O
Chelsea foi ao Emirates querendo colocar o nono dedo na taça. Já o Arsenal
tentava diminuir a vantagem de 10 pontos e Arsene Wenger tinha a missão pessoal
de vencer José Mourinho pela primeira vez. Mas neste domingo (26) o placar não
saiu do zero a zero e os Blues precisam de 6 pontos para se sagrar campeões.
Os
azuis não puderam contar mais uma vez com Diego Costa, que era cotado para
voltar já nessa partida, mas nem no banco ficou. Mourinho resolveu jogar sem
centroavante e testar uma nova proposta de jogo: um 4-3-3, com Oscar fazendo a
função de homem mais adiantado do time com mais frequência. E o técnico deu
aula tática, complicando muito a vida dos rivais.
O
Chelsea começou o jogo errando muitos passes e o Arsenal era melhor, mas aos 15
minutos os Blues tiveram a primeira chance. Cesc Fàbregas lançou e Oscar
aproveitou a saída de Ospina para mandar a bola por cobertura, Bellerin salvou
os Gunners e tirou quase em cima da linha. Logo que chutou, o goleiro
adversário trombou forte no brasileiro e o juiz poderia facilmente ter marcado
o pênalti, mas Michael Oliver deixou passar.
Aos
34 minutos, Sanchez chutou e Cahill deu um carrinho para impedir o gol, mas o
inglês caiu com o braço levantado e a bola acabou batendo em sua mão. O árbitro
novamente não deu nada e o jogo seguiu. Pouco depois, aos 37, Willian fez linda
jogada e deu para Ramires finalizar, mas o brasileiro parou em Ospina e perdeu
uma das melhores chances criadas no jogo.
O
primeiro tempo foi equilibrado, disputado e o placar sem gols ficou justo.
Apesar de mais perigoso, os azuis de Londres se fecharam nos minutos finais e
os vermelhos foram superiores. Os torcedores pediram por mudanças assim que os
jogadores começaram a se encaminhar de volta para o vestiário.
2º
tempo:
Mourinho
resolveu colocar um homem dentro da área do Arsenal e Didier Dorgba entrou. O
marfinense é o maior artilheiro da história do derby e uma pedra no sapato dos
rivais, já que tem 15 gols em 15 jogos – 13 com a camisa azul e dois com a do
Galatasaray. Ele entrou no lugar de Oscar, que, graças ao encontrão com Ospina,
foi para o hospital com suspeita de concussão, confirmada posteriormente.
Os
visitantes seguravam mais a bola e chegaram a ter 66% da posse, mas o segundo
tempo começou sem nada muito significativo. A primeira chance clara veio aos 68
minutos quando Willian atingiu Koscielny ao levantar demais o pé e o Arsenal
ganhou uma falta. Bola na área, Courtois saiu errado e Mertesacker pegou o
rebote, mas chutou pra fora.
Aos
72 minutos, Fàbregas deu ótimo passe para Drogba, que tentou limpar a jogada e
a bola bateu na mão de Koscielny, mesmo assim o atacante chutou, mas foi
travado. Os jogadores do Chelsea reclamaram de pênalti, mas, mais uma vez,
Oliver não marcou.
No
final do jogo, o Chelsea recuou e o Arsenal cresceu, levando mais perigo.
Wenger queria ganhar de qualquer jeito e colocou dois jogadores ofensivos
(Welbeck e Walcott), quanto Mourinho trouxe Zouma e Cuadrado do banco para
segurar o empate nos minutos finais.
Quando
Michael Oliver apontou o centro de campo, os jogadores dos Blues comemoraram.
John Terry, que fez uma partida espetacular, era de longe o mais animado.
O Chelsea está definitivamente classificado para a próxima UEFA Champions
League e mantem os 10 pontos de vantagem. Agora mais duas vitórias dão o tão
sonhado quinto título.
O
próximo compromisso é quarta-feira contra o Leicester, em jogo atrasado da 27ª
rodada. Domingo, contra o Crystal Palace, em casa, o orgulho de Londres já pode
levantar o troféu.
Estatísticas:
Chutes: 12 - 7
Passes
certos: 87% - 76%
Posse
de bola: 56% - 44%
Ficha
técnica:
Chelsea: Courtois; Ivanovic,
Cahill, Terry (c), Azpilicueta; Matic, Fabregas (Zouma), Willian (Cuadrado);
Ramires, Oscar (Drogba), Hazard.
Cartões
Amarelos: Fabregas
23’, Willian 68’, Ivanovic 72’.
Arsenal: Ospina; Bellerin, Koscielny, Mertesacker, Monreal;
Coquelin (Welbeck), Ramsey, Cazorla; Ozil, Giroud (Walcott), Sanchez.
Cartões
Amarelos: Coquelin
34’, Ramsey 86’, Cazorla 90+2’, Monreal 90+4’.
Árbitro: Michael Oliver.
Público: 60.066.
Luiza
Sá (@luizasaribeiro).
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