“De todos os
amores que eu tive, és o mais antigo
O Vasco é minha vida, minha história, o meu primeiro amigo
Quem não te conhece me pergunta por que eu te segui
Eu levo a Cruz-de-Malta no meu peito desde que eu nasci
E eu não paro... Não paro, não!
A Cruz-De-Malta... Meu coração!
Vasco da Gama... Minha paixão!
Vasco da Gama... Religião”.
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Créditos: UOL Esportes |
As cenas de sábado me entristeceram como ser humano e
me envergonharam como torcedor de um clube que não tem sua história condizente
com o ocorrido de ontem. Acho que mais do que nunca, o Vasco precisa que nós,
torcedores, sejamos o seu melhor amigo. Depois do clássico de sábado, senti a
mesma sensação que tive em 2008. Achava que depois das três quedas, nada iria
me afetar tanto quanto o ocorrido no jogo contra o Flamengo. Nem a tensão
política, nem a derrota e muito menos o questionamento técnico deste elenco
poderiam justificar tais atitudes deploráveis por parte desses torcedores
vascaínos (ou será que ainda podemos chamá-los assim?).
Vergonha é o sentimento que tive depois de assistir o pós-jogo,
misturado com medo por ter alguns amigos dentro de São Januário. Para esses
pseudotorcedores, um pequeno aviso, destruir São Januário não irá mudar nada;
vocês somente irão agravar este clima insustentável que já temos nos entorno do
clube. Perder o nosso santuário é uma baixa muito forte, pois foi de lá que
tiramos 15 dos 16 pontos que temos hoje no Brasileirão. Para aqueles que não
entendem a importância de São Januário, não só como casa do Club de Regatas
Vasco da Gama e de seu torcedor, por favor, estude sobre o time que você ama.
Pode não ser uma das mais novas mega arenas que estão sendo construídas nos
últimos anos, mas é nossa casa; foi erguida do chão por aqueles que deixaram
ali seus esforços para que os Camisas Negras tivessem um lugar pra treinar e
mandar seus jogos.
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Créditos: Extra |
O famoso Território Hostil tornou-se hostil no sentido
mais literal possível da palavra, ameaçando a vida de muitos que ali estavam.
Depredar o lugar que chamamos de casa não ajuda em nada o Vasco, pois só gera
mais despesa com o reparo e, com uma futura resolução jurídica, pagar outros
estádios para o Vasco poder mandar seus jogos. A única solução que hoje o Vasco
tem para sair dos aparelhos que ainda usa para respirar é a mudança na gestão
do clube. Nada é certo, pois não se sabe se a oposição realmente conseguirá
mudar a realidade do Vasco; precisamos de uma gestão quase que empresarial,
pois necessitamos sair desse buraco de dívidas e a constante ameaça de
perdermos o nosso estádio para pagarmos dívidas.
Julio Brant é um nome que já é ventilado há muito
tempo, contudo, será mesmo que ele conseguirá o feito que o Bandeira de Melo
conseguiu no nosso rival do Clássico dos Milhões? O Flamengo hoje consegue
contratar jogadores como o dono da partida de sábado: Éverton Ribeiro. Ou será
que continuaremos a nos contentar com Escudeiros e Muriquis da vida? Será que
teremos um elenco que podemos confiar e ficar tranquilos, pois uma hora ele irá
engrenar? Podemos nos tranquilizar com as nossas jovens promessas ou o primeiro
milhão que aparecer as levará?
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Eurico (frente) e Julio Brant (ao fundo) - Créditos: GE |
Apesar do caos que foi instaurado em São Januário,
assistimos mais um jogo pífio entre Vasco e Flamengo. Poucas jogadas de efeito,
poucas finalizações, muitas faltas, muitos passes errados e esporádicos lances
de bom futebol. O Vasco foi aguerrido e o Flamengo mais técnico, porém os dois
foram desnecessariamente violentos. Os quatro grandes jogadores (Diego, Nenê,
Luis Fabiano e Guerrero) fizeram partidas de doer os olhos e restou a Éverton
Ribeiro decidir o jogo com uma assistência precisa. A análise do jogo é
basicamente isto, pois não houve nada além. Vimos uma arbitragem confusa,
indecisa e medrosa. O árbitro errou em não expulsar os dois centroavantes, por
não marcar o pênalti cometido por Éverton Ribeiro no primeiro tempo, e distribuir
mais amarelos em um jogo altamente faltoso. Espero sinceramente não mais ver
jogos como o de sábado, em todos os aspectos.
Um grande abraço e Saudações Vascaínas,
J.P. Alves || @8_joaopedro
Linha de Fundo || @SiteLF
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