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Final do Gauchão 2015: Guerra com local, data e hora marcados

 Um jogo. Uma taça. Pelo menos um gol. O Grêmio terá uma única oportunidade para voltar a erguer o caneco. O tricolor precisa dar sangue. Jogar muito. Não pode, em hipótese alguma, cometer erros. O pensamento do rival é semelhante: querem o título a qualquer custo. A grande decisão de um dos Campeonatos Gaúchos mais disputados dos últimos anos vai ser uma guerra.

Foto: Vinícius Costa/ Preview.com
O grande problema do Grêmio é o ataque. Mais uma vez, é preciso bater na tecla da eficiência (ou melhor, falta de). Na primeira etapa da última partida, o Grêmio poderia ter, tranquilamente, aberto o placar, não fosse o nervosismo, a ansiedade, a pressa. Foram muitos os passes errados e chances desperdiçadas, algo que poderá custar caro agora.

Na segunda etapa o time nem jogou e o único fato louvável é a consistência da defesa. O grande ponto positivo do jogo e da temporada até agora. Mesmo com um jogador a menos, a zaga deu conta do recado e não foi vazada. Era fundamental não sofrer gol em casa, visto que o segundo jogo sempre é mais aberto e propício a gols.

Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA
Durante todo o campeonato, o Grêmio foi uma equipe que não fez muitos gols. Na maioria das vezes, somente o suficiente para vencer. E isso não é novidade. Já vem de longa data. Foi possível observar esse fato já nos Campeonatos Brasileiros passados. Em 2013, o clube sofreu apenas 35 gols no Brasileirão (segunda defesa menos vazada), porém marcou apenas 42 gols (a sexta pior marca), tendo terminado o campeonato na vice-liderança. Em 2014, o tricolor sofreu somente 24 gols em toda a competição (dessa vez a defesa menos vazada de todas e com sobra), no entanto, marcou apenas 36 (novamente, uma das piores marcas), terminando em 7º.

Mas então, Jana, o que o Grêmio precisa fazer para vencer o Gre-Nal? Precisa de um gol. Parece simples, eu sei, e nada fácil. Mas vejam: fazendo um gol, de preferência ainda na primeira etapa, o Grêmio obriga o Inter a fazer dois gols, caso queira sair com o título. Após ter aberto o placar, o tricolor poderá se fechar e fazer o que melhor sabe: se defender.

Foto: Mauro Vieira / Agência RBS
O Inter segue dividido entre duas competições. O Grêmio continua mais focado, sim. O capitão Rhodolfo chegou a dizer que sonhou com o momento em que erguia a taça. No entanto, é preciso usar toda essa motivação dentro de campo. Não pode, a exemplo do jogo de ida, cometer erros tão grotescos, seja de passe ou finalização. Além do mais, o rival possui jogadores mais habilidosos e o catimbeiro D’alessandro, que mesmo anulado em campo, pressiona o juiz e irrita os jogadores gremistas, que ficam propícios a dar entradas mais fortes no argentino, como fez Geromel, e acabarem expulsos, o que pode influenciar diretamente no resultado.
                                        
Desta vez, Felipão ainda não confirmou o time. Há muita especulação. Ainda não se sabe se Mamute, que volta de lesão, começará jogando, nem se Cebolla, que voltou no jogo passado após mais de um mês parado e está sem ritmo de jogo, dará um tempero especial ao jogo.

Enfim, o mistério, a ausência de um grande favorito e as especulações são ingredientes para um grande duelo. Até agora, todos os clássicos do ano terminaram zerados. Amanhã, às 16h no Beira-Rio, alguém terá que sair vencedor. Alguém levará a taça para casa. Impossível saber quem será. Entretanto, uma coisa já é certa: não faltará emoção.

 Janaína Wille | @janainawille

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