Procura-se rival em Belo Horizonte

Procura-se rival em Belo Horizonte. Candidatos podem passar na Avenida Olegário Maciel e deixarem currículos para apreciação. Certeza que pouquíssimos ousarão tomar essa atitude, visto o que o Clube Atlético Mineiro vem fazendo desde 2012. Um time que se recusa a dar por vencido e que desconhece o conceito de impossível. Ele simplesmente acredita e faz tornar realidade o que todos os outros já teriam dado por encerrado. 

Fonte: Bruno Cantini

Pra quem mora na capital mineira, o dia de ontem foi de susto. Logo pela manhã, tremores faziam abalar os bairros do Barro Preto e Pampulha. Já em entrevistas com moradores do bairro de Lourdes e em Vespasiano, disseram que nada haviam notado de diferente. Mas por volta de 16:00 até 18:00 o terremoto foi geral! Tremeu muito! Outros medidores além da escala Richter serão necessários, pois este não é capaz mais de medir o terremoto que há em dias de jogos do Galo contra aquele que veste azul. Impressiona o tamanho temor que há pelos lados de lá quando vão enfrentar o Atlético. Desde o início da semana passada, o clássico já vinha se definindo. Sempre a favor do alvinegro, com a marcação justa do jogo para domingo, enquanto o ex-rival tentava em vão mudar a data para sábado. O que se ouviu foi muita choradeira com cenas patéticas de chiliques e esperneações por parte dos dirigentes amadores do Crüzeiro. Viraram chacota nacional! Ao ponto do gerente de futebol pedir determinado árbitro local, por saber que sempre que aquele sujeito de caráter questionável apita, o time de lá tem uma ajuda extra. A mesma que os favoreceram no primeiro jogo da semifinal. Uma outra derrota parcial deu-se já no dia do jogo, no programa global Esporte Espetacular. Ao fazerem uma matéria sobre os clássicos mineiros, logo na hora de passar cenas históricas azuis, o fundo musical foi Maria Maria de Milton Nascimento. A carapuça pareceu ter sido feita sobre medida, pois até pedido formal de desculpas da Globo teve que ser feito. 

Ah, o time ás vezes joga bola também. Assim como jogaram o craque Guilherme ontem e o matador implacável Lucas Pratto. Em seu primeiro clássico, o argentino foi ás redes por duas vezes e foi quem mais finalizou no jogo. Tem sempre a ânsia pelo gol, característica imprescindível em um centro avante. Meu Deus, o que falar de Guilherme? Como pode ainda ser reserva? A única explicação plausível é a de que ainda está sendo dosado para que não tenha recidivas de lesões. Os deuses do futebol deveriam considerar pecado privar o esporte, do talento do camisa 17. Entrou no segundo tempo do jogo de ontem (19) e acabou com a equipe vaidosa. Deu duas assistências e flutuou o meio de campo soberanamente. 

Já são dois anos e onze jogos que um certo time azul da capital mineira não sabe o que é vencer o até então arquirrival. Possui cartão fidelidade master dourado por ser o cliente mais contumaz daquele que reina absoluto nas alterosas. 

O Galo entra em campo novamente na próxima quarta (22) para enfrentar o Colo Colo pelo último jogo da fase de classificação da Libertadores. Precisa do placar de 2 a 0. Ou qualquer outra vitória com diferença de 2 gols. Impressão de já ter visto este filme. E parece ser daqueles clássicos de Sessão da Tarde, pois já assisti várias vezes, já sei todo o desenrolar e o fim da história. Galo classificado!

No mais, boa semana "Pratto dos".

Por @RobertoDabes