Depois de três vitórias
consecutivas a torcida do Fluminense esperava engatar a quarta e empatar em
pontos com os líderes. Apesar de ser um jogo fora de casa, à expectativa era de
um resultado positivo uma vez que o São Paulo não tem levado um grande público
ao Morumbi por causa da irregularidade apresentada. Wagner, que está de saída
para a China era nosso principal desfalque. Pior do que a saída de Wagner foi a
entrada de Pierre, pois voltamos aos três volantes que tanto critiquei na curta
passagem de Drubscky pelo Flu. A partir da escalação minhas expectativas
ficaram um pouco menores e à medida que o jogo foi acontecendo, elas foram
diminuindo ainda mais.
O primeiro tempo já começou com
Pelédson tomando amarelo por puxar a perna do adversário após perder a bola
depois de escorregar no gramado horroroso do Cícero Pompeu de Toledo. Acho que
nem o Aflitos no auge do seu lamaçal não esteve tão ruim como o relvado hoje.
Vários jogadores sofreram com escorregões e quiques inesperados o que
prejudicou bastante o andamento da partida. Lances de perigo foram poucos
apenas porque o Tricolor Paulista não quis. O time de Osorio tinha duas opções
para o congestionamento no meio campo: a Avenida Giovanni ou a Via Expressa
Wellington Silva. As poucas vezes que usaram os atalhos pararam em Diego
Cavalieri. Michel Bastos fazia o que queria com nosso lateral-esquerdo, cruzava
para quem vinha no segundo poste e nosso lateral-direito perdia na cabeçada. Já
passou da hora de arranjarmos pelo menos defensor pelos lados. O ideal seria
contratar um para cada lado, mas se só puder um, acho que a prioridade deve ser
a ala esquerda.
Veio à segunda parte e a defesa
continuou perdida em campo. Muitos espaços e graças à incompetência dos
atacantes e dos armadores são-paulinos não levaram um gol. E por que não falei
até agora do nosso ataque? Porque ele foi inexistente. Ao invés de Enderson
colocar Lucas Gomes de titular na vaga de Wagner, ele colocou Pierre e achava
que só o Gerson-já-estou-no-Barcelona seria capaz de armar nossas jogadas.
Edson e Jean foram abaixo da crítica. Geralmente chegam bem ao ataque com
chutes de fora da área e enfiadas de bola, mas o que vimos foram apenas chutes
sem direção e passes errados. Em momento nenhum estivemos melhor na partida e
lá pelos 30 minutos eu já rezava para que o jogo acabasse.
Ainda houve
alguns lances polêmicos durante embate. A primeira reclamação de alguns é um
suposto pênalti em Gerson quando ele recebeu a bola na cara de Rogério Ceni,
mas, por ter recebido a bola na perna direita, segurou mais do que deveria e
acabou sendo desarmado. Muitos falam de uma carga nas costas, mas ela não
parece nem um pouco suficiente para derrubar nosso meia. Foi um mais um toque
nas costas do que propriamente um empurrão ou algo do tipo. A outra reclamação
é da não expulsão de Edson Silva e Thiago Mendes. Nisso, acho que ninguém pode
discordar. O juiz Leandro Pedro Vuaden, inclusive, chegou a por a mão no bolso
do cartão vermelho depois da entrada criminosa de Edson Silva, mas acovardou-se
e mostrou apenas o amarelo.
Agora temos um
jogo em casa contra o Cruzeiro de Luxemburgo. Já sabemos que o técnico do
"projeto" não sabe dar padrão tático à equipe e o time fica numa
correria pelas laterais sem organização. É torcer quarta por um empate entre
Atlético-MG e Sport, fazer três pontos contra o time celeste e cada vez mais se
aproximar da liderança.
Saudações
Tricolores
Matheus Garzon - @MatheusGarzon
Linha de Fundo - @linhadefuundo
FICHA TÉCNICA:
Local: Morumbi, São Paulo.
Publico: 10.539 torcedores.
Renda: R$ 344.620,00
Cartões Amarelos: Edson Silva (São
Paulo); Edson (Fluminense);
FLUMINENSE:
Diego
Cavalieri, Wellington Silva, Gum, Antônio Carlos, Giovanni (Gustavo Scarpa)
Pierre, Edson, Jean, Gerson (Lucas Gomes) Marcos Junior (Higor Leite), Fred. Técnico; Edson Moreira.
SÃO PAULO:
Rogério Ceni,
Thiago Mendes, Toloi, Edson Silva (Rodrigo Caio) e Reinaldo, Hudson (Wesley),
Lucão, Michel Bastos (Centurion), Ganso, Alexandre Pato Luís Fabiano. Técnico;
Juan Carlos Osório.
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