hugo Broos
Técnico: Hugo Broos
Principal jogador
Aboubakar: herói e esperança de gols da seleção. (Foto: Reuters) |
Vincent Aboubakar, atacante de 25 anos, chega à competição com um título do campeonato turco pelo Besiktas. Na temporada, foram 39 jogos com 19 gols e 4 assistências. Por muitas vezes, jogou aberto pelo lado direito e conseguiu desempenhar a função com qualidade, já que possui grande força física e técnica. Além disso, vem com o rótulo de ser o herói do titulo da Copa Africana de Nações, por ter marcado o gol do título, já nos minutos finais da partida contra o Egito.
Fique de olho
Onana foi um destaques da temporada do Ajax. (Foto: Reprodução/Goal) |
Um dos pupilos de Petr Bosz, André Onana foi presença marcante na última temporada pelo Ajax e se consolidou como goleiro titular da equipe holandesa, que foi vice-campeã da Europa League. Com 21 anos, o goleiro foi visto na base do Barcelona e foi comprado pelo time de Amsterdã em 2015. Com apenas uma temporada na equipe, jogando pelo Jong Ajax, o time da categoria de base, o goleiro conseguiu subir para o time principal e será um nome de confiança tanto na equipe quanto na seleção, em que, provavelmente, será o titular por muitos anos.
Jogos
DATA E HORA |
ADVERSÁRIO
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ESTÁDIO
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LOCAL
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18/06 - 15h
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Chile
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Otkrytie Stadium
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Moscou
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22/06 - 12h
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Austrália
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Kretovsky Stadium
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São Petersburgo
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25/06 - 12h
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Alemanha
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Fisht Olympic Stadium
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Sochi
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