Ninguém podia imaginar que o
Derby de Manchester tomaria o rumo que tomou. United e City se enfrentaram na
tarde deste domingo e, mesmo com os últimos resultados e desempenhos duvidosos,
o lado azul da cidade estava confiante. A parte vermelha não estava tão atrás.
Os Reds foram contestados durante todo o campeonato e as performances em campo
não tem sido tão convincentes, mas o time vinha embalado com seis vitórias
consecutivas.
As ausências não eram
muitas. Do lado do United, Van Persie e Shaw estavam fora por lesão e Johnny
Evans cumpriu o quinto jogo de suspensão. No City apenas Jovetic e Bony não
puderam estar em campo.
Várias coisas tornaram esse
derby mais interessante. Manuel Pellegrini corre o risco de ser demitido a
qualquer momento, já que os últimos resultados e a queda na tabela – de 2º para
4º – começam a irritar. De Gea, que vem em ótima fase, nunca passou um clássico
sem levar gols e Aguero, que não marcava há cinco partidas, tem ótimo
retrospecto no confronto – 6 gols em 7 partidas.
1º tempo
O Manchester City começou
arrasador. Mesmo com todo time do United atrás, os azuis conseguiram ser bem
superiores e assustaram logo no início. Aos 7 minutos, mesmo com nove jogadores
na defensa adversária, Aguero ficou sozinho na área e abriu o placar. Por incrível
que pareça, foi isso que fez os Reds acordarem.
Aos 12 minutos De Gea deu um
chutão que foi parar nos pés de Fellaini no campo adversário. O belga tocou
para Herrera que achou Young. O inglês tentou a primeira e, mesmo depois se
enrolar, encontrou a bola rolando na sua frente. Esse foi apenas o pontapé
inicial da melhora crescente do United na partida.
No início da temporada,
ninguém diria que Fellaini seria tão importante. O jogador quase foi vendido,
mas Van Gaal disse que ele seria essencial para o esquema tático do time. Hoje
titular absoluto, conseguiu marcar o gol da virada, seu quinto na Liga, depois
de um cruzamento sensacional de Young.
O primeiro tempo não marcou
um jogo maravilhoso, mas deixou evidente que aquele seria um derby
interessante.
2º tempo
O Manchester United voltou
mostrando que não estava ali para brincadeira. A torcida, que ainda não
esqueceu o 6-1 em Old Trafford, tinha sede de vingança. Embalados, os vermelhos
tiveram muitas chances de ampliar a vantagem. Uma delas surgiu dos pés de
Rooney, que encontrou Mata sozinho – e muito impedido – e o deixou cara a cara
com Joe Hart. O bandeira não viu a posição irregular e assim a vitória ficou mais encaminhada. Para deixar tudo ainda mais interessante, Smalling conseguiu
deixar sua marca depois de uma cobrança de falta, onde ele cabeceou sozinho para o gol.
Nos últimos minutos uma cena
chamou a atenção. Carrick era o destaque da partida com 100% dos duelos
vencidos, 92% de passes certos e quatro interceptações, mas deixou o campo
mancando. Como o treinador já havia feito as três substituições, ele apenas
abandonou o gramado e comunicou que não conseguiria seguir jogando. Poucos
minutos depois, Aguero conseguiu marcar seu segundo gol da partida, mas era tarde demais.
O 4-2 em cima de seu maior
rival dá um “gás” a mais para o Manchester United. Na terceira posição e apenas um ponto atrás do Arsenal, os comandados de Van Gaal terão um confronto dificílimo
na próxima rodada: o Chelsea em Stamford Bridge.
FICHA TÉCNICA:
Manchester United: De Gea, Valencia, Smalling, Jones (Rojo), Blind, Carrick, Fellaini
(Falcao), Herrera, Mata, Young (Di Maria) e Rooney.
Manchester City: Hart, Zabaleta, Kompany (Mangala), Demichelis, Clichy, Fernandinho, Yayá
Toure, Navas (Lampard), Milner (Nasri), Silva e Aguero.
Cartões amarelos: Kompany, Silva e Milner.
Estatísticas:
Mariana Sá (@imastargirl)
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