A noite de quarta
feira (13) estava reservada para a grande missão do Corinthians pela
Libertadores. Depois de perder o primeiro jogo por 2 a 0 contra o Guaraní no Paraguai, o Timão tinha que vencer por dois gols de diferença para avançar na
competição, coisa que não ocorreu.
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| Foto: Marcos Ribolli |
O fato é que a
pressão da Fiel em cima do Corinthians só cresce, já que o clube não vem
jogando nada desde o segundo tempo contra o Santos, ainda na primeira fase do
Paulistão. De lá pra cá foram sete jogos, duas derrotas e três empates sendo um
deles a eliminação do Paulista diante do maior rival e duas vitórias que não
convenceram com o futebol apresentado. Vale lembrar que o número maior de gols
sofridos pelo alvinegro começou contra o Capivariano, pois até então o time
praticamente não havia tomado gols em todas as competições que disputava. A
partir do jogo na Arena Capivari, a defesa começou a vacilar e o Corinthians a
tomar vários gols, sendo eles a maior preocupação de bola aérea.
Sabe aquela sensação de que você é o líder absoluto, domina
tudo, o maior de todos e isso começa a te cegar não sendo mais humilde nem
respeitando ao próximo? Esse é o famoso Corinthians de 2015, pois começou o ano
sendo o melhor Paulista, mas isso não foi suficiente para levantar o caneco e
caíram diante do rival, com isso veio jogador que tem um respeito muito grande
com os torcedores e menosprezou um campeonato que tem um valor gigantesco para
o Corintiano. O Guaraní era um adversário teoricamente mais fraco que o
alvinegro, mas isso não faz com que você desvalorize um time. O Corinthians
entrou com salto alto, pois foi na onda de todos e achou que a parada já estava
ganha. Só esqueceram de avisar ao Timão de que haviam 180 minutos de bola rolando
para estar classificados para as quartas de finais, com o salto alto o
Corinthians perdeu as duas partidas.
Para o jogo na Arena Corinthians com estádio
lotado e apoio do seu torcedor, o Timão até tentou pressionar o time paraguaio,
mas pecava no chute final. No primeiro tempo o Guaraní não conseguiu chutar a
gol, só dava Corinthians, mas um Corinthians que não tinha precisão e pontaria.
A sensação era de que os jogadores não importavam com o resultado final.
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| Foto: Marcos Ribolli |
A postura da etapa final foi horrorosa, Tite
sacou Malcom e Felipe e colocou Mendoza e Danilo. Com isso Ralf seria recuado
para ajudar na defesa enquanto o time estaria totalmente ofensivo, o que não
deu certo, pois Fabio Santos em infantilidade levantou o pé alto demais e foi
expulso. Como se não bastasse uma expulsão, Jadson, que não fez absolutamente nada e
errava sempre que a bola chegava nele, deu um tapa no adversário e recebeu o
segundo cartão amarelo e também foi expulso. Com dois jogadores a menos, a
partida poderia ficar pior e ficou aos 46’|2T quando Fernando Fernández marcou
gol para o time paraguaio.
O placar deu ao Corinthians a eliminação da
Libertadores e é melhor que seja agora, pois depois poderia ser pior. A arrogância
que esse time tem construído ultimamente é algo grotesco e não se deve admitir.
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| Foto: Marcos Ribolli |
Um marketing apelativo e ridículo tem tomado
conta do Timão, o fato da gestão propor “renovação e transparência” não existe,
pois é tudo o que o torcedor não recebe da diretoria.
Triste para aquele torcedor de raiz que não gostou
da declaração que o Guerrero deu e sabia que não havia nada ganho. Àquele
torcedor que achou correto valorizar um campeonato ao invés de todos os que disputassem, não tenho o que mencionar e apenas tenho um sentimento de dó,
pois jamais seremos o time do povo com essa arrogância.
Etilizar o futebol é fácil, ter CT moderno e
estádio de Copa do Mundo é comum hoje em dia, só esqueceram no tempo a raiz
alvinegra e a raça que esse time sempre deu em campo.
Não estou nem entrando no assunto Pacaembu x
Arena Corinthians, pois no Paca havia alma, magia, torcida que sabia a hora de
cobrar e a hora de aplaudir. Na Arena aplaudem o que não merece; todo jogo tem
várias brigas entre os próprios torcedores, mas vale lembrar que é o estádio
que deu ao Timão a maior sequência de vitórias de um time mandante dentro de um
estádio.
A torcida se acomodou, pois antigamente a
postura seria outra, haveria cobrança e invasão de campo, assim como foi em 2006
após a eliminação da Libertadores. Não é hora de passar a mão na cabeça de
ninguém, nomes fortes do elenco alvinegro hoje tem que ser mandados embora.
Arrogância não ganha jogo. É muito marketing e
pouco futebol. Ah que saudade de quando o Corinthians jogava de verdade.
ISABELA S MACEDO | @ismacedo_
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