O jogo de hoje é perfeito para
usar os vários jargões do futebol. Poderia dizer que "Se não é sofrido,
não é Fluminense", "De virada é mais gostoso", "A bola
pune" e "Quem não faz, leva". Todos se encaixam perfeitamente no
cenário de hoje. O Tricolor precisando de uma vitória para entrar no G4 jogando
fora de casa contra um time cuja última vitória foi há um mês e com um técnico
interino. A julgar pelo segundo tempo do jogo de quarta contra a Ponte, deveria
ser apenas uma formalidade, no entanto, usando mais um jargão: futebol é uma
caixinha de surpresas.
Como gosta de dizer Gérson, o
Canhotinha de Ouro: "Quem tem Gum
tem medo." A frase já fez sentido inúmeras vezes e hoje mais uma vez
merece ser usada. Provavelmente só o jogo contra o Bahia em 2011 quando
perdemos de 3 a 0 com direito a gol contra, pênalti e expulsão do nosso
Welington Pereira Rodrigues que supera a desastrosa presença em campo dele
neste domingo. Absolutamente nada que ele fazia dava certo. Passes? Errados.
Roubadas de bola? Quem precisa disso quando se pode fazer falta. Correr? Não. E
foi justamente nas costas dele que saiu o gol de Erik para o Goiás. Cavalieri
também tem uma boa parcela de culpa uma vez que ficou plantado na pequena área
e não tentou dificultar nem um pouco a conclusão de cavadinha do atacante do
time goiano. Após o gol, o time se perdeu completamente. Todo mundo começou a
errar na saída de bola e foi um festival de horrores na nossa zaga. Poderíamos
facilmente ter saído do primeiro tempo perdendo por dois ou três gols de
diferença.
Voltamos do intervalo mais uma
vez sem Gérson e mais uma vez começamos a jogar melhor. Enderson já deve ter
percebido que o garoto não está mais ajudando a equipe. Está na hora de colocar
Lucas Gomes de titular e dar um chá de banco para o Pogba das Laranjeiras. Com
a saída dele, o Flu começou a criar mais no ataque e pressionar a fraca defesa
Esmeraldina. O resultado foi o gol de Wagner que nos recolocou na partida.
Poucos minutos depois Gum fez o errado que deu certo. No recuo errado de
Giovanni, a bola passou por Antônio Carlos e Cavalieri ficou para trás no toque
de Erik. Gum chegou afobado dando um carrinho que passou longe de acertar a
bola. Para evitar o gol, meteu a mão na bola e foi expulso. Na cobrança,
Cavalieri (ou Cavalimito, CavaliDeus) defendeu o chute de Felipe Menezes e
animou o time. Mesmo com um a menos criamos mais uma ou duas oportunidades e
numa dessas Pelédson virou o jogo. Se o verdadeiro Pelé jogou metade do que
nosso pedreiro joga, talvez o ex-jogador do Santos realmente tenha sido bom. O
final do jogo já seria tenso com um a menos, mas Vinícius torceu o tornozelo e
enfrentamos os 10 minutos finais com nove jogadores em campo. No final das
contas: 2 a 1 e terceira colocação.
Próximo jogo é contra o Santos no
Maracanã, quinta-feira às 21h. Espero ansiosamente um gancho de cinco partidas
para o Gum, a volta de Marlon e a volta de Fred, pois Magno Alves já mostrou
que não dá conta do recado. Parabéns à equipe que mereceu ser chamada de time
de guerreiros ao final do jogo. Rumo ao Penta.
Saudações Tricolores
FICHA TÉCNICA:
Goiás 1x2 Fluminense
Local: Estádio Serra Dourada - Goiânia (GO).
Público: 2.419 pagantes
Renda: R$ 87.850,00
Cartões Amarelos: Clayton Sales e Erik || Wagner e Henrique
Cartões Vermelhos: Gum
Gols: Erik (33'min - 1ºT) || Wagner
(7'min - 2ºT) e Edson (16'min - 2ºT)
ESCALAÇÕES:
GOIÁS: Renan; Clayton Sales, Felipe Macedo, Fred e Rafael
Forster; Rodrigo, Patrick (Artur), Liniker (Wesley) e Felipe Menezes (William
Kozlowski); Bruno Henrique e Erik.
FLUMINENSE: Diego Cavalieri; Wellington
Silva, Gum, Antônio Carlos e Giovanni; Edson, Jean, Gerson (Lucas Gomes),
Wagner (Pierre) e Vinícius; Magno Alves (Henrique).
Treinadores: Augusto César || Enderson
Moreira
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