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Desabafo de um alvinegro

Boa tarde, irmãos e irmãs de camisa gloriosa alvinegra. Ontem, quando voltava para casa, ávido por notícias e comentários no rádio do jogo épico, eu ouvi muitas coisas – boas e ruins. No trânsito engarrafado após o final da partida, Dé - o Aranha - dizia, “mesmo se o Fernandes não tocasse na bola, ela entraria”. Errou meu caro, Dé. Não seria gol. Rafael Marques, o jornalista, dizia, “o melhor em campo foi o Renan”. Concordo, mesmo após aquele pênalti desnecessário que deixou a todos nós revoltados e se perguntando: o cara treina com o maior do mundo e não aprende? A frustração do pênalti bobo foi clara em todos nós. Pensei: vem algo diferente por aí. Estava escrito, só não sabia em qual idioma, mas havia algo diferente no ar. Nós botafoguenses entendemos disso. 

 

Não quero falar sobre o jogo, pois cada um de nós sofreu e vibrou a sua maneira, mas ainda falando sobre minha caçada de notícias após o jogo, ouvi um repórter perguntar ao Renê, qual seria o nome do filme para o jogo de ontem. Ele disse do alto de sua experiência de um homem de 63 anos, “Os famintos, pois o Botafogo tem pressa, tem fome, tem sede”. Meu caro Renê, digo que poderia ser chamar “Agonia e êxtase”, “Fúria indomável”, “À espera de um milagre”, “Platoon”, “O portal da glória”, enfim qualquer um grande filme que mostre quão grande é nosso Botafogo de Futebol e Regatas. 

Muitas vezes eu li de botafoguenses e não botafoguenses, absurdos de nosso Glorioso. Edmundo nos chamou de tricolores. Márcio Guedes nos execrou. Gilmar Ferreira com seu sic colocou sob suspeita o jogo de ontem e nossa condição de dono do Nilton Santos. Renato Maurício Prado inventou notícias. Todos tinham um só objetivo: nos destruírem e desmotivarem a nossa torcida.

Que eles falem mal do BFR eu entendo, afinal de contas sofreram muito no passado com goleadas em seus times e por isso tentam se vingar das humilhações sofridas. Não aceito é botafoguense falar mal do Glorioso. Isso é blasfêmia. Mas, na democracia, como sempre digo aos meus alunos, é permitida toda e qualquer manifestação de opiniões, desde que não seja ofensiva aos outros.

Também digo aos meus alunos que a única maneira de melhorar de vida é estudando, se aperfeiçoando, batalhando, buscando. E esse time do Glorioso é isso, estuda, aperfeiçoa-se, batalha, busca, enfim faz o diferente num mundo de iguais. Mas, nossa história é assim. Queiram eles ou não, ela é marcada por isso, por superação, por lutas e adversidades. 

Sempre digo que somos a fênix, que renasce das cinzas. Renascemos de nossas meias cinzas, que calçaram os maiores da história. Quando cheguei em minha casa, já passava das 22:30 e fui pra TV e me deparei com comentários (sic) – usarei o sic do Gilmar Ferreira sem, entretanto, ser ofensivo ou debochado - de um garoto jornalista da ESPN Brasil que sabe muito sobre “Futebol no Mundo”, mas não sabe nada de nós, alvinegros. Com desdém falava que o feito de ontem era nada, e que 200 mil reais da renda não poderia servir como justificativa para o jogo ter sido no Nilton Santos. Infelizmente, Rafael – esse é o seu nome –, na atual conjuntura nossa, qualquer quantia faz a diferença e, talvez por você estar acostumado a ler notícias sobre as quantias astronômicas do futebol europeu, ache que no Brasil o quadro pode ser igual. Quem sabe, um dia, quem sabe, mas hoje não!


Por isso, parabenizo nosso presidente, CEP, sobre todas as atitudes que tem tomado. Da mesma forma, ao Renê que erra e acerta (acerta mais do que erra) e aprende e aceita opiniões – só os tolos se acham capazes de andar sozinho. Ao Lopes, delegado velho, “sujeito homem”, da velha guarda. Ao time. À torcida, que ontem contou com um reforço de quatro mil, pois nos outros jogos somos os seis mil de sempre, e ontem éramos bem mais. Espero que esses quatro mil se unam a nós e tragam os outros milhares.


Enfim, hoje é domingo! Ainda embebedado da alegria, tracei um plano para hoje: fui ao SUPERMERCADO UNIDOS e comprei carnes para fazer um churrasco e no lugar da cerveja, comprei duas caixas de GUARAPLUS, sabores guaraná e laranja com acerola, e bebi e comi com meus filhos e esposa. Quem não tiver outra coisa pra fazer, siga minha ideia. Ajude quem nos ajude. E, outra coisa, paguei o meu sócio torcedor hoje, que vencia dia 23, mas que disponibilizou a fatura só sexta. 


Estamos juntos sempre! Saudações alvinegras! Até o título! Um abraço, Jeferson Rodrigues. 

Publicado por: @gabrielantony_ || Gabriel Antony

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