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Chelsea se despede de mais um ídolo. Obrigada, Petr Cech

Após 11 anos, treze títulos, muita idolatria e atuações fantásticas, é hora de dizer adeus a Petr Cech. “Na vida nem sempre acontece da maneira como você pensa.”


Até que José Mourinho tentou, mas aos 33 anos, foi difícil para Petr Cech ficar tanto tempo sem jogar. Quando Thibaut Courtois chegou ao Chelsea, já começava a se especular quem tomaria conta do gol e com a qualidade de ambos, a decisão era ainda mais difícil. Todos sabiam, contanto, que os dias de Cech como titular estavam contados, mas ninguém imaginaria este final para a sua história nos Blues.

Apesar de ainda ocupar pelo menos o top 10 dos melhores goleiros do mundo, o tcheco se viu no banco por quase toda a temporada e decidiu que era hora de partir. Para a decepção da maioria, Cech deixará de vestir a camisa dos azuis de Londres para começar a usar o vermelho. O ídolo do Chelsea se despede após inesquecíveis serviços prestados para ficar ali pertinho, ao norte da cidade, no Arsenal Football Clube.


"Petr foi um grande profissional no Chelsea por 11 anos e ajudou o clube a vencer praticamente tudo que poderia. Eu sempre disse que desejava a sua permanência, mas entendo que Petr precisava sair para ser titular toda semana", disse Mourinho, que respeita a decisão do goleiro e garante que o sucesso de Cech sempre será lembrado no Chelsea.

Parte da espinha dorsal desse time que entrou de vez para o cenário mundial nos últimos anos, o tcheco corre contra o tempo para continuar fazendo aquilo que faz tão bem. Se hoje somos campeões da UEFA Champions League, por exemplo, é bom que se agradeça a Petr. Só na mágica noite em Maio de 2012, foram três pênaltis – um na prorrogação e dois na disputa de pênaltis – sem contar as inúmeras defesas importantes que nos salvaram durante a campanha.


As opiniões são bastante divididas, mas ele podia facilmente ser titular nesse time. Nem que fosse alternando com Courtois nas competições domésticas e na UCL, se fosse possível. O ídolo ainda pode jogar em alto nível e foi por este motivo também que ele tomou essa decisão. José Mourinho escolheu deixá-lo de fora e por isso era impossível não prever o rumo que tudo tomaria.

Vale lembrar que o belga não aceitou o rodízio, queria ser o principal nas competições importantes ou então pediria para ser negociado. Por isso Mourinho teve que optar pelo mais jovem. Perderíamos um ídolo, mas na posição que o treinador ocupa, não se pode pensar apenas no presente.

Hoje damos adeus a mais uma lenda. E, assim como aconteceu com Frank Lampard, ficaremos com uma dor no coração a cada vez que Petr Cech vestir uma camisa diferente da nossa. Quando voltar ao Stamford Bridge, ele será, sem dúvidas, homenageado. Mas dessa vez, torceremos contra. Infelizmente já não é mais possível desejá-lo todo o sucesso que gostaríamos que tivesse, apesar de ser extremamente merecido.

Agora é hora de pensar para frente. Um dia John Terry também nos deixará, seja para se aposentar dos gramados ou para seguir outro caminho. É importante que o clube comece a investir em seus jogadores mais novos. O futuro é logo ali e precisamos continuar sonhando com títulos e glórias.


Pensei que isso nunca aconteceria, mas chegou a hora de dizer tchau ao Chelsea. O clube pelo qual eu vivi cada minuto desde julho de 2004, o clube no qual eu pensei que penduraria minhas luvas e chuteiras e encerraria minha carreira um dia. Mas na vida nem sempre acontece da maneira como você pensa”, disse Cech em carta aberta aos fãs. É, nós também pensamos que você ficaria aqui até o final e dizer adeus é muito difícil. Tudo de bom, ‘Big Pete’, e obrigada por tudo. Você é inesquecível e estará sempre nos nossos corações, assim como nós, com certeza, estaremos no seu.

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