União. (Foto: Flamengo) |
O início da semana não poderia
ter sido mais conturbado. Depois da derrota para o Vasco na rodada passada, a
paciência da torcida chegou ao fim e a de alguns jogadores também. Os boatos
sobre uma briga nos vestiários depois do resultado negativo indicam que Sheik e
Jonas teriam colocado “ordem no barraco” e cobraram pesadamente o elenco. Os
torcedores não ficaram para trás no “radicalismo” e picharam os muros da Gávea
com palavras de protesto.
Vencer era a única alternativa.
Enfrentando o Joinville, que é lanterna do campeonato, fora de casa, o
rubro-negro precisava da vitória mais do que nunca. As péssimas atuações de
Anderson Pico e Pará geraram alterações nas laterais. Jorge, que foi promovido
do sub20 e foi eleito o melhor lateral do Mundial da categoria, e Ayrton, recém-contratado,
entraram em seus lugares.
No início da partida, algo
surpreendente começou a acontecer. Depois de vários jogos sem um vestígio de
vontade, o time correu e foi pra cima. O Flamengo mostrou logo nos primeiros
minutos que não pretendia ser submisso ao adversário novamente. Para
acrescentar um pouco de emoção, coisa que não faltaria depois, Samir sentiu uma
lesão com menos de cinco minutos e foi substituído por Marcelo.
Cirino foi destaque. (Foto: Flamengo) |
Os dois times sabiam que
conquistar esse resultado era importante, então armaram jogadas e tiraram o
fôlego dos torcedores em algumas oportunidades. Depois de ser um dos mais
criticados pelo momento atual do time, Marcelo Cirino parecia outro jogador.
Foi veloz, fez boa movimentação, atacou e defendeu, deixando todos de boca
aberta.
A segunda etapa foi igualmente
boa para o time carioca. Apesar das finalizações ruins, o rubro-negro arriscava
e conseguiu chegar perto do gol adversário algumas vezes. Com Sheik e Cirino
comandando o ataque, poderíamos ter resolvido com mais facilidade com boas
chances que surgiram.
LEIA: ISSO NÃO É FLAMENGO
O tão esperado gol saiu aos nove
minutos, quando Everton cruzou, a zaga afastou, Gabriel pegou a sobra, passou
bonito pelo zagueiro e deu na medida para Emerson Sheik marcar o primeiro desde
sua volta. Na comemoração (primeira imagem), foi interessante ver o grupo
unido, como deve ser.
O Joinville não desanimou por um
minuto sequer e conseguiu dar trabalho durante toda a partida. Ainda que não
seja um ótimo time, os catarinenses se fecharam bem e souberam aproveitar as
brechas, levando perigo ao gol do ainda inseguro e inexperiente, porém
promissor, César.
Sheik comemora o gol. (Foto: Flamengo) |
Gostaria de destacar alguns
jogadores. Jonas, Sheik e Cirino tiveram atuações sensacionais. Os três
conseguiram cumprir com classe suas funções e se mostraram muito importantes
para a composição do grupo. Jorge foi outro que cumpriu seu papel com garra e
consistência. Canteros também merece um comentário, já que não parecia mais o
jogador preguiçoso e sem sangue visto nos últimos meses. O único que não me
deixou feliz foi Gabriel. O garoto, apesar da assistência, foi nulo no resto da
partida e não acrescentou nada.
O Flamengo ainda não é um ótimo
time, mas pelo menos mostrou reação e, principalmente, correu em campo, indo
atrás da vitória. Boas jogadas foram criadas e, apesar de várias finalizações
ruins, a evolução durante a semana ficou evidente. Mantenho tudo o que foi dito
no texto que postei esta semana, o elenco ainda não é o que o clube representa
e precisa. Termino com uma frase de Juninho Pernambucano dita na transmissão:
“Não dá pra pensar em festa, tem que pensar em jogar”.
Parabéns Nação! Compareceram e representaram o time! (Foto: Flamengo) |
FICHA TÉCNICA
JOINVILLE 0X1 FLAMENGO
Local: Arena Joinville, em Joinville
(SC).
Horário: 22 horas.
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS).
Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse (SP)
e Marcelo Bertanha Barison (RS).
Cartões amarelos: Anselmo, Guti e Douglas Silva (JEC); Jonas e Canteros
(FLA).
Público pagante: 15.731.
JOINVILE: Agenor; Dankler, Guti
(Marcelinho Paraíba), Douglas Silva e Diego (Fabrício); Anselmo, Danrlei
(Nitinho), Mario Sérgio, William Popp e Lucas Crispim; Kempes. Técnico: Adilson Batista.
FLAMENGO: César; Ayrton, Wallace, Samir
(Marcelo) e Jorge; Jonas (Márcio Araújo), Canteros, Gabriel e Everton; Marcelo
Cirino (Paulinho) e Emerson Sheik. Técnico:
Cristóvão Borges.
Mariana Sá || @imastargirl
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