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A teoria da evolução gremista

             É notória a evolução do Grêmio nos últimos jogos. Quem acompanhou o time desde as primeiras partidas se surpreendeu com a gigantesca mudança. O time foi de 9º a 1º colocado em pouco tempo. Os discursos pessimistas dos torcedores já assumiram um tom diferente, muito mais esperançoso. Essa teoria evolutiva – muito mais simples que a de Darwin, mas de igual importância para os gremistas – possui 5 principais fatores, apontados por torcedores, que serão elencados a seguir.


Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA
1 - Reforços: Em janeiro, muitos jogadores importantes saíram e poucos chegaram. Agora, com a vinda de reforços pontuais, o time melhorou muito. Marcelo Oliveira, nosso coringa, chegou no clube mesmo antes da pré-temporada, mas foi nos últimos jogos que ele mais cresceu. O jogador logo conquistou Felipão e é peça certa no time. Como zagueiro quebra um galho, como lateral é bom, mas é de volante que ele melhor se sai em campo. Braian Rodriguez, matador, era a referência que faltava no Grêmio. Após a saída de Barcos e sucessivamente Marcelo Moreno, o time carecia de um bom centroavante. Maicon vem dando consistência ao meio campo. Mesmo com o elenco recheado de volantes, o meia rapidamente garantiu a sua vaga no time titular. Cebolla, que lotou o aeroporto em sua chegada, faz apenas um jogo com o manto. Sua qualidade técnica é inegável. A princípio, ele permanece apenas 3 meses no clube, até lá, sua habilidade será importantíssima.

Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA
2 - Volta de Giuliano: lesionado, o meia Giuliano não pôde entrar em campo nos primeiros jogos da temporada. Após seu retorno, o crescimento do time foi gigantesco. Além de somar ao grupo, também chamou a responsabilidade e desequilibrou individualmente. Exemplo disso, foi o gol que deu a vitória sobre o Ypiranga, o passe preciso para Braian no gol que deu a vitória diante do Cruzeirinho e os dois gols contra o Lajeadense.


Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA
3 - Felipão: O grande ídolo. É inegável tudo que ele fez e vem fazendo. Mesmo não concordando com algumas atitudes do comandante, a torcida o respeita muito. Sem dúvidas, precisava ser ele a participar do processo de reformulação. Fosse qualquer outro, a torcida teria pedido a cabeça do técnico assim que os primeiros resultados ruins começassem a aparecer. Mas Felipão seguiu firme e forte. Tirou leite de pedra em alguns jogos. Talvez nenhum outro profissional teria feito tanto pelo clube. Não é segredo pra ninguém que, mesmo após a campanha vexatória no comando da seleção na última Copa do Mundo, ele teria mercado em qualquer canto do mundo, mas permaneceu aqui e assumiu o desafio.

Foto: Agência RBS
4 - Jovens: criticados de imediato, finalmente eles vêm contribuindo da forma adequada. Os jovens estão entrando nos jogos de forma natural e com tranquilidade, sem precisar assumir responsabilidade – que não é deles – como nos primeiros jogos. A pressão e até mesmo obrigatoriedade de desempenharem uma função onde não se sentiam confortáveis prejudicava os próprios, que ainda estão em processo de amadurecimento, e todo o coletivo.

Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA
5 - Tempo: por último, mas não menos importante, o nosso amigo tempo. Com o tempo, o time, totalmente remodelado, conseguiu se entrosar. Com o tempo – e as principais dívidas quitadas – os dirigentes puderam ir às compras. Com o tempo, a direção, técnico e jogadores passaram a ter um entendimento que contribuiu com a mudança de postura em campo. Enfim, o tempo foi um fator essencial. E quando os últimos otimistas já estavam perdendo a paciência, ele mostrou que realmente cura todas (ou quase todas) as feridas.

Janaína Wille | @janainawille

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