Hoje venho escrever esta coluna de maneira
diferente, nĂ£o falarei sobre o jogo, tampouco sobre erros de arbitragem mas
falarei de uma coisa que todos conhecem, ou deveriam conhecer, o amor. No dicionĂ¡rio:
“AfeiĂ§Ă£o
profunda a outrem, a ponto de estabelecer um vĂnculo afetivo intenso, capaz de
doações prĂ³prias, atĂ© o sacrifĂcio”
O
torcedor pontepretano conhece bem a palavra amor, nĂ£o sĂ³ conhece como
vivencia a mesma no dia-a-dia, nĂ£o suporta ouvir que seu time Ă© pequeno, que
nĂ£o possui torcida, estĂ¡ sempre pronto para contra-argumentar e defender sua
paixĂ£o centenĂ¡ria.
Ao
longo de sua estĂ³ria a Ponte Preta sempre sofreu dentro e fora de campo, nada
nunca veio fĂ¡cil. O estĂ¡dio por exemplo, foi construĂdo pelos prĂ³prios torcedores,
os tĂtulos, que tĂtulos? O torcedor da veterana de campinas nĂ£o precisa disso
para amar seu clube! É comum os alvinegros serem taxados de virgens por parte
dos rivais, mas isso parece nĂ£o incomodar mais, o amor, cuja definiĂ§Ă£o cita
vinculo intenso, descreve perfeitamente o sentimento do povo do Moisés
Lucarelli.
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Torcida presente na Arena Corinthians pelas quartas de finais do PaulistĂ£o 2015 (foto: Fernando H. Ahuvia) |
O fato da macaca campineira nunca ter
levantado um caneco faz esse sentimento crescer e romper barreiras, ao longo da
estĂ³ria podemos citar inĂºmeras provas de amor, quem nĂ£o se lembra daquele
Pacaembu lotado em 1977 para Ponte Preta 2x1 Corinthians, jogo tido até hoje
como publico recorde no Morumbi com mais de 120 mil torcedores, ou entĂ£o a
vitĂ³ria histĂ³rica na Argentina ante o Velez, atĂ© mesmo em Ă©poca de vacas magras
a goleada contra o Mirassol trazendo o acesso para série A1 do campeonato
paulista em 1992.
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Time da Ponte Preta 1977 |
Momentos distintos que tem uma coisa em
comum, o amor do pontepretano, que nunca cessarĂ¡, nunca diminuirĂ¡, campeĂ£o ou
nĂ£o? Pouco importa, nĂ³s, o povo majestoso, amamos somente e incondicionalmente a
Ponte Preta, nada nem ninguĂ©m mudarĂ¡ isso. A torcida fiel, sempre presente,
vibrante e pulsante que nĂ£o mede sacrifĂcios para ver seus representantes
entrarem em campo, comemora como poucas, representa sua naĂ§Ă£o com desdenha e
raça. Na Ponte Preta Ă© diferente, nĂ£o somos um time que tem torcida, somos a
torcida que tem um time!
Gostaria de salientar que realmente nĂ£o Ă© fĂ¡cil
ir aos estĂ¡dio ano apĂ³s ano, dĂ©cada apĂ³s dĂ©cada e nunca gritar Ă© campeĂ£o, mas
fica cada vez mais fĂ¡cil gritar : “ PONTE EU TE AMO”!
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Mosaico da torcida pontepretana na final da copa Sulamericana 2013 no PacaembĂº |
Lucas Castanheira / @lucas_aapp
1 ComentĂ¡rios
Parafraseando o Gabriel Uchida em seu grande trabalho frente ao Fototorcida, a Ponte Preta Ă© maior que o prĂ³prio interior!
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