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Muriel de Berlin, o Muro entre 2 Mundos

(Foto/ Reprodução: Lancenet.com.br)

Por 28 anos um muro foi o simbolo de divisão no Planeta Terra. O Muro de Berlim separava em lados opostos os socialistas e os capitalistas que lutavam pela hegemonia da política mundial.

Em um campeonato de pontos corridos nós temos dois resultados que determinam a posição de uma equipe na classificação: Derrotas e Vitórias. O empate é uma espécie de terceiro mundismo que influencia pouco na dinâmica global da tabela.

Ontem tricolores cearenses e cariocas foram testemunhas da geopolítica do Campeonato Brasileiro de 2019. Tal qual o Muro de Berlim, uma simples parede de tijolos que dividiu dois mundos, Muriel foi o divisor entre dois resultados. Se não fosse a atuação do arqueiro do Flu, o Fortaleza sairia com uma vitória elástica no Castelão. Graças a atuação do camisa 27, quem conquistou a hegemonia dos pontos da partida foi o time carioca.
Foram 18 finalizações da equipe cearense, 9 delas dentro da área do Flu e 8 destas pararam na performance exuberante de Muriel. Não houve plano tático ou jogadas ensaiadas, Muriel parou o Fortaleza. Nada passou por ele.

Em seus 10.315 dias de vida, a parede que dividiu dois mundos foi vazada por 5075 pessoas que escaparam do lado oriental. Nem seus 3,60 metros de altura e a sua extensão de 155 km foram capazes de ter o êxito que Muriel conquistou ontem. Os tijolos não foram capazes de repetir os reflexos de um ser humano tão frio quanto a guerra que dividiu o globo terrestre durante a existência do Muro de Berlin.

Quem viveu o insano período da Guerra Fria temia que o fim do mundo viria através das armas nucleares. Os torcedores do Fluminense temem que Muriel não consiga repetir a atuação de ontem. No caótico ano do Tricolor Carioca, a barreira entre a vitória e a derrota pode passar por apenas um simbolo, Muriel.

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