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Galo e o desfibrilador final

Não foi o resultado que os atleticanos esperavam ontem (6) pelo primeiro jogo das oitavas de final contra o Internacional no Independência. 

A torcida voltou a se perguntar: por que sempre temos que fazer um check up cardíaco forçado em todos os jogos do Galo? Não dá nunca para vencer com tranquilidade? Ou no caso de ontem, será que até para perdermos, temos sempre que trazer aquele desfibrilador de última hora e no derradeiro suspiro, o paramédico entrar com o choque de mil volts e voltarmos à vida?

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Fonte: www.atletico.com.br
Atleticano, pode ter uma certeza na vida. Se for para morrer de ataque cardíaco, será em janeiro na pré-temporada. Contanto que não assistam jogos da Copa São Paulo de Futebol Júnior ou amistosos contra algum time insignificante como o América ou Cruzeiro. Porque se o fizer, ainda assim correrá riscos.

O Galo foi superior em todo o jogo. Pelo menos os números mostram isso. Tivemos 63% de posse de bola e 18 finalizações contra apenas 5 do time do Sul. 

O Inter foi ao ataque praticamente apenas nas duas vezes em que fez o gol. Mas quem gosta de números é o Levir. O técnico Aguirre foi muito bem ao anular todo o setor direito atleticano. Não é atoa, Marcos Rocha fez péssima partida. Parecia que o lateral do Galo estava encarnado pela alma de Patric. Outro que ainda não fez um bom jogo sequer na temporada é o argentino Dátolo. Vem atuando mal, errando passes fáceis, apesar de demonstrar vontade dentro de campo. Parece ser questão de tempo para perder a vaga no time para Giovani Augusto, enquanto o eterno lesionado Guilherme não retorna. O Atlético teve duas bolas na trave e um pênalti não marcado ainda no primeiro tempo.

O gol do libertador Leonardo Silva, aos 49 do segundo tempo, fez com o time voltasse para a competição. Fosse necessário vencer por dois gols de diferença no Beira Rio, a vaca do Galo uma hora dessas, já estava em direção ao brejo. Mas o tento deu, não apenas um alento em relação ao que será necessário em termos de placar a ser conseguido, mas injetou muito ânimo no time e na torcida. E sinceramente, em sã consciência, não creio que qualquer cidadão que entenda o mínimo de futebol ou apenas de mística, esoterismo, búzios, candomblé ou qualquer outro assunto que remeta à espiritualidade e crença, que seja capaz de duvidar das proezas realizadas nos últimos anos pelo maior de Minas.

Ficou-se difícil? Sim, ficou. E alguma vez, em qualquer ocasião, já foi fácil pro Galo?

Pela milésima vez, EU ACREDITO! 


Por @RobertoDabes

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