Observei, durante essa
semana, algumas publicações do Fortaleza nas redes sociais. A assessoria
lembrou partidas históricas e heróicas, como o jogo contra o Avaí, em 2004, que
nos levou para a Série A, e o duelo diante do Guarany de Sobral, em 2010, na
final do primeiro turno do Campeonato Cearense.
Aproveitando boas memórias,
recordei partidas em que estava presente no Castelão, tais como a bela virada
sobre o Corinthians, em 2005, com dois golaços do Mazinho Lima, por exemplo.
Tinha apenas 9 anos, fui ao estádio com o meu pai, e comemorei bastante.
Mazinho Lima marcou os gols do Leão sobre o Corinthians (Foto: UOL) |
Apesar de ter sido um
confronto de Série A e uma vitória sobre o campeão brasileiro daquele ano, essa
partida não foi a mais especial do meu histórico de torcedor. Em 2007, minha
família estava em João
Pessoa , capital da Paraíba. Meu aniversário não foi
comemorado. Estava muito chateado, mas não sabia o que estava guardado pra mim.
Naquele dia, o Leão encarou
o Icasa, pela primeira partida da final do Campeonato Cearense daquele ano.
Quando estava me preparando para ver o jogo – que terminou em 2 a 2 –, meu pai revelou que
meu presente seria a ida para o confronto decisivo, que aconteceu na semana
seguinte.
Passei os cinco dias
seguidos com muita ansiedade. Queria que o tempo voasse. Meu desejo era chegar
o sábado para seguir viagem. Na escola, revelei aos amigos que iria ao jogo e
todos ficaram satisfeitos, pois sabiam de todo meu fanatismo pelo Fortaleza.
O dia da decisão
Confesso que não dormi muito
do sábado, 5 de maio de 2007, para o domingo. Sem palavras para descrever o que
senti. Meu pai pediu para eu ficar pronto cedo, pois o estádio iria lotar.
Diante de toda ansiedade, fiquei preparado às 14h. Saímos de casa 30 minutos
depois.
O clima ao redor do Castelão
era de otimismo. Afinal, jogávamos pelo empate porque fizemos a melhor campanha
daquele ano. O adversário era tradicional, mas o nosso time era totalmente
superior ao deles. Naquele ano, o Icasa contou com o nosso camisa 10, Daniel
Sobralense.
A bola rolou e não demorou
muito para eu comemorar junto a 55 mil tricolores. Aos 14 minutos do primeiro
tempo, o Fortaleza iniciou um contra-ataque mortal. Simão deu um belo passe
para Rinaldo. Enquanto Lopes derrubava Adriano Chuva, o Homem-Raio “chamou
Lúcio para dançar”. Após grande jogava individual, o camisa nove chutou da
entrada da área e abriu o placar.
Depois de ver o golaço do
Rinaldo, pulei e gritei bastante. Acreditei em “chocolate”, mas preferi curtir
o momento junto à Nação Tricolor. Toda alegria era transparente. O sorriso de
uma criança de 11 anos ao ver seu time do coração se aproximar do 36º título
estadual emocionou o meu pai, que nem torce pelo Fortaleza.
Lágrimas de campeão
Quando o jogo terminou, não
consegui segurar a emoção. Ao ouvir o apito final, ergui meus braços para o
alto e comecei a chorar. Não tinha palavras para descrever o que sentia. O
abraço do meu pai serviu para aliviar a ansiedade.
Era um sonho realizado. Após
tantas adversidades, eu via o meu time ser campeão. E eu estava lá, comemorando,
pulando e cantando com todos os torcedores. Realmente, não há momentos na vida
superem este vivi. Resta apenas o agradecimento ao Fortaleza Esporte Clube.
Obrigado, Rei Leão do
Brasil!
#FechadoComOLeão
Rafael Alves | @rafaelalvessg_
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