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É o Ai, Jesus

 

(Foto: Maílson Santana/ Fluminense FC)


47 do segundo tempo, falta para o Fluminense no seu campo de defesa. Enquanto o menino Calegari se preparava para ajeitar a bola para realizar a cobrança, creio que muitos tricolores já estavam conformados com o empate já que do outro lado encontrava-se a equipe mais rica do Brasil.

Porém, era Fla-Flu.

A cria de Xerém sabe o que esse jogo significa, ao invés de recuar a bola para o goleiro para que este desse um bicão para frente e alguns segundos fossem queimados do relógio, ele chutou para frente buscando uma jogada ofensiva que resultasse em um gol do Fluminense. O Garoto foi recompensado. 

Enquanto a bola viajava para o campo de ataque para encontrar a cabeça do fraquíssimo Felipe Cardoso, eu já estava xingando o lateral tricolor pela sua ousadia e gritava inutilmente para a minha tv "Fecha a marcação! Faz falta aí no meio!". Quando Felipe Horro...Cardoso desviou a bola e ela parou nos pés do lateral esquerdo do Flamengo eu baixei a cabeça e comecei a coça-la brutalmente esperando que esse movimento fizesse a minha aflição passar.

Quando levantei a cabeça e encarei novamente a televisão, vi Yago Felipe correndo na direção de uma bola que se oferecia inacreditavelmente para ele, o volante tricolor deu um toque nojento para tirar o goleiro adversário da jogada e marcar um gol que me fez soltar um palavrão acompanhado pelo clássico "É o ai, Jesus!". 

Os 4 minutos seguintes foram marcados por mais xingamentos e gritos vazios que não encontravam nenhum interlocutor, quando o juiz apitou o final da partida, inacreditavelmente, eu lembrava do menino Calegari. Sua ousadia de jogar para frente, sua vontade de ganhar um Fla-Flu me cativou. O jovem lateral tricolor mostrou para esse experiente torcedor do Flu que este clássico é impressionante, ele só  "Acaba quando termina" e o Fluminense merece sempre mais.

Obrigado, Calegari

Obrigado, Fluminense

É o Ai, Jesus!

ST

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